I came upon Mother Goose -- so I turned her loose --
she was screaming.
And a foreign student said to me --
was it really true there are elephants and lions too
in Piccadilly Circus?




Estava eu na Waterstones com um Wittkover na mao e dirige-se a mim um ingles, vindo da seccao de Historia Militar.

L'a aspira os salamaleques da praxe, pede desculpa pelo abuso e pergunta-me onde 'e que eu tinha comprado o meu casaco.

Ruborizei ligeiramente, mas vinguei-me do mapa cor-de-rosa.
Expliquei-lhe que era da Chevignon mas tinha-o comprado em Portugal, dadas as boas relacoes que mantemos com a moda francesa.





Erguer e deitar abaixo! Fazer e desfazer! Deus, o que há de infantil na tua Obra!
O culto do Menino Deus! Deus é o Deus Menino. Lá está num altar da minha igreja, e tem o mundo na mão. Para quê? Para brincar com ele.

Teixeira de Pascoaes, O Bailado.








Menino Jesus com papagaio, c. 1470- Madeira, Staatlische Graatlische Sammlung, Munich.





Já havia o liberalismo da Escola de Chicago e da Austríaca em rivalidade; agora temos o neoliberalismo regionalista tuga, com a especificidade de ser morcão com apoio do Estado.






[teve de ser assim porque a bovinidade blasfema não gosta de brincadeiras com coisa sagradas e já me cortou o pio]

Dos Primeiros Pintores

«Tomemos agora a origem e antiguidade da pintura, já que dissemos que coisa era. Os egípcios (segundo screue Caio Plinio)afirmão ser d'elles achada esta arte enfindos annos antes que viesse a Grecia; mas é manifesto que elles pregão o que é falso. Os gregos dizem alguns que foi achada dos cicciones; alguns dos corithos; mas todos acordão que foi achada de sombra de homem rodeada com um risco. E assi foi a primeira pintura, que quem screuia começou a fazer acaso, sendo muito minimo, rodeando com um traço a sombra de sua mão na parede.»

Francisco de Holanda, Da Pintura Antiga, 1548



Cueva de Las Manos (Argentina)












{E o efeito de acelerador da poluição também não}

«Este é o caminho, e não o caminho mesquinho do insulto a um povo (os chineses) que esta no caminho do desenvolvimento com milhões de pessoas a sair da pobreza extrema. E isto é muito bom.
A China está a tirar populaça da pobreza a velocidades nunca vistas»


Operários felizes pela oportunidade de poderem trabalhar, com todas as regalias, numa moderna instalação fabril de algodão poluído.



























Resultado lúdico da fibra, para as crianças de todo o mundo



















Pandas em biquini e hábito de freira, pela pechincha de R$60.


O João Miranda é ateu e não tem olfacto, mas ainda não perdeu a fé nas leis que governam a Natureza e o “pugresso”











































Como diria a cartilha leninista: “o Comunismo é o poder dos Sovietes mais a electrificação de todo o território”.

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Fotografia do cigano tirada daqui







{O mundo que começou no dia em que os filhos de Abril nasceram}





Lido numa caixinha de comentários:


>> a minha família veio de uma "aldeia ecológica" na Beira Baixa... Não percebo, portanto, por que é que os meus pais e os meus tios fugiram de lá para a poluição de Lisboa, da França e dos EUA.

>> A aldeia era ecológica, é verdade... mas era ecológica porque era pobre.

>> A historia mostra-nos que a democracia (tal como a ecologia) é um desporto dos ricos.


Acrescento:
Um outro militante anti-ecológico, indignado com tanto insulto aos pobrezinhos do planeta, acabou de me garantir que até na floresta da Nova Guiné os papuas já morrem por falta de Panadol, em virtude do factor inibitivo do baixo teor de C02 nas fossas nasais dos representantes da indústria farmacêutica.


L'oiseau cru fait cui-cui
L'oiseau cuit ne le fait plus.

Raymond Queneau, Le Journal intime de Sally Mara

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A minha amiga Sally Mara teve hoje a ideia apardalada de se inscrever num curso de crise financeira para criancinhas, leccionado por um grupo de escoteiros.












Amigo de Mafarrico: isto é a gozar ou a sério? não te podem acusar de violar segredo de justiça com isto?


Mafarrico: Claro que não.
Claro que não.
;)




Será que o Miguel Sousa Tavares, que tanto insultou no Expresso os anónimos "Chico-espertos" dos "falsos blogues" que lançam conversas aldrabadas das escutas da Face Oculta, também tenciona denunciar à PGR as caixas de comentários dos jornais em versão online?

Neste caso, basta seguir o link do I e encontrar-se a historieta toda, com algumas risadas “diabólicas” em apartes do mafarrico brincalhão.

A guerra do Vietname começou com umas centenas de conselheiros militares, depois da "descolonização" do Norte. Kennedy, que hesitava em envolver a América directamente na defesa do Sul, aumentou esse número modesto para 4000 ou 5000. Quando Kennedy morreu, Lyndon Johnson decidiu apoiar esses conselheiros com um pequeno contingente de tropa regular (entre 20.000 e 30.000). Também ele não pensava em mais do que uma operação limitada e numa retirada rápida. Tinha de cumprir o programa da great society, ou seja, de fazer aceitar as reformas da saúde, da educação e das relações rácicas, que fizeram a América moderna, e não queria uma distracção na Ásia. A lógica foi a mesma desde o princípio: criar um poder local forte e democrático e treinar e equipar um exército indígena, que o sustentasse. Essa fantasia acabou com meio milhão de americanos no terreno e a invasão do Camboja e do Laos. Pior ainda numa fuga humilhante.
Barak Obama recebeu anteontem em Oslo o Prémio Nobel da Paz. Na semana em que mandou mais 30.000 homens para o Afeganistão, na semana da maior série de atentados no Iraque pretensamente autónomo (127 mortos, 448 feridos) e na semana em que o regime iraniano se prepara para esmagar a oposição liberal. A lógica de Obama é a lógica de Johnson: criar um poder local forte e democrático (Jonhson teve Thieu, Obama tem Karzai) e um exército capaz de o proteger. Como no Vietname, o Afeganistão inteiro odeia o poder servil e corruptíssimo estabelecido pelo ocupante e a hipótese de exército que o serve. E, como no Vietname, o conflito já alastrou para o Paquistão, que é hoje a verdadeira base do Al-Qaeda e de parte dos taliban e começa a ser submergido pelo radicalismo islâmico. Vai a América marchar para outra tragédia com a arrogância do passado? Provavelmente. Mas com duas grandes diferenças. Primeira, o armamento nuclear do Paquistão. Segunda, a hostilidade da Índia, que não é o Camboja nem o Laos.

Por que consentiu Obama, apesar da oposição do vice-presidente, dos chefes do Estado-Maior Conjunto e de quase toda a Europa, em entrar num caminho que o levará necessariamente a reforçar os reforços, sem esperança, nem propósito? Porque o belicismo e o mito da invencibilidade da América não lhe permitem abandonar uma "causa", proclamada patriótica e, mais do que isso, como ele repetiu em Oslo, exemplar, humanitária e justa. Um Presidente, mesmo que se chame Obama, não nega a ideologia do império. Até quando o império se desagrega e ele põe em perigo a reforma doméstica e um segundo mandato. Para não falar da paz no mundo.

Vasco Pulido Valente- Público de hoje.







Douglas Gordon- Beteween Light and Darkness (After William Blake), 1999.
Instalação de video com ecrã, som, vídeos a preto e branco e cores, 1h. 47m, repetida e 2h. 35m- dimensões variáveis. Instalação vista no Stedelij Van Abbemuseum, Eindhoven, 1999 e no The Museum of Modern Art de Nova Iorque.

Enquanto os curas de passeata andam para aí a pedir desculpa por qualquer coisinha ligeiramente pública das tradições religiosas e os pastores no casório gay; os ateus militantes legislam o mundo às avessas, no tempo que o diabo leva a esfregar o olho.



Castelo de Vide: cruzeiro existente no cemitério

Fotografia
Arquivo do Norte Alentejano

«Se a guerra traz prosperidade é só a UE e os EUA declararem-se guerra mutuamente, marcando um encontro de super-frotas a meio do atlântico e depois, afundam as frotas sem que vidas humanas se percam. Só vantagens sem a desvantagem das mortes, e a economia “ganharia”.»

CN numa caixinha de comentários.


Um burro

Eu encontrei, um dia, a pastar sobre um prado
Um burro magro, esguio e triste e abandonado...
Ele tinha o quer que é de anacoreta ascético
E na sua fronte triste um doce olhar profético...
Um inspirado olhar, profundo e visionário
Que vê tudo através da noite do Calvário...
Que, além da realidade, avista o Ideal !
Olhar inconsciente, olhar irracional
Ou como a luz do luar ou como a luz do dia
Que avistam um perfume e vêem toda a harmonia...

Olhar que só descobre o que o Universo sente;
Olhar feito pra ver o Espírito somente...
Que numa lágrima só vê bendita dor,
Numa pedra uma alma e num lírio um amor.
Divino olhar que nos parece amortecido.
Como um astro remoto a nada reduzido.
Porque brilha no Além, no azul distanciamento,
Onde tudo é paixão, beleza e sentimento!...
O seu corpo era alto, humano e muito ossudo.
Corpo de sábio definhado em longo estudo.
E o seu belo perfil, no ar, se desenhava
E o Sonho, como a luz, seu corpo aureolava...
E ao vê-lo eu meditei, ó Deus, numa alma triste
Que sofre a eterna dar de tudo quanto existe...
Numa alma misteriosa, oculta e incompreendida,
que conhece o princípio e o vago fim da Vida...
Que atingiu o Absoluto e a pura consciência
De tudo — desde a Forma ao resplendor da Essência...

Que vive na visão eterna da Verdade,
E que vai toda amor, toda paz e humildade,
Sob açoites cruéis e duras chicotadas,
Pela horrorosa mão da Estupidez vibradas,
Em busca do Martírio, a caminho da cruz,
Para morrer salvando, assim como Jesus!.,,

Teixeira de Pascoaes



E o corpo virginal de raística donzela...
Há-de fundir no mesmo beijo cristalino
Os lábios da mulher e a chaga dolorida;
Tudo o que é deste mundo e tudo o que é divino,
Tudo o que encerra em si o hálito da Vida!
É preciso que saiba o homem conhecer,
No seu íntimo ideal, as cousas que murmuram...
Ê preciso subir aos astros e descer
Ao fundo duma flor, onde outros sóis fulguram!
Preciso é ouvir a voz de todo o lábio mudo
E ver o que há de luz em cada sombra triste.
É preciso amar tudo e compreender tudo.
Só neste sábio amor a Perfeição existe!
Devemos estudar, cheios de comoção,
A rosa que murchou ao fogo duma mágoa...
Que vá precipitar-se o nosso coração
Nesse abismo sem fim que há numa gota d'água!
É preciso sentir, sofrer todo o martírio.
De cada cousa obscura o espírito alcançar...
Conversar com a luz, conviver com um lírio,
Nossos lábios unir aos lábios do Luar!...
É preciso viver, Senhor, todas as vidas,
Das árvor's entender a sua língua estranha...
Ser o sangue auroreal de todas as feridas,
Ser estrela, ser luz, ser nuvem, ser montanha!
Cada alma há-de sentir em si todas as almas,
Cada ser viverá a vida universal...
A vida duma estrela em doces noites calmas
E, num magoado Outono, a vida d'ermo vai'!...
A alma viverá na oculta consciência
Que brilha numa flor e nas nuvens da serra...
Nossa alma há-de viver na criadora essência
Que na árvore do Azul pôs este fruto — a Terra!...
E a nossa alma será um infinito lar,
Donde todo o Universo, em chamas de fulgor,
O próprio coração de Deus há-de alcançar.
Irradiando a Justiça, a Verdade e o Amor!...
Só então, meus irmãos, tereis a Felicidade

Teixeira de Pascoaes




É verdade- quem é que tinha apostado que quando sai o lado A dos "conselheiros", entra o lado B do mesmo?


Neocons/Self-Htaing=duas faces da mesma moeda.

.............
Apenas um exemplo, para ilustrar:


«As pessoas têm o hábito de subestimar o Frank, mas não o conseguem suplantar. Ele acredita em Damien Hirst mais do que acredita em Deus»- disse uma vez o Director Criativo da preterida White Cube Londrina, quando manager e artista venderam arte a granel em plena crise da bolsa (198 milhões de libras de uma só vez).













Mr. Hirst & Mr. Dunphy































Crucifixo com dente de ouro, do implante que poderia completar a dentição de um jovem do século XVIII, cujo crânio foi substituído por outro de platina incrustada a diamantes- obra mais cara alguma vez paga a um artista (50 milhões de libras).

O implante crucificado ficou para o dealer.








Afinal, parece que o kamarada jaquinzinho lá desencantou umas vergonhas que a Zazie terá largado anteriormente e que justificaram os enganos na "remexida" de hoje, em virtude das duas directas que teve de fazer para deixar num brinco as caves da bovinidade liberal .

Então não é que a desenvergonhada teve o desplante de mimar aquel@ cavalheir@ e mais uns delicados espectadores do Bulhão com impropérios como “louco varrido”, “paranóico”, “palonço”, “palerminha”, “desorelha e não atrapalhes”, “estúpido que nem uma porta”, “coño”,”imbecil napoleónico”, "mentalidade de grunho mais retardado que o mais primitivo canibal reformado que ainda exista.”

De facto, caríssimas e caríssimos leitores, pela minha parte, nem sei como me vou atrever a ficar frente ao monitor, sem temer que sobre para mim alguma rasteira de napoleão de hospício ou mordidela na perninha de pau, por canibal reformado neste antro etéreo de marmanjolas de estufa.

Já tinha prometido a mim mesma que não ia voltar a deixar passar calúnias e boatos lançados por gente que se considera absolutamente impune, pelo facto de assinar com o nome próprio.

Eu sou a zazie, desde pelo menos os tempos do site do David Lynch- no ano de 2000. E continuei com este nick no Pastilhas, verdadeiro antecessor da blogosfera, criado pelo Miguel Esteves Cardoso e, no qual, todas as pessoas tinham até local próprio para escolherem o nick ao se inscreverem.

Desde aí vários bloggers me conheceram ao vivo e, nem sequer o meu nick é absolutamente clandestino para muita gente- incluindo a nível profissional.

Ou seja- o que aqui é escrito é da zazie- o que é oferecido, idem, e apenas em relação às fontes e citações bibliográficas dos outros tenho sempre preocupação de as referir.

Mas, a paranóia pode atingir as raias da imbecilidade; e a cretinice julgar que vinga, apenas por saber que tem megafone mais poderoso que este fraco estamine.

Aconteceu hoje, de novo, no com o "carapau de corrida" que há muito me persegue e que tem manhas demasiado imbecis para quem se diz liberal- o JCD do Blasfémias Neste caso a anormalidade foi de tal ordem que me ultrapassa a intenção.

No post que ele escreveu a referir a estúpida nomeação da directora da Cinemateca eu deixei vários comentários, na generalidade concordando como, aliás,é possível confirmar pelo postal que antecede este.

Apenas referi, no meio da conversa (comentário 18) que, até ao próprio Pedro Mexia pouco currículo se lhe conhecia como historiador de cinema, tirando a tradução dos aforismos do Bresson (leia-se as palavras textuais no anexo do "print screen"). E acrescentei que o "director natural" teria sido o José Manuel Costa, que dedicara uma vida à Cinemateca mas cujo perfil possivelmente menos mediático teria votado ao esquecimento.

Pois esta mera passagem foi censurada e apagada pelo JCD. Não imagino com que motivo- ele lá o saberá.

Quando dei por isso, fiz notar em comentários e avisei que estava a exagerar. Ele, cobardemente apaga-me tudo o resto que continuei a dizer, volta a colocar o comentário censurado online e, a partir daí, para se justificar lança o boato que me tinha censurado por eu ter dito palavrões e ser peixeira.

Pois bem, desafiei-o a provar que assim tinha sido, colocando os ditos comentários de novo online, para que quem quisesse visse. E dei-lhe tempo suficiente e a minha palavra em como bastava reconhecer que estava a mentir, pedir-me desculpa, que o assunto morria ali.

O sonso não o fez e ainda teve o desplante de se vangloriar que o meu desmentido não ia valer de nada pois só devo ter 3 leitores. Como o Blasfémias tem milhares deles- o rumor soa mais alto.

Não sei. Sei apenas que a verdade é que é como o azeite e, para que não haja dúvidas, aqui fica o print screen de tudo o que foi dito e apagado , para fazer valer um reles boato.
..........
Acrescento- 20:32h

O pantomineiro continua a farsa, editando-me o comentário 18 e cortando-lhe passagens, para depois insistir na rábula dos "palavrões".
Seja como for, a palhaçada já mete dó e apenas me apetece dizer que o Pedro Mexia não só nem precisa destes sabujos para nada, como não merecia ser usado por tão pouco.

Fica aqui novo print-screen do que foi dito e apagado.

«Quero lá saber o que pensa essa puta gaga».

Era assim que o saudoso João César Monteiro tratava a nova directora da Cinemateca.

Lembrámo-nos ao mesmo tempo, mas o FNV escreveu primeiro.

«Muitas vezes se fala do Alcorão como um livro apelando à violência, ao assassínio ou à guerra. É todavia injusto limitar as críticas ao Islão. Há uma religião que baseia a sua doutrina e o seu ensinamento em textos pelo menos tão violentos: o Judaísmo (…)»


Seguem-se excertos do Deuteronómio e uma invasão de bravos anti-anti-semitas indignados - os mesmos que não reconhecem civilidade a quem não tenha o bom hábito de apelidar de perigosos terroristas e fanáticos que querem destruir "a nossa Civilização" todas as pessoas que pratiquem a religião islâmica.

Vale pena ir lá, ao Insurgente e ler esta inesperada iconoclastia do Filipe Abrantes.


«Eu como já disse não sou anti-semita, nem deixo de ser aliás. Não faz nenhum sentido ser contra um povo inteiro, pois cada indivíduo é único. Isso não deve impedir gente lúcida de reparar em tendências de comportamentos em certos povos. Não é crime ainda, certo? Pronto.
Acho no entanto ridícula a mania de verem anti-semitas em toda a parte, mesmo onde eles não existem. Repare: eu sou português, quero bem saber o que se passa no médio oriente. E se quer descansar a sua fúria anti-anti-semita, posso assegurar-lhe que se os judeus e os palestinianos se aniquilassem numa guerra não me aquecia nem arrefecia. Quero lá saber dos judeus e dos árabes.
(...)

Ser anti-semita pressupõe querer atacar ou mesmo matar judeus? Já lhe disse que me estou a marimbar para o povo eleito. Apesar de não deixar de reprovar certas atitudes do Estado de Israel.
(...)
Só quis assinalar que os textos dos judeus são pelo menos tão violentos como os dos muçulmanos. Apesar de ser uma coisa óbvia, parece esquecida por vezes.
(...)

Se Portugal fizesse guerra com Israel eu denunciava-o por comportamentos anti-patrióticos e por suspeitas de deslealdade.»

Comentário por filipeabrantes — Dezembro 4, 2009 @ 14:19





Tenho muita peninha do jaquinzito neoliberal. Aquele Vasco Graça Moura do Blasfémias é um mouro de trabalho.

Hoje, coitado, passou o dia de gatas nas caves a bloquear nicks e a apagar tudo (e mais alguma coisa dos colegas )por não gostar que o contrariem naquele racismo suiço, que é da mesma qualidade da boa poluição do Eixo do Bem- quando não mata, engorda.

Ainda por cima, como todos sabemos, ele e a kamarada passionária são uns calimeros incompreendidos. Afinal tudo isto, e mais a exportação da democracia à bomba, sempre foi por bem. Os malucos dos minaretes é que não passam de uns bárbaros ingratos.





(Run Joe!) Eh, de man at de door
(Run Joe!) De man won't let me go
(Run Joe!) Run as fast as you can
(Run Joe!) De police holdin' me han'






One pill makes you larger, and one pill makes you small
And the ones that mother gives you, don't do anything at all

Go ask Alice, when she's ten feet tall

And if you go chasing rabbits, and you know you're going to fall
Tell 'em a hookah-smoking caterpillar has given you the call

And call Alice, when she was just small

When the men on the chessboard get up and tell you where to go
And you've just had some kind of mushroom, and your mind is moving low

Go ask Alice, I think she'll know

When logic and proportion have fallen sloppy dead
And the white knight is talking backwards
And the red queen's off with her head
Remember what the dormouse said
Feed your head, feed your head


Darwinismos em gabinetes de vitorianas curiosidades



Singela contribuição para a resolução do bloqueio dos suíços ao minarete islâmico.














[para o RB- na cubata]

Um simulacro televisivo

[recordado pelo Gioachino]


President "Bobby": Mr. Gardner, do you agree with Ben, or do you think that we can stimulate growth through temporary incentives?
[Long pause]
Chance the Gardener: As long as the roots are not severed, all is well. And all will be well in the garden.
President "Bobby": In the garden.
Chance the Gardener: Yes. In the garden, growth has it seasons. First comes spring and summer, but then we have fall and winter. And then we get spring and summer again.
President "Bobby": Spring and summer.
Chance the Gardener: Yes.
President "Bobby": Then fall and winter.
Chance the Gardener: Yes.
Benjamin Rand: I think what our insightful young friend is saying is that we welcome the inevitable seasons of nature, but we're upset by the seasons of our economy.
Chance the Gardener: Yes! There will be growth in the spring!
Benjamin Rand: Hmm!
Chance the Gardener: Hmm!
President "Bobby": Hm. Well, Mr. Gardner, I must admit that is one of the most refreshing and optimistic statements I've heard in a very, very long time.
[Benjamin Rand applauds]
President "Bobby": I admire your good, solid sense. That's precisely what we lack on Capitol Hill.

  • E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no quinto dia do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visöes de Deus.
  • 2 No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquim,
  • 3 Veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mäo do SENHOR.
  • 4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de ámbar, que saía do meio do fogo.
  • 5 E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
  • 6 E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.
  • 7 E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido.
  • 8 E tinham mäos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas.
  • 9 Uniam-se as suas asas uma à outra; näo se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente.
  • 10 E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leäo, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro.
  • 11 Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles.
  • 12 E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; näo se viravam quando andavam.
  • 13 E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lámpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relámpagos;
  • 14 E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um claräo de relámpago.
  • 15 E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos.
  • Livro de Ezequiel




Arca tumular de S. Martinho de Dume (possivelmente do século XI).
Representação de altar na iconostase, com o oficiante, de braços erguidos- S. Martinho a oficiar mais dezoito personagens a assistirem ao ofício litúrgico.

Na tampa - Cristo na mandorla, rodeado pela figuração do tetramorfo na forma dos evangelistas com as faces dos respectivos animais simbólicos, erguidos sobre banquetas de cariz oriental.

«Na sua Ascensão manifestou a sua divindade. S. Mateus é-nos representado por um homem, porque se detém principalmente na humanidade de Jesus Cristo; S. marcos pelo leão, porque trata da sua Ressurreição; S. Lucas pelo bezerro, porque se ocupa do sacerdócio; S. João pela água porque escreveu sobre os mistérios divinos» S. Gregório Magno, in Ezek., hom. 4 (S. Tomás de Aquino, Catena Aurea )


S .Martinho de Dume (c. 520 – 580)- monge, bispo, reformador, escritor, poeta- Martius Martinus- como lhe chama Venantius Fortunatus , foi o grande educador clássico e cristão dos povos bárbaros peninsulares.
Entre várias obras que redigiu, salienta-se o De Correctione Rusticorum- inspirado no De Catechizandia Rudibus, de Santo Agostinho- mas dirigido aos rústicos dos campos- de modo mais simples. A preocupação na catequização da corte sueva é testemunhada na escrita, pela Formula Honestas Vitae, dedicado ao rei Miro e seus pares, bem como tratados éticos- De Superbia, De Ira, Pro Repellenda Jactancia e Exhorftatio Humiliatis.

A ele se deve a reforma da liturgia, bem como canónica e administrativa na zona de influência de Bracara Augusta, segundo os mais puros modelos da Igreja de Roma.

Por este motivo, nos Cânones do segundo Concílio de Braga (573) a que presidiu, foram substituídos os dias da semana do calendário romano, pela nomenclatura do latim eclesiástico, em que feria (feira) significa o dia dedicado a trabalho para o Senhor.

Portugal permanece com esta originalidade de raiz cristã, já que nas restantes línguas o nome dos dias da semana continuou a incluir referências a divindades pagãs e planetas crismados do panteão greco-romano.

...........
Nota: Para as simbiose entre o paleocristão e a tradição greco-latina, recomenda-se os estudos de Manuel Justino Maciel, em particular -A arte romana tardia e paleocristã em Portugal (1993)

Pedro Lomba despedido do Diário Económico.

A crónica que deu origem e que vale a pena destacar:

Cronologia de um golpe

Acto I. Estamos a 3 de Outubro de 2004 e José Sócrates é eleito líder do PS. A 9 de Outubro, Armando Vara regressa à direcção do partido pela mão de Sócrates. A 20 de Fevereiro de 2005, o PS vence as legislativas com maioria absoluta. A 2 de Agosto de 2005, há mudanças na Caixa Geral de Depósitos: Teixeira dos Santos afasta Vítor Martins e Vara integra o “novo” conselho de administração. A maioria dos membros desse conselho é afecta ao PS.

Avancemos no tempo. Grande plano. No primeiro semestre de 2007, a Caixa financia accionistas hostis ao conselho de administração em funções no BCP. Cresce o peso do banco do Estado no maior banco privado português. Vara e Santos Ferreira são incluídos em lista concorrente nas eleições para o conselho executivo. O jornais falam no financiamento da Caixa ao empresário Manuel Fino que apoia Santos Ferreira.

A 15 de Janeiro de 2008, Armando Vara é eleito vice-presidente do BCP. Segundo documento divulgado pelo próprio banco, ficam a seu cargo as competências executivas mais relevantes. Armando Vara coloca-se precisamente no coração dos movimentos de créditos, dívidas, compras e vendas de acções e activos. No centro do fluxo de todos os interesses e influências.

Chegados aqui, com os actores certos nos papéis certos nas duas maiores instituições de crédito nacionais (CGD e BCP), tudo se torna possível. O primeiro golpe foi concluído. Começou então o segundo.

Acto 2. Com as possibilidades que o controlo do BCP oferece, o recém-chegado grupo Ongoing, que entretanto adquirira o Diário Económico e já tinha uma posição no grupo Impresa (SIC, Expresso, etc.), é financiado para novas acções. Com o grupo Ongoing: José Eduardo Moniz sai da TVI e controla-se a Media Capital, depois de uma tentativa de aquisição pela PT abortada pelo Presidente e pela oposição. Em Fevereiro de 2009 torna-se possível ajudar o empresário Manuel Fino a aliviar os problemas financeiros (em parte criados pelo reforço da posição no BCP) junto da CGD prestando uma dação em pagamento com acções suas valorizadas cerca de 25 por cento acima do preço de cotação e com opção de recompra a seu favor. Torna-se também possível ajudar o “amigo Oliveira” a resolver os problemas financeiros do seu grupo de media (Diário de Notícias, TSF, Jornal de Notícias).

Tudo factos do domínio público que muitos a seu tempo denunciaram. Sócrates respondia com a cassete familiar: “quem tem procurado debilitar os órgãos de supervisão, lançando críticas à sua actuação no BCP, está a fazer “política baixa””.

Política baixa, diz ele. Estamos perto do fim desta operação bem montada. Sócrates ganhou de novo as eleições. Mas este encadeamento todo precisava de confirmação. Incrivelmente, nas escutas a Armando Vara no caso Face Oculta, eis que surge a arma do “crime” libertando fumo: “O primeiro-ministro e o “vice” do BCP falaram sobre as dívidas do empresário Joaquim Oliveira, da Global Notícias, bem como sobre a necessidade de encontrar uma solução para o “amigo Joaquim”. Uma das soluções abordadas foi a eventual entrada da Ongoing, do empresário Nuno Vasconcellos, no capital do grupo. Para as autoridades, estas conversas poderiam configurar o crime de tráfico de influências”. (Correio da Manhã, 7 de Novembro).

Escutas nulas, disse o Supremo. Os factos, meus amigos, é que não são.

Pedro Lomba, Jurista


Já tínhamos a promessa da república fracturante do casório laico inter-soja, e até laivos de viabilização da família aspirador.



Agora, graças ao Paulo Borges, grande militante do 6º Império carioco-budista, abre-se uma nova esperança para muita bicharada que nem pelo civil podia legalizar os seus amores, quanto mais ter monge a sacraliza-los.



fotografia com ligeira alteração: Cyclists Please Dismount and Other Photographs from Kodak Limited's "Humour '70" Exhibition published in 1971 by Angus and Robertson (Publishers) Pty Limited.

Jean-Leon Gérôme

cássico



- Pollice Verso

imperial


Napoleão III recebe os imperadores siameses no palácio de Fontainebleu

oriental



Julgamento Final

e a plaisanterie exótica



Une Plaisanterie. Título alternativo: Arnaut a lançar fumo para o nariz do seu cão.

Foi na semana passada a leilão da Christie's com lance entre 800.000 e 1.200.000 libras


Não te preocupes que eu encarrego-me de reeducar a Zazie.



Hoje, que está de chuva, vai começar por fazer a maratona à volta da praça do Areeiro, para revitalizar daquela moleza kristotoina e javézica que lhe tolda o espírito- mens sana in corpore sano*.

Eu fico a dar instruções dentro do volkswagner, para aproveitar o efeito da hubris na musaranha ucraniana.

E, espero que logo à noite não te esqueças de levar as ninfetas prá cyber-tasca da Olímpia, que nisto temos de ser uns para os outros.

*Enganei-me, enganei-me, isso é dos romanos- aqueles marranos decadentes que adulteraram tudo. Queria dizer... espartana... esp.... não! Ateniense!!! ΘΛΙΜΠΙΚΑ da ΑΓΟΡΑ, da cultura do Raisxeparta...tásgaländo! ou lá como aquilo se chama (ainda tenho umas dificuldades nesta língua de cavalariça).








«Quando S. João, no início do seu evangelho, recordava que os homens tinham finalmente podido «contemplar a glória do Verbo» (et vidimus gloriam eius, segundo o texto latina da Vulgata), designava assim o acontecimento absolutamente central – ou a invenção absolutamente central – do cristianismo, que é a encarnação do Verbo divino na pessoa «visível» de Jesus Cristo. Acontecimento «incrível»- constituindo por isso mesmo o rochedo absoluto de toda uma crença. Porque celebrava numa espécie de entrada de Deus como tal, e não como aparência, no mundo visível, o acontecimento da Encarnação devia logicamente constituir também a “ aposta absoluta de toda a figuração”. Aposta absoluta, mas também: paradoxo absoluto de toda a figuração, que S. Bernardino de Siena, no século XV, exprimia dizendo que: «o infigurável (aí aparecia) na figura (…), o incircunscrível no lugar, invisível da visão» etc. Paradoxo, com efeito: qual pode ser o aspecto congruente dum verbo, duma pura palavra que se encarna? Por que é um homem (cur homo): o foi, sabemo-lo, o título de numerosos tratados medievais acerca da Encarnação, em particular o de Santo Anselmo)?
Como conciliar a unidade imutável da pessoa divina com a diversidade e o contraste do que seria preciso nomear a dramática das suas transfigurações, depois o belo jovem, capaz de andar sobre as águas, até ao ser desfigurado e sangrento, humilhado, que pende na cruz…e depois esse homem sacrificado, até ao deus deslumbrante que se eleva acima dos discípulos… e depois ainda esse corpo glorioso, até à pura e simples superfície do pão ázimo consagrado, onde o dogma cristão reconhece portador de toda a «presença real» do próprio Verbo?

O que o cristianismo procurava aprofundar, nesta aposta e neste paradoxo da figuração, era ultrapassar a oposição secular dos deuses demasiado visíveis do paganismo greco-latino e do deus demasiado invisível da religião hebraica.
O cristianismo tinha nascido - e fatalmente haveria de permanecer qualquer coisa nele – na dupla cultura que pretendia ultrapassar: na Antiguidade clássica, com o que isso pressupunha de abandono ao prazer das belas figurações, e ao que se poderia nomear uma religião dos corpos; na religião do Livro, com o que ela supunha de aversão no que reporta ao prazer ou à magia das imagens. Esta situação, mais uma vez paradoxal, condiciona em grande parte as contradições aparentes que marcam a emergência e o desenvolvimento do cristianismo: por exemplo o florescimento das grandes teologias da imagem, numa época em que a religião cristã ainda fazia sua a interdição mosaica das imagens; ou o nascimento de uma arte propriamente cristã numa época em que os teólogos (Tertuliano em particular) exprimiam violentamente a sua aversão ao mundo visível…

A solução destas contradições históricas só pode ser prevista se dermos conta do trabalho intenso de relevo, d’Aufhebung, de ultrapassagem dialéctica, aplicadas pela doutrina cristã às categorias usuais da figura e da visibilidade. A nossa primeira hipótese será então que o mistério cristão da Encarnação exigiu e produziu um trabalho de relevo do visível, tendo em vista exigir e produzir o seu trabalho extremo de figuração. Que «o invisível seja visto na visão» impunha logicamente que a contradição visível /invisível fosse superada, e isso só era possível pela própria modificação o conteúdo próprio de cada noção.

Mas como é que isso foi levado a cabo? Primeiro exigindo do mundo visível qualquer coisa como uma perda , um dano sacrificial. Um rito de passagem, um baptismo, uma circuncisão do olhar. Qualquer coisa como um contrato feito com o mundo das imagens, mundo a que o teólogo cristão se dirigiria nestes termos: «ou bem que tu não és visível, e então eu abandonar-te-ei como aparência e como ídolo. Ou bem que tu me alcanças o fundo, tu o encarnas, tu próprio à imagem e à semelhança da palavra divina e da sua encarnação que deves glorificar, e então eu reconhecer-te-ei como uma figura da verdade…»

Este relevo do visível, que reconciliaria a um certo nível o abade de Suger em êxtase diante das nuvens coloridas de um cálice de sardónica ou a profusão dourada das figuras cinzeladas no altar de Saint-Denis, e S. Bernardo que apenas desejava o clarão branco das suas paredes para poder contemplar o Verbo- este relevo do visível pode ser nomeado o visual, por consideração particularmente à pregnância extraordinária do próprio vocabulário da visão (próprio e sobretudo quando é chamado interior) em todo o pensamento e imaginário do cristianismo. Dizemos o visual para precisar o que entendemos de mais alto através da fórmula arriscada do inconsciente do visível». Dizemos o visual e opomo-lo ao visível, para exprimir esta hipótese que teve em conta que o mistério da encarnação visava ou tinha por efeito perturbar a ordem do mundo visível e a ordem clássica da imitação. Ela devia perturba-la como um sintoma perturba o corpo, ou como um milagre (diria Agostinho) perturba a ordem normal das coisas. (…)»

Georges Didi-Hubermam, «Puissances de la figure. Exégèse et visualité dans l’art chrétien»,Encyclopaedia Universalis- Symposium, Paris, EU., 1990, pp596-609.

Imagens : Verbum Domini, inicial iluminada do Livro de Osías, bíblia medieval. Bibliotca Guarneriana, ms. 3 folio 12. San Daniele del Friuli.
Cálice da abadia de Saint-Denis





Áh grande Dragão, que as musas da cyber-tasca do Olimpo te inspirem.






Mas não te esqueças de arranjar cargo à altura para o Caguinchas que, enquanto tu usas a pena e o raio, ele encarrega-se do know-how com as ninfas.




  • Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
  • 14 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
  • 15 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
  • 16 Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, trespassaram-me as mãos e os pés.
  • 17 Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.
  • 18 Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
  • 19 Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
  • 20 Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão. (Salmo 22)


Pregação aos sarracenos cinocéfalos

Nas biografias medievas ocidentais, Maomé era descrito como um cristão herético; um cardeal romano ressabiado por não ter sido eleito Papa.


Numa versão castelhana do início do século IX, contava-se que negara a divindade de Cristo, acabando por morrer bêbado, devorado por cães e porcos numa pocilga.

Pentecostes, Paris. Bibliothèque Nationale MS Syr. 344. fol. 7, 1497 (manuscrito arménio)



John Block Friedman, the monstrous races in Medieval Art and thought, Cambrdife Mess, Harvard University Press, 1981


cercado pelos cães
Kievskaya_psaltir_kinocefal 1397

The Kiev Psalter Saltério datado de 1397,com 300 iluminuras- Biblioteca Pública de Leningrado (fol 28 r.)


Cristo rodeado pelos soldados com cabeças de cão. O texto acrescenta “quatro soldados me rodearam me, o ajuntamento dos malfeitores me cercou. Trespassaram-me as mãos e os pés.
Livra a minha alma da espada, e a minha amada da força do cão”- recordando a belíssima premonição do Salmo de David- "Circundederunt me canes multi; concilium malignatium obsedit me"
saltério Chludov-cinocefalos

O tema é semelhante ao do saltério Chludov (meados séc. IX) onde os romanos também aparecem como cinocéfalos.

Na tradição do Pentecostes era comum aparecerem cinocéfalos- raças fantásticas que se acreditava existirem para os lados da Síria. Nesse caso pretendia-se valorar a os apóstolos que pregaram o Evangelho, até às raças mais distantes.

Nestes exemplos, o sentido negativo prevalece- mostrando hereges e pagãos romanos bestializados.