Numa Quadratura do Circulo, a propósito da nova lei das rendas, o Pachoco* superou todo o nonsense.

Recordo de cor:

Depois de referir a questão da falta do Estado no dilema, anunciou que havia um problema muito mais grave. E o problema era este- podia também dar-se o caso do senhorio, sendo pobre, ter apenas dois inquilinos ainda mais miseráveis e o resto do prédio vazio e em progressiva decadência.

No entanto, 'e preciso estar-se atento, pois há mercado para estes edifícios que ate podem ser históricos e ai podia acontecer a perigosa operação que a nova lei vai permitir.

Bastava ao esperto do senhorio indemnizar os dois inquilinos pobretanas, que não aceitariam um aumento de renda, com umas 100 mil mocas para, de seguida, servir-se ele próprio da especulação e vender o imóvel por um milhão.

E ficou toda a quadratura em silencio.

De facto, ‘e uma possibilidade perigosissima - deixar o mercado a funcionar e ficarem todos mais ricos, em vez de se seguirem o destino que os juntou, acabando senhorio, inquilinos e prédio na ruina, at'e 'a derrocada final.

Diria mesmo mais – uma eventualidade altamente capitalista que não escapou ao nosso bravo Pachoco, sempre atento ‘as lições do passado.


* Nome com copyright Dragao





Ele é o divino que sorri e que brinca




















Josefa de Óbidos- Menino Jesus Salvador do Mundo, óleo sobre tela (1660-1670)

Minorquismo- Um país resumido a um Estado onde cabem apenas os governantes minorcas.

Cada cavadela, cada minhoca.




Como se não faltasse o Coelho lembrar-se de exportar profs para resolver crise, a escardalhada sindicalista ainda deu maior tiro no pé.

Explicaram dois indigandos na tv, que até nunca houve problema na emigração pedagógica, desde que feita por solidariedade para com os índigenas. Agora paga por eles próprios é uma grande afronta para com mão-de-obra tão qualificada e, ainda por cima, branca.





















Parece que o nosso governo já ripostou à ameaça inglesa de abduzirem britânicos em vias de bancarrota ibérica, ameaçando exportar tugas, ao abrigo da protecção a espécies como a raposa de Gales.





[via Portadaloja ]

A Ritinha foi deportada da América.

Não a deixaram entrar por considerarem ilegal o tour de ukelele que lá ia voltar a fazer.







































Dear friends from the US of A,
Your country has deported me. As I arrived in Newark, at the customs they looked me up on the internet and found my tour dates, and that is considered "illegal work" even though musicians hardly make any money in the US as you know.
I was treated like a sort of a criminal and for the rest of my life (sorry this sounds dramatic) I can never enter the US as a visitor. Only with an artist visa. Yeah they carry guns and can kill people but I'm not allowed to go in there to play ukulele, have some fun and make a few bucks. Nice one USA!!!

[Informação na página do facebook]

Só uma tuguinha super-talentosa conseguia proeza que terrorista desconhece. Ia apenas cantarolar aquelas deliciosas musiquinhas "vintage" com uns amigos.



Portugal vai pagar à "troika" 34.400 milhões de euros


Em Maio, já o musaranho e eu tínhamos dito isso mesmo e o mais que aconteceu foi ser insultada por tudo quanto andava em campanha.

A 7 de Maio:

As bolha da Macacada, série Z à portuguesa

A 16 de Maio:


O empréstimo é isto



zazie & musaranho coxo







Primeiro era, "vai ao Totta, que o Totta dá".

















Agora a utopia que está a dar é às avessas: não fosses totó - experimenta uma cura de capitalismo miserável, que ainda chegas a banqueiro como os credores.







Na Sic Notícias, o jornalista de serviço decidiu mostrar que sabe fazer investigação atempada.

A propósito da mudança de feriados para segundas e sextas-feiras, a fim de se evitar pontes, apresentou um gráfico com todos os que, no próximo ano, calham a meio da semana.

Ao chegar ao dia 25 de Dezembro, alertou, em tom de INDIGNADO, que o Natal também pode estar em risco de ser mudado para a segunda-feira, uma vez que vai calhar a uma terça!


zazie & musaranho coxo


Kurt Eisner


Judeu, jornalista e socialista, a 8 de Novembro de 1918 demorou poucas horas para deitar abaixo o reino da Bavária que tinha 750 anos de História.

Auto-elegeu-se Primeiro Ministro da República de Munique e desgovernou de tal modo que, um ano depois, ele próprio decidiu apresentar a demissão.

Teve azar, não foi a tempo e um monárquico conservador matou-o no caminho.

«O INE e o Banco de Portugal descobriram que o governo regional da Madeira, por assim dizer, "escondeu" 1,7 mil milhões da despesa entre 2004 e 2011. Várias notabilidades descreveram o caso "muito grave" ou "gravíssimo" e até Bruxelas se resolveu mostrar "surpreendida". O que francamente não se percebe. Desde o PREC que a impunidade tem distinguido a política portuguesa. A gente que, em 1975, destruiu alegremente a economia não sofreu o menor incómodo pessoal ou profissional; e a gente que proclamava pelas ruas a necessidade de "fuzilar a reacção" e de estabelecer rapidamente uma ditadura do PC acabou em Belém a receber a Ordem da "Liberdade" das mãos de Soares. Mesmo hoje, um passado "revolucionário" se considera uma recomendação e até uma espécie de graça social.



A década do "cavaquismo", que de certa maneira foi a mais "severa", foi também a década em que se fizeram ao país com uma arrasadora irresponsabilidade as mais fantasiosas promessas de um futuro radioso e próximo. "Portugal", se bem se lembram, "estava na moda" e o dr. Cavaco criara "um homem novo" que iria maravilhar o mundo. Destas tolices nasceu a exigência de uma infinidade de direitos, que antes ninguém esperara ou pedira; e o inexplicável prestígio de meia dúzia de criaturas, que tomaram conta dos "negócios", nem sempre da melhor maneira ou com a maior lisura. Quanto à "modernização" de Portugal, de que tanto se falava, acabou por ser a "modernização" do consumo, que preparou as desgraças do futuro. O dr. Cavaco é ainda uma espécie de herói e Presidente da República.


Guterres "deixou Portugal de tanga", Barroso fugiu para o estrangeiro e Sócrates fabricou a desgraça que de repente nos caiu em cima. Mas quando Sócrates desapareceu, os políticos da direita e da esquerda decidiram que chegara a altura de mutuamente se absolverem das misérias da Pátria. E, por sua própria força e autoridade, decretaram que a partir do glorioso advento de Passos Coelho a regra era o esquecimento. Esta amnistia geral impede qualquer crítica pertinente, venha ela de que lado vier, e estende um fofo manto de suavidade sobre a nossa torpe e apática vida pública. Esta paz dos cemitérios manifestamente exclui Jardim. O que não é um mal. O mal é que não exclui as dúzias de oportunistas, que por aí se passeiam e que na televisão ou nos jornais não perdem uma oportunidade de nos dar conselhos.»




VPV (Público de hoje)

Petição em defesa, salvaguarda e reabilitação do Alambor Primitivo Norte (Séc. XII) do Castelo Templário de Tomar.

Nada como ir ao Dragoscópio: É o paradigma, estúpido!

1:48- a picareta original



0:31 - A picareta plagiada



...............

Agora a sério, recomenda-se um
bom texto do Miguel Castelo-Branco


Pelo nosso agente africano - o conde Ricciardi da cubata.

Editado das caixinhas de comentários do Portugal Contemporâneo,um blogue que se recomenda para ler o contraditório nas "caves".

É um fartote de rir. Agora a China acusa os EUA de desperdiçar dinheiro com apoios sociais. Exige que façam cortes nos ditos apoios e na despesa militar. O caminho, dizem os chineses, é aquele que aponta para os valores do capitalismo socialista, que mais não é do que a primazia do dinheiro relativamente à dignidade humana mas numa lógica socialista - socialismo liberal - isto é, é o capitalismo dirigido pelo próprio estado que entende o mercado como um local aonde se compra e vendem mercadorias livremente, produzidas por seres humanos cuja única ambição na vida é trabalhar sem descanso, fecundar bebés gajos e em número inferior a um, poluir sem freio e, finalmente, prover aquela chusma de chinocas, um quadrado de terra com 40 cm para os enterrar de pé. Quem não aceita ser escravo, não tem trabalho.


Este sistema capitalista socialista tem tanto sucesso que os Amarelos lideres não sabem o que fazer ao dinheiro. Compram dívida aos Gringos para libertar meios para voltar a produzir. A lei da compensação de divisas. Na prática, vendem moeda local para comprar usd dólares Às vezes, para enganar aqueles que os acusam de dumping cambial, compram matéria prima nos mercados aos magotes para não fazer descer a moeda local assim tanto. De preferência trocam a matéria prima por empreitadas nos países produtores, mas aceitam livrar-se dos usd dólares em excesso para o efeito.


Os EUA é o único mercado no mundo capaz de absorver o dinheiro dos chinocas, daí que as importações provenientes da china não possam parar. É imperioso que exista um deficite crónico nos eua na balança de pagamentos com a china. É elementar, as empresas americanas foram para lá produzir, e os eua devem receber a produção acrescentada com valor chinês Ficaram ricos, pois claro, os empresários americanos, produzem mais barato produtos de qualidade na china e tem a garantia que os eua os importam com taxas alfandegarias suaves. O Povo americano ficou mais pobre com este negócio de ideologia liberal de ultima geração. Mais pobre e mais endividado. Transferiu-se o emprego para a china. Na verdade as empresas americanas mais do que quadruplicaram as vendas, mas em que é que isso se reflectiu nas contas do país AMERICA? e nos AMERICANOS?


em NADA digo eu, pelo contrário, o ganho dos empresários americanos nada trouxe de positivo para a América. Essas empresas lucraram mais, mas não pagam impostos por isso. Nem impostos nem geram emprego nos eua. De modo que, as receitas das multinacionais gringas a expatriar foram sistematicamente trianguladas para paraísos fiscais, alguns na Europa, imagine-se. O pais, esse, não vê um tusto. Vê isso sim uma total incapacidade para manter o nível de vida que conquistou em tempos, endividando-se, como que esperneando na tentativa de milagrosamente conseguir manter o nível de vida das pessoas e das estruturas de gastos do pais que o fizeram na potencia militar que ainda é.



P.S. Eu sei, eu sei, ando muito futurista, ando a ler novamente o Flash Gordon.
Ricciardi



A ler, na íntegra, aqui

Há falta de melhor, os nossos legisladores lembraram-se de legalizar a caça ao melro, para satisfazer outra espécie urbana- os chamados caçadores de jardim.

Ora, pela nossa parte, pensamos que a lei devia ser mais abrangente e incluir outra espécie muito mais predadora no cabaz desportivo.

A paridade ecológica entre caçador e caçado ficaria mais equilibrada e ainda conseguiríamos "matar dois coelhos de uma cajadada"- a limpeza urbana e a nossa dívida externa.

O Jô Soares sabia como:



Quanto aos melritos, que não têm culpa que as cavalgaduras do asfalto entrem em descompensação quando não andam a matar na estrada, fica, aqui, de novo a petição .

Recomenda-se a Maria- uma grande humorista que também é comentadora encartada no Jornal Económico

A propósito do Ataque de Oslo:

"Isto não é maneira de fazer oposição, seja ela política ou religiosa."


outro mais científico:

"A Amy Winehouse tinha este talento todo e um ADN frágil demais para o suportar".








O Birgolino é o mais sério candidato ao Nobel às avessas, em matéria de prevenção terrorista.



Como ele explicou, nada disto tinha acontecido se a Noruega reconhecesse o direito de porte de armas .





Dá que pensar como ainda não apareceram os temerários labradores e fiéis compagnons de route mais farruscos, a reivindicarem, pelo menos, 2/3 da autoria do manifesto do terrorista nórdico.


E com toda a legitimidade, diga-se.

Alguém tem dúvidas que se o tarado usasse turbante era mais um exemplo dos efeitos do islamismo terceiro-mundista e, em sendo branco de sociedade evoluída, só pode ser patologia típica de teenager em recinto escolar?

Mrs Premise: Hello, Mrs Conclusion.

Mrs Conclusion: Busy day?

Mrs Premise: Busy! I've just spent four hours burying the cat.

Mrs Conclusion: Four hours to bury a cat?

Mrs Premise: Yes! It wouldn't keep still, wriggling about howling its head off.

Mrs Conclusion: Oh - it wasn't dead then?

Mrs Premise: Well, no, no, but it's not at all a well cat so as we were going away for a fortnight's holiday, I thought I'd better bury it just to be on the safe side.

Mrs Conclusion: Quite right. You don't want to come back from Sorento to a dead cat. It'd be so anticlimactic. Yes, kill it now, that's what I say.

Mrs Premise: Yes.



Jem Southam, Red River 10, c.1989

Agradeço, ao Carlos Vidal, a lembrança da cadeia de leituras, deixando-lhe a tarefa de a encontrar, por acaso, no limbo das janelinhas de comentários.


E não se esqueça da senha para contornar o bloqueio: "la pénultième est morte".

Como diria Tocqueville , nem todo o animal que parece, é.

Mas, se o National Geographic anda demasiado "disneizado" para quem aprecia a bicharada tal como veio ao mundo, um filósofo também não precisa de se queixar logo à ERC; experimente primeiro uma versão evangélica de Petrópolis, no youtube.

« Os merceeiros, vendedores de especiarias e boticários conduziam, logo atrás dos vidreiros, um descomunal gigante, que contrastava com um pequeno anjo, que parecia dirigi-lo. Aquela espécie de Golias excedia em altura quatro torres de madeira, duas das quais pertenciam aos correeiros, e duas aos cortadores. A imediata representação, ordenada pelos sapateiros, mostrava mais arte e despertava, talvez mais que todas as outras, a atenção dos espectadores. Vinha a ser o dragão infernal, sarapintado de vivas cores, que vigiava dous diabos, os quais procuravam induzir dous frades noviços a voltarem aos deleites do mundo, ao que eles mostravam resistir heroicamente, posto que, como de reserva aos dous infernais pregadores, os tosadores acompanhassem dous diabretes espertos, prontos a socorrer os seus discretos colegas. Se, porém, como autores dramáticos os sapateiros levavam imensa vantagem aos mesteirais dos ofícios imediatos no préstito, nem por isso vinte e quatro alfaiates deixavam de pavonear-se após eles ao redor da serpe tentadora da nossa mãe Eva, a que fazia sombra uma torre, solidíssima na aparência. Mas se, pela excelente pintura da sua charola, os alfaiates tinham justos motivos de orgulho, mais justa era a vaidade com que os carpinteiros da Ribeira e os calafates, em número de trinta e oito, arrastavam uma nau e uma galé, armadas e empavesadas de muitas cores, cujos mastros quase que se elevavam à altura dos edifícios, e cujas vergas quase topavam com os balcões e frestas da Padaria e passavam a custo pela Porta do Ferro. Os pulverulentos pergaminhos conservaram-nos a memória da Representação da Dama em que figuravam também dous diabos, e que estava a cargo dos esparteiros. Em que consistia esta representação ignoramo-lo hoje; mas, se a avaliarmos pelo que sabemos da antiga procissão de Corpus em diversas partes do reino, pudemos conjeturar que não seria demasiado edificativa. De todos os outros mesteres, cujos membros, em maior ou menor número, ajudavam a tecer aquela enfiada de cenas ridículas ou brutescas, distinguiam-se, pela singularidade das invenções que ostentavam, primeiramente os pedreiros e carpinteiros pelo seu engenho ou máquina de guerra, servida por dous feios demônios, e os armeiros pelo seu sagitário, símbolo do soldado peão, e no meio destas duas corporações os tanoeiros por uma torre grandemente historiada e semelhante à dos correeiros e cortadores. Os moedeiros, corretores, tabeliães e mercadores, como mesteres mais nobres, fechavam aquele extenso séquito. Danças d’espadas, danças mouriscas, danças de pélas ou mulheres sustentadas sobre os ombros de outras, bailando e volteando conjuntamente; tudo, enfim, quanto se possa imaginar de caricatura, de burlesco, de doudejante servia de moldura a este quadro singular, em cujo topo figuravam alguns magistrados municipais, e sobre o qual flutua¬vam dezenas de pendões, bandeiras e guiões variegados. Como contraste a estas visualidades heteróclitas, a esta espécie de sonho de pesadelo, seguiam-se as comunidades monásticas, mancha escura no dorso daquela imensa cobra que se estirava pelas ruas de Lisboa: frades negros, frades brancos e pretos, frades crises, frases pardos, frades de todas as cores tristes; agostinhos, bentos, bernardos, domínicos, franciscanos, beguinos. Depois, um sem-número de cavaleiros de Crista, do Hospital, d’Avis, de Santiago, precedidos dos respectivos mestres e comendadores e segui¬das dos freires leigos e serventes d’armas. Depois, os magistrados da corte, os oficiais da coroa e o próprio monarca rodeavam a hóstia triunfante nas mãos do Bispo de Lisboa e sustentavam as varas de riquíssimo pálio. O esplêndido dos trajas cortesãos, as telas custosas das vestes sacerdotais, as renques de tochas acesas que faziam cintilar as lhamas e brocados, os arrases, que, formando as paredes das ruas, serviam de decoração à cena, os tangeres e folias, que se entressachavam com os diversos grupos, o sussurro do povo, semelhante ao rugido longínquo do mar, o perfume de incenso, que se espalhava em rolos de fumo transparente, a fragrância das murtas e rosmaninhos, de que o chão estava juncado, produziam um composto de sensações capazes ainda hoje de excitar o entusiasmo frenético das multidões, quanto mais numa época em que as crenças, tão ardentes como grosseiras e sinceras, santificavam as cenas mais burlescas e, até, mais indecentes, associando-as ao culto e fazendo delas, como diria Sterne, parte instrumental da religião.


Alexandre Herculano, o monge de Císter.

  • Imagens: serpe do Infante D. Fernando de Serpa (capitel da igreja de Santa Maria do Castelo de Serpa).
    festas mouriscas - portal da Igreja Matriz do Alvor



"O meine Brüder wenn ihr nach hundert tausend
Gefahren die Grenzen des Occidentes habt erreicht...
Zögert nicht den Weg der Sonne folgend
Die unbewohnten Welten zu ergründen."

O mes frères, qui à travers cent mille dangers
Etes venus aux confins de l'Occident,
Ne vous refusez pas à faire connaissance
En suivant le soleil du monde inhabité."
"Déjà la nuit contemplait les étoiles
Et notre joie se métamorphose en pleurs"

"Furchtlos bleibt, aber, so muss der Mann,
Einsam vor Gott es Schütze die Einfalt ihn,
Und Keiner Waffen braucht's und Keiner
Listen, so lange, bis Gottes Fehlt hilft"

Mais l'homme, quand il le faut, peut demeurer sans peur devant Dieu. Sa candeur le protège et il n'a besoin ni d'armes ni de ruses, jusqu'à l'heure où l'absence de Dieu vient à son aide."

"So lange der Gott nicht da ist"

"Tant que Dieu n'est pas là"

"So lange der Gott nahe ist"

"Tant que Dieu nous demeure proche"

«O governo de PPC é, sem dúvida, o mais liberal dos últimos 37 anos».

Birgolino, no Portugal Contemporâneo.

« (...)Num grupo de futuros magistrados em formação teórico-prática, valorizar o espírito competitivo, empresarial, que nada tem a ver com emulação positiva e tudo com individualismo ultra-liberal e de feição egoísta e propícia a calcar os outros se para tal for necessário, é noção que fica bem à vista, em contraposição ao desvalor do tal “copianço”. Incentivar e valorizar a nota distintiva e que permite a opção pela carreira mais apetecida, à custa dessa competição desenfreada e reveladora dos instintos mais primários das pessoas, com reticências pessoais, mentiras aos outros, dissimulação de informação e comportamentos é mais aberrante do que conceder um 10 em comportamento a quem copiou num teste de cruzes.(...)».

A ler, na íntegra, no Portadaloja .

Os ministros dividem-se em: a) ministras de pelo ruivo e manso, b) pertencentes ao império dos escritórios de advocacia, c) a embalsamar, d) caciques de futebol de salão em campeonato parlamentar, e) bloggers, f) sereias agrícolas para dar ambiente, g) fabulosos a deitar abaixo o que vão ministrar, h) das finanças estrangeiras que nada têm a ver com a economia, i) da economia falida interna que vai acabar de relações cortadas com o das finanças, j) que acabam a partir o jarrão, l) que de longe parecem moscas.

........

Nota: foi apenas uma brincadeira. O resto comentei
aqui

Nada como este post do José, para se recordar o que se desbaratou a troco de quê e quem o fez.



Mais um texto delicioso de José Pinto Casquilho, a declinar o amor pela natureza, em variantes semânticas, linguísticas, culturais, artísticas e matemáticas, como só ele sabe fazer.

A ler, na Revista TriploV

«dès qu'on fait descendre du ciel ou de la terre l'idée de salut, si le salut de l'homme est ici-bas, dans la domination chaque jour plus efficiente de toutes les ressources de la planète, la vie contemplative est une fuite ou un refus, tout contemplatif un embusqué»

Georges Bernanos, La France contre les robots.

Como já se tinha referido aqui, não faz sentido o BCE cobrar juros mais elevados a um país europeu, do que cobra o próprio FMI.

A esse propósito Petição Redução do Défice Público: taxas de juro cobradas pelo BCE no programa da troika

E mais este, de caminho: Julgamento do ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos (na Islândia está um julgamento em curso num caso semelhante)



Como em Portugal a democracia é a tal palavra mágica que serve para tudo, ninguém estranha que, ao contrário de outros países, o governo por cá seja uma coisa secreta, com ministros escondidos, escolhidos pelo reizinho eleito depois da ida à urna.

Há-de ser efeito do tal republicanismo igualitário e popular de que tanto se orgulham.

Abrir a caça ao malfamagrifo.


«Olho para frente com a enorme vontade de ser feliz nos próximos anos».

5-Junho-2011, Sócrates.


Aquele que acaba de perder a imunidade política e está livre de realizar essa vontade junto dos amigos sucateiros, atrás das grades.








jmf57

Este anda convencido que ainda vai a teutónico, à custa da bancarrota.





Na volta, o máximo que lhe pode acontecer, é transitar de tolo na oposição, a otário na situação.

Petição, «Diga não à caça ao Melro





Com o patrocínio da Graúna do Henfil






Só agora é que os boches repararam que afinal a pepineira infectada não vinha dos PIGGS.



Mas, por cá, ainda sobrou para os porcalhões aproveitarem o pepino caliente caluniado, para fazerem campanha anti-biológica.



Wann immer wir Kraft gurken
gurken wir das Beste
all unser Koennen, unser Streben
und denken nicht an Feste

[pepino e piequena roubados aqui ]




Rodney Graham, Millenial Time Machine, 2003

Depois de ter corrido a blogosfera inteirinha, pedindo informações aos ditos experts - de Arrojas , a Miguel Morgado e tudo do mais Insurgente (onde, aliás, tenho o nick e endereço de.mail bloqueados) e pós-doutorado possível, apenas o comuna Vilarigues teve a cortesia de me responder.

E eis que o Medina Carreira se sai com esta, que vai deixar de cara à banda tanto neotonto que o idolatra.

O economista Medina Carreira considerou hoje que a economia portuguesa «não vai crescer o sificiente para que Portugal possa cumprir o exigido pela troika» e sublinhou que não ficará surpreendido se a dívida pública tiver de ser renegociada.

«Não advogo a renegociação da dívida, mas não me surpreende se tivermos de vir a fazê-lo», disse o economista durante um almoço-debate da Associação Cristã de Empresários e Gestores, hoje em Lisboa.

No evento, destinado a avaliar o programa da troika para Portugal, o economista defendeu que três anos não são suficientes, propondo «quatro ou cinco» para a duração do programa e alertou que «Portugal pode estar numa situação parecida com a Grécia»
.
.

................

Acrescento: Não tinha reparado mas o Dragão acaba de fazer um post a corroborar o mesmo.

Podem continuar os gozos, que estou bem acompanhada.








Quem nos diz que as chocas não podem ter a mesma sorte?









De outra forma, qual a explicação para o BCE andar a cobrar juros mais elevados a Portugal, Irlanda e Grécia, do que o próprio FMI?

Meter o contador a zeros (como diz o Dragão )


antes
















depois


















Open Europe Blog

Tanto se falou dos chineses comprarem a dívida mas, de facto, para quê, se a Bismerka lhes ofereceu saldos...























Não tarda nada aparecem os angolanos, a disputarem o que resta em leilão.

O que valia a pena, era aproveitar a oportunidade para lhes oferecer, como brinde, os tais 20 imperadores que por cá se esfolam a trabalhar em tanta empresa.
E depois lá os exportavam como sobas para a reserva africana. Sempre davam mais colorido às festas dos chinocas de porão, na baía de Luanda.

...........
Nota: o José mostra por onde anda o afã dos nossos imperadorzinhos.

Pela Ritinha


Jem Southam Red River 7- The Red River series (1982 - 1987).
C-Print photograph
30.48 x 40.64 cms (11.98 x 15.97 ins)

Com este empréstimo largado hoje, Portugal vai ter de pagar, só em juros, 11 milhões de euros por dia.

Ou seja, 1/3 ou 1/4 de toda a produção diária do Estado vai directamente para pagar JUROS.

Algum economista que vá a passar, sem ser de olhos na campanha eleitoral, que se digne explicar como se resolve isto.


zazie & musaranho coxo




Como parece que há dúvidas acerca da língua que o Faísca vai falar, aqui ficam passagens do memorando da Troika e um mapa para se aferir.
Memorando da Troika

Mercados de Energia
Objectivos:


continuar a integração do mercado ibérico de electricidade e gás (MIBEL e MIBGAS).
5.3. No mercado do gás, o Governo irá tomar medidas para acelerar a criação de um mercado funcional ibérico de gás natural (MIBGAS),nomeadamente através da convergência regulamentar


Privatizações

3.30. O Governo vai acelerar o seu programa de privatizações. O plano existente, elaborado com horizonte até 2013, cobre as áreas dos transportes (Aeroportos de Portugal, TAP, e o ramo da carga da CP), da energia (GALP, EDP e REN)
(...)

O governo compromete-se a ir ainda mais além, através do rápido e total desinvestimento das acções do sector público na EDP e REN, tem-se esperança que as condições de mercado permitam a venda destas duas companhias, assim como da TAP, pelo fim de 2011.



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Con el objetivo de crear una red de gasoductos en toda la Península, el Ministerio de Industria publicó un Decreto el 23 de marzo de 1972 creando la Empresa Nacional del Gas (Enagás, S.A.).

Portanto...



Sendo a ENAGÁS uma empresa estatal espanhola, faz-se de novo a pergunta: quem será que vai aproveitar os saldos das privatizações?

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Acrescento: à falta de ilhas, como as que queriam levar aos gregos, agora querem o ouro dos naziz de volta.

Via Portadaloja






























Ted Noten, Eleven Women and 400 Daisies, 2011


«When the idea of a European Monetary Unification was initially discussed in the 1970s, a fierce debate broke out between the so-called “Economists” and the “Monetarists” over convergence conditions that should be required prior to monetary unification.

The Economists posited that deep-seated differences in wage and price behaviour and monetary and fiscal policies in different member countries should be removed prior to integration. Otherwise a single monetary policy could not fit all members.

The Monetarists said that prior convergence was not necessary, since these differences would be eliminated by the monetary union itself.»


Resultado:

Os países centrais foram emprestando dinheiro aos periféricos e a assimetria atingiu cerca de 3 triliões de euros (3 milhões de milhões de euros) entre os países europeus.





















zazie & musaranho coxo



É capaz de também ter sido um ímpeto de oralidade para treinar o método suíço


«Chamando à colação uma obra que foi para nós, noutro tempo, objecto de interessado estudo, o “Tratado Lógico-Filosófico” de Ludwig Wittegenstein, aí se respiga o seguinte: “A proposição é a descrição de um estado de coisas. Tal como a descrição de um objecto é feito segundo as suas características externas, assim a proposição descreve a realidade segundo as suas propriedades internas. A proposição constrói um mundo com a ajuda de um andaime lógico, e por isso se pode também ver na proposição, como tudo se relaciona logicamente se ela é verdadeira. É possível tirar inferências de uma proposição falsa”. (sublinhados nossos) (…) “A imagem representa o que representa, independentemente da sua verdade ou falsidade. A concordância ou não concordância do seu sentido com a realidade, constitui a sua verdade ou falsidade.”»




Foi nestes pomposos termos que uma magnífica da Relação quis recordar o senso comum, a propósito da violação do psiquiatra à grávida.

Faltou pesquisar melhor o Tractatus Logicus Filosoficus e encontrar lá explicação para um facto ainda mais cientóino: o psiquiatra, muito antes de ser um psiquiatra-violador, já era um bom terapeuta em técnicas avançadas de tratamento de perturbações psicóticas: utilizava a moderna "técnica suiça" e ninguém se queixava.

E essa técnica, como até confirmou outra médica à desconfiada mãe da paciente queixosa a posteriori, é mesmo assim- masturbam-se as doentes para relaxar.

Neste caso, a técnica custava 164 euros por semana, livre de recibos porque no T1 da casa do terapeuta nem espaço havia para funcionários, quanto mais detalhes de burocracia.

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O José do Portadaloja vai fazer post acerca da macacada, pelo que se aconselha ir-se lá ver o que sai. Há-de sair da boa, que para os jornaleiros nem vale a pena ler acórdãos. Basta-lhes acirrar as matilhas acéfalas.







O Timo Soini é que levou censura dos rapazes de Wall Street.

Informação colhida no imprescindível Portadaloja.

O Faísca foi nacionalizado em 75 e não tarda nada habla español.











Tadinho do faísca, que ainda vai ter de alimentar mais uns hermanitos de la RENFE









bonequito surripiado da CRGE


Anda por aí meio mundo de peritos e politólogos, muito felizes com esta caridade do FMI e a garantirem que agora é que vai ser. O que é preciso é colaborarmos todos com muito sacrifício.


Pois bem, a treta inclui uma bruta fatia do empréstimo destinado a abono bancário para, depois, os nossos bancos poderem financiar a "economia real", diz-se.

Sucede que, por sua vez, e para ajudar os "mercados", o Estado incumbe-se da salvação do bom do lixo tóxico do BPN, em venda acelerada até Junho- com compra pelo Estado da porcaria que lá tem dentro.

E tem muita piada ninguém falar nisto. Porque, o empréstimo caritativo é mais ou menos uma macacada ponzi a inchar em bolha.

Os beneméritos do BCE e FMI vêm cá injectar 12 mil milhões de peidos que o Estado se encarrega, por sua vez, de seringar nos bancos que já não têm liquidez, para que depois estes possam voltar a emprestar ao mesmo Estado. Ficando o nosso Estado com dívida a dobrar, para pagar o inteligente empréstimo aos intermediários, em exigência dos ditos "mercados europeus".

Uma "bernankice" de falsa recapitalização bancária que apenas serve para o Estado ficar com duplo encargo de dívida ao FMI e à banca e ainda a pagá-la com juros.

Parece que se costuma chamar a isto um simulacro financeiro, com venda de Dívida Pública.

Neste caso, para tentar cobrir juros de dívida acumulada.

Este fenómeno, fruto de engenharias tão engraçadas, tem até um nome apropriado à tolice geral em que caímos- uma boa de uma Debt Trap.
Desta vez, com a peculiaridade de serem os ratos e as ratazanas de grande porte a armadilha-la para os patinhos.

Resumindo, como Portugal não pode sozinho fabricar dinheiro do ar, vem o FMI fazê-lo pelo Estado. No fim, quem paga os juros do fantástico resultado da geração das couves a partir do nada, só podem ser os contribuintes.

Pode confirmar aqui

Banco Português de Negócios


2.10. The authorities are launching a process to sell Banco Português de Negócios (BPN) on an accelerated schedule and without a minimum price. To this end, a new plan is submitted to the EC for approval under competition rules. The target is to find a buyer
by the end of July 2011 at the latest.

2.11. To facilitate the sale, the 3 existing special purpose vehicles holding its non-performing and non-core assets have been separated from BPN, and more assets could be transferred into these vehicles as part of the negotiations with prospective buyers. BPN is also launching another program of more ambitious cost cutting measures with a view to increase its attractiveness to investors

2.12. Once a solution has been found, CGD’s state guaranteed claims on BPN and all related special purpose vehicles will be taken over by the state according to a timetable to be defined at that time.

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Acrescento por troca de comentários com um tal Wegie.

E nem tinha visto que a abertura de época de saldos inclui a venda da TAP, REN e EDP no tempo relâmpago de 7 meses, com o apetite da Bismerka ainda a fazer-se ao ouro que resta.

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Novo acrescento: 9/5:

Ora bem, pelos vistos é preciso ser o Financial Times a dizer o que por cá ninguém se atreve por causa do "respeitinho", ou da "campanhazinha", ou do raio que os parta.

Este acordo com a Troika (um arresto que inclui até apropriarem-se de património e riquezas naturais, caso não seja cumprido) foi assinado por quem devia estar atrás das grades e é um saque que vai dar longa recessão para os portugueses.

Ou seja, a dívida devia ser considerada ilegítima. Por que não se trata de cobrar caridade ou de ajudas para relançamento da nossa economia, mas de juros a serem pagos pelos portugueses, por vigarices de irresponsáveis à solta, com uma justiça cativa do Poder político-partidário.

«José Sócrates, prime minister, has chosen to delay applying for a financial rescue package until the last minute. His announcement last week was a tragi-comic highlight of the crisis. With the country on the brink of financial extinction, he gloated on national television that he had secured a better deal than Ireland and Greece. In addition, he claimed the agreement would not cause much pain. When the details emerged a few days later, we could see that none of this was true. The package contains savage spending cuts, freezes in public sector wages and pensions, tax rises and a forecast of two years’ deep recession»..
Via Portadaloja
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Em vez de andarem para aí com troca de arrufos em vídeos patriotas Islândia/Portugal; Portugal/Islândia (o que por si só apenas prova que a UE é mentira e nunca existiu nem existirá um patriotismo comum); mais valia uma rábula, tendo por interlocutores a ciganagem interna que pilha e os agiotas de fora que cobram.
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Novo acrescento, enquanto assobiam para o ar ou saltitam de excitação com as consequências da desgraça:
-mais outros a dizerem o mesmo: «The official wisdom is that Greece, Ireland and Portugal have been hit by a liquidity crisis, so they needed a momentary infusion of capital, after which everything would return to normal. But this official version is a lie, one that takes the ordinary people of Europe for idiots. They deserve better from politics and their leaders (...)the money did not go to help indebted economies. It flowed through the European Central Bank and recipient states to the coffers of big banks and investment funds.»
Via Portadaloja.



zazie & musaranho coxo

Joint venture, lone desventure






















O eduquês expande-se a galope. Neste caso, a passo de corrida de mula cartaxense em jornal pedagógico .

Ora atente-se nestas máximas de uma força viva da terra.

(...)Esta cultura literária é, assim, produto e processo de humanização de/em diferentes sociedades, revelando a força dessas sociedades ao mesmo tempo que se constitui, ela mesma, em iniludível força, ao potenciar uma compreensão dialéctica do mundo e dos homens, fundamental num contexto de afirmação megalómana, redutora e tentacular da cultura tecnológica, “tubarão” moderno a que se agarram os “pegadores” modernos. Contribuir para adequar a cultura literária às propriedades do “torpedo”, na convicção de que há mar e terra para todos, deve constituir-se como objectivo da escola.
(...)

a língua portuguesa vive no presente, vive nos/com os textos, esses marcos de referência da nossa cultura literária e pulsa, também, na vida política e económica, porque a vida nos seus mais diversos domínios, é sempre atinente à palavra e a palavra atinente à vida.
(...)

também contestamos qualquer opção curricular não argumentada por juízos de valor claros e fundamentados; é da aceitação da compatibilidade destes procedimentos que resulta a ancoragem num paradigma dialéctico, avesso à bipolarização e ao radicalismo, oxidações que desvirtuam a bússola do conhecimento e da acção pedagógica.








Os governos dos países da UE assinaram, entre eles, uma treta de responsabilidade mútua, inventada pelos burocratas, registada como "Tratado de Lisboa".

Nenhum português foi chamado a pronunciar-se acerca desse pacto.
Agora, há porcaria feita por incumprimentos de trafulhices governamentais e calotes de banqueiros e vem um Historiador, com um magote de macacos atrás, a dizer que a culpa é do povo português. E que o povo português também excluiu da UE países de Leste, portanto é bem-feito que os lapões votem contra ajudas de burocratas.

Foi mais um surto da demência. Aqui há tempos sentiam-se todos muito teutónicos e faziam momices idênticas com o azar dos gregos.











«se não tiver a maioria absoluta dos votos dos deputados para ser eleito Presidente da Assembleia da República, Fernando Nobre poderá renunciar ao mandato de deputado e ao lugar na bancada do PSD


E voltará para a caridade on the road ou, mesmo assim, prefere ir a Presidente? ":O?



Imprescindível, esta série:



A agit prop destes desgraçadinhos do mito da "Esquerda dos pobrezinhos" não pára.

Agora andam para aí com fwds e "facebookadas" de uma nova causa- a da temerária Islândia, que teve a coragem de recusar o capitalismo e está em vias de se tornar o novo Farol do Ocidente.

Nos intervalos dá-lhes para o politicamente correcto, em versão palop e, numa cedência ideológica, lembram-se que sempre se podia pedir um emprestimozinho ao capitalismo que não faz mal à saúde- o dos brasileiros ou dos angolanos.

Imagem: Albanian Corner Store

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Acrescento: 13-04

Sob a luz da crise islandesa, o farol da resistência "democrática" (agora é tudo democrático), O Rui Tavares acaba de apelar, no Público, aos Estados Gerais do proletariado e dos intelectuais associativos, em geral.







Só um cheirinho

«A verdade, oiçam todos, é que o mercado detesta humanísticos! Isso mesmo: nem pode vê-los à frente. Uma fobia daquelas! Ao contrário, estima muito as desumanísticas, que tudo lubrificam, amarinham, penetram e conquistam. Desumanísticas é que é! Desumanísticas é que salvam, aplacam a ira dos mercados e preenchem na íntegra o almejado passaporte para a fortuna e o dolce fare tuti. Sem desumanísticas, nada feito. Debalde trepareis - de balde e alguidar para as vossas lágrimas. Improficuamente vos agachareis, na preparação académica e uber-batráquia do salto. Vale menos que carta de electricista, brevet de bate-chapas ou portefólio de canalizador. Não direi sequer que vale zero, porque sereis recompensados abaixo disso. E nem o reconforto mínimo de gorjeta auferireis, abaixo de empregados de mesa ou táxistas que gemereis!...»


A ler, na íntegra, Trote no trottoir




heroico e fatal



Lucas Cranach, Melancolia (detalhe ), 1532


nas asas do desejo

Look - night is opening her arms of sky to you
Cuddle up to her like a young man in love,
then shut your eyes at the slightest breeze
and you will feel her face on her face

Rainer Maria Rilke, Inner Sky




no descuido das crianças

When the child was a child
It walked with its arms swinging,
wanted the brook to be a river,
the river to be a torrent,
and this puddle to be the sea.

When the child was a child,
it didn’t know that it was a child,
everything was soulful,
and all souls were one.....

Peter Handke, Song of Childhood




Virgílio Ferreira (baloiço do alto de Berlim)- work-in-progress

O Geo-Carnaval

(...)Passados mais de quatro anos, eis que irrompe novo géiser bizarro. Só que agora o assunto em causa não é a tortura, mas o bombardeamento. O bombardeamento aéreo de civis, mais propriamente. Toda a americanidade roncante que infesta o planeta, do presidente Obama aos liberdadeiros blogosféricos, passando pelos pseudo-governos europeus, está escandalizada, chocada e indignada com os bombardeamentos que Kadaphi tem ordenado contra os rebeldes líbios. Isto é, os muçulmanos estão a bombardear-se uns aos outros e isso parece que não é admissível. Que horror!, matar civis à bomba!... Crime de lesa-humanidade? Não, muito pior: crime de lesa privilégio: todos sabemos que matar civis muçulmanos à bomba é uma prerrogativa exclusiva dos norte-americanos e do seu mini-me, vulgo estado de Israel. Quem julga o Kadaphi que é? Caso para dizer: Mais ciumentos e zelosos que os deuses, só mesmo os semi-deuses.
Há nisto qualquer coisa de verdadeiramente anedótico. O nível de desossificação moral de toda estas coisas vagamente semelhantes a pessoas atinge já as raias do inverosímil.

Reparem que são os mesmos que, salvo raríssimas excepções, nos têm vindo a endoutrinar, obsessivamente, de que o "único muçulmano bom é o muçulmanos morto", de preferência à bomba, granada ou míssil intelectual, que agora, subitamente, num flique-flaque vertiginoso, descobrem que há muçulmanos bons, jovens, e ardentemente sequiosos de democracia. Aos molhos! Muçulmanos benignos e amigos do ambiente - mais: muçulmanos instruídos e informatizados, que twitam e faceboquejam! - que urge preservar das bombas dos muçulmanos pérfidos, retrógrados e anti-democráticos. De que modo? Bombardeando imediatamente os maus. Tão simples como isto(...)

A ler, na íntegra, no Dragoscópio

Poliziano; Pullcinela e um Luigi Serafini antes da Quaresma










































Esta menina nasceu com ele em grandes doses.

Rita Braga, ao vivo, ontem em Bilbao, amanhã e sábado em Bordeaux.

Reposição, só para chatear e com comentários que explicam como os tolinhos são tão fáceis de enganar. Basta pegar-lhes nos preconceitos e vendê-los como se fossem sagrados.
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Tod Browning revisitado (29/04/2006)


O nosso gay de estimação





























no freak show Outonal