De facto, muitas vezes se nota que os concorrentes, por eliminações sucessivas dos mais fracos, chegam ao monopólio ou ao entendimento, forma acentuada do primeiro. E verifica-se que na luta se desperdiçam capitais e se joga o destino e interesses do trabalho, com vantagem por vezes insensível e sempre transitória para os chamados consumidores. (...) ninguém hoje se lembra de, numa economia nacional que se pretende ordenada, estabelecer como princípio fundamental a concorrência sem limites. Por outro lado o monopólio assusta- assusta porque tende para o abuso como toda a força não controlada, porque tende para a estagnação como toda a actividade sem estímulo, porque, como bem disse Poincaré, onde está o monopólio aí começa o socialismo. Devo acrescentar que me parece não serem estes os resultados em toda a parte, sendo por isso provável que a formação do espírito colectivo leve nalguns países o monopólio a cuidar de servir bem o público antes de servir os interesses particulares dos monopolistas. Não há dúvida, porém, de que em muitos povos- e o nosso entre eles- as coisas se passam no mau sentido que defini. Eis uma dificuldade que deve ser resolvida.(...)"
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solução:
pois bem, a Branca Nunes acertou à primeira e o JE chegou lá à segunda. Foi Salazar.
António de Oliveira Salazar, "Problemas da organização corporativa"- Conferência no S.P.N., em 13 de Janeiro- Discursos, Vol.V, págs. 283-284, 287-291, 294-296, 296-298), 1934, para o primeiro e págs 287- 288 e 289- 291), 1934.