"Reconhece-se o animal pela garra E os condotieri Colleoni pelos colhões”

Poderia ser este o moto mas ninguém sabe.



A verdade é que Lorenzo Lotto gostava muito de charadas e também trabalhou para o conde Alessandro Martinengo-Coleoni, neto do famoso Bartolomeo Colleoni, cujo brasão era nada mais nada menos que 3 pares de “colhões”- dois alvos em campo vermelho e um vermelho em campo alvo. Porque “hay que tenerlos” como diria a outra, ainda que a lenda tenha deturpado o sentido original e trocado os colleoni pelo leonem— na máxima latina: Ex ungue leonem (o leão reconhece-se pela garra)


E, em poucas linhas, se reconhece a mão de um artista — a assinatura.

Lorenzo Lotto, homem com garra dourada, 1527
[Brazão do Colleoni]

6 comentários:

Cosmo disse...

A querida Zazie deve ser de uma exigência sem fim.
Onde vê "3 colhões", quase diz 3 colhõezitos, coisa pouca... vejo eu 3 "pares" de colhões.
Mandam a aritmética e a contabilidade que os contemos como 6 (seis) colhões!

Satisfeita?

zazie disse...

Sejamos rigorosos. Aqui fica o lema original:

"“Duos colionos albos in campo rubeo de supra et unum colionum rubeum in campo albo infra ipsum campum rubeum.”

Quanto ao resto é tudo inventado por mim. Não faço a menor ideia se existe alguma ligação.

zazie disse...

Vou emendar os colhões

Cosmo disse...

Então a coisa é assim no original.
Erro meu, este inventar de intenções.
O que eu penso é que talvez não sejamos muito bons em coisas duplas.
Os brasileiros dizem "um óculos", será que eles diziam "um colhões"?

Cosmo disse...

Se me responder
"uma gaita, é que é!"
eu não volto ao assunto.

zazie disse...

ehehe