Começou por perguntar ha quanto tempo sentia a fuga -uns 10 minutos- realidade que cerca de 20 depois o meu nariz confirmava, enquanto continuava a ser bombardeada, ao telefone, pelo questionário do maluquinho eficiente.
O tom variava entre o impessoal e o dramático: “abra todas as janelas”, “não mexa na electricidade”, “não utilize o lume”, “se não conseguir abrir todas as janelas saia imediatamente de casa”, "vamos enviar um “engeneer” mas primeiro oiça com atenção".
E la vinha mais burocracia disparatada. A dada altura perguntou-me se tinha animais domésticos. Apesar de lhe ter respondido negativamente, insistiu em dar todas as instruções para salvamento da bicharada: “embrulhe o periquito e os gatos num cobertor”e outras técnicas variadas para diferentes animalias inexistentes, ao que ainda me lembrei de lhe indagar se também devia levar a aranha gigante que tinha aspirado uns dias antes.
Por sorte que a fuga era pequena, pois a conversa de emergência só acabou quando lhe mandei um berro ‘a portuguesa: shut up and send me the fuck engeneer!.