exclamava o estilista: “alguma coisa de novo está a acontecer”


É capaz de ter sido a conjuntura astrológica a responsável por tanta novidade duma assentada. Desde o saudoso pai do satélite a outros símbolos da Pátria, não faltaram esperanças e as mais diversas expectativas: na vida para além dos partidos, na alegria da juventude mp3, no futuro radioso, no casamento harmonioso dos contrários que se completam, e até na mediática sobreposição do primeiro à declaração do grande segundo. Mas o momento alto e verdadeiramente épico da noite foi inteirinho para a força daquela triunfal derrota de 5,3%.

Mais à cautela - se não der epopeia, evite-se o reload. Ou como disse a outra popular: ao menos que não fuja.

1 comentários:

Harry Lime disse...

Completamente de acordo, zazie!

A noite teve momentos memoraveis. Mas o maior de todos foi a declaração de vitória do Francisco Louçã (com Soares e Socrates, um dos grandes derrotados da noite). O homem é tão grande como os maiores.

Só me fez lembrar o lendário Alvaro Cunhal que conseguia transformar derrotas em vitórias, numa espécie de spin "avant la lettre".

Já agora o mau aplauso para o Jerónimo de Sousa, o primeiro comunista em muitos anos a não precisar de subterfúgios: é que o homem consegue mesmo bons resultados. Mas este, tal como Cunhal, é um homem. Louçã ao pé deles não passa de um menino.