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Crimes de Ódio parte II

(à parte) Discriminação racial ou religiosa


#O fim dos capelães nos hospitais,








nas polícias,











no SIS







nos think tankers







espectáctulos







media




e restantes serviços públicos


ver José, na GL






por Gil Vicente [reposição]


JUDEU: Porque nom irá o judeu
onde vai Brísida Vaz?
Ao senhor meirinho apraz?
Senhor meirinho, irei eu?

DIABO: E o fidalgo, quem lhe deu...
JUDEU: O mando, dizês, do batel?
Corregedor, coronel,
castigai este sandeu!

Azará, pedra miúda,
lodo, chanto, fogo, lenha,
caganeira que te venha!
Má corrença que te acuda!
Par el Deu, que te sacuda
coa beca nos focinhos!
Fazes burla dos meirinhos?
Dize, filho da cornuda!

PARVO: Furtaste a chiba cabrão?
Parecês-me vós a mim
gafanhoto d'Almeirim
chacinado em um seirão.

DIABO: Judeu, lá te passarão,
porque vão mais despejados.

PARVO: E ele mijou nos finados
n'ergueja de São Gião!

E comia a carne da panela
no dia de Nosso Senhor!
E aperta o salvador,
e mija na caravela!

DIABO: Sus, sus! Demos à vela!
Vós, Judeu, irês à toa,
que sois mui ruim pessoa.
Levai o cabrão na trela!

Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno

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O demónio da usura aparece representado n forma de um judeu com aparência demoníaca, arrancando as barbas no acto de arrependimento- o evomat.
Na Idade Média, uma das formas de levar o judeu agiota ao arrependimento na hora da morte, consistia em obrigá-lo a devolver o produto da usura, vomitando-o.

Anrique da Mota parodiava-lhes o lamurio: “Gooyas, que sam destroçado/ay, adonay, que farey, /poys que quys o meu pecado/ que perdy o meu cruzado/que por maas noytes ganhey/ Goay de mym, onde m’irey (...) Guzyzera que Gram tristura,/ó quem ante nam naçera”

Cancioneiro Geral de Garcia de Resende
misericórdia do cadeiral manuelino do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra

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A este propósito recomenda-se a leitura dos postais do Dragão:

Nem de encomenda
Crimes de Amor
The fog