Douglas Gordon, Play Dead, Real Time, 2003

Do alto de uma das torres financeiras da City já saltou um médico, pai de três filhos; de Canary Wharf pulou um pequeno funcionário da banca.

Os grandes banqueiros reorganizam-se com protecção da mãozinha marota do Estado; outros gerentes responsáveis saltam fora com bónus milionários.
Parece que este crash já vem sabotado na imagética


{para o PA}


— Well... er... you're a rich man.


— Yes, I am. Yes. Yes, very, very rich. Quite phenomenally wealthy. Yes, I do own the most startling quantifies of cash. Yes, quite right... you're rather a smart young lad aren't you. We could do with somebody like you to feed the pantomime horse. Very smart.


— Thank you, sir.


— Now, you were saying. I'm very, very, very, very, very, very, very, very, very, very, very rich.


— So er, how about a pound?


— A pound. Yes, I see. Now this loan would be secured by the...


— It's not a loan


— What?


— (examines it doubtfully) It's a bit small for a share certificate, isn't it? I'd better run this over to our legal department. If you could possibly pop back on Friday? I think I better had the chaps in the legal department take a look at this. What with CHRI$TMA$ and the season of good will - hahah - ,we are very busy here at Scrooge and Marlowe Money Grabbers Ltd. Believe me, money grabbing and ripping people off round the clock is a full-time job. So, couldn’t you pop back some time next year?






























cortesia D. Costa (noutra caixinha)

e passo-o ao Helder

O valor do sistema financeiro depende da fé e da confiança, diz o Bento no Jornal de Negócios.

Eric von Stroheim, GreedComentário do CN na caixinha

«Hmmm estou a ver... confiança. Boa altura para falar nela.
Não chegaria confiar que um depósito seja de facto um depósito?
Ou tenho de "confiar" que não sendo se comporte como tal?
A ciência económica como a ciência da "fé e confiança".
Estou a ver. Deviam passar a ser uma disciplina de teologia.
Ou psicologia. Por isso de facto se fala tanto de "expectativas", ou o consumidor está "deprimido" e por isso a economia "sofre".
E ainda falam com gozo das crendices do passado.»







Junte-se a este postal estoutro , para seguir o fio à meada.








O Nuno Fonseca está feliz com o chamamento do Senhor para cumprir o ascetismo na blogosfera-















já correu com todos os cristãos rivais e só lá aparece um epiléptico e uma maluqinha de metro, para desinquietarem o estilista.

{Os ninjas que paguem a crise}




(...) Estructurarlos en tramos, a los que les llaman tranches, ordenando, de mayor a menor, la probabilidad de un impago, y con el compromiso de priorizar el pago a los menos malos. Es decir:


A). Yo compro un paquete de MBS, en el que me dicen que los tres primeros MBS son relativamente buenos, los tres segundos, muy regulares y los tres terceros, francamente malos. Esto quiere decir que he estructurado el paquete de MBS en tres tranches: el relativamente bueno, el muy regular y el muy malo.


B). Me comprometo a que si no paga nadie del tranche muy malo (o como dicen estos señores, si en el tramo malo incurro en default), pero cobro algo del tranche muy regular y bastante del relativamente bueno, todo irá a pagar las hipotecas del tranche relativamente bueno, con lo que, automáticamente, este tranche podrá ser
calificado de AAA.


C) Comentario: En los “Comentarios de Coyuntura Económica del IESE”, de Enero 2008, de los que he sacado la mayor parte de lo que os estoy diciendo, le llaman a esto “magia financiera”.


II. Para acabar de liar a los de San Quirico, estos MBS ordenados en tranches fueron rebautizados como CDO (Collateralized Debt Obligations, Obligaciones de Deuda Colateralizada), como se les podía haber dado otro nombre exótico.


III.
No contentos con lo anterior, los magos financieros crearon otro producto importante: los CDS (Credit Default Swaps) En este caso, el adquirente, el que compraba los CDO, asumía un riesgo de impago por los CDO que compraba, cobrando más intereses. O sea, compraba el CDO y decía: “si falla, pierdo el dinero. Si no falla, cobro más intereses.”


IV. Siguiendo con los inventos, se creó otro instrumento, el Synthetic CDO, que no he conseguido entender, pero que daba una rentabilidad sorprendentemente elevada.


V. Más aún: los que compraban los Synthetic CDO podían comprarlos mediante créditos bancarios muy baratos. El diferencial entre estos intereses muy baratos y los altos rendimientos del Synthetic hacía extraordinariamente rentable la operación.


17. Al llegar aquí y confiando en que no os hayáis perdido demasiado, quiero recordar una cosa que es posible que se os haya olvidado, dada la complejidad de las operaciones descritas: que todo está basado en que los ninjas pagarán sus hipotecas y que el mercado inmobiliario norteamericano seguirá subiendo.


18.
PERO:
• A principios de 2007, los precios de las viviendas norteamericanas se desplomaron.
• Muchos de los ninjas se dieron cuenta de que estaban pagando por su casa más de lo que ahora valía y decidieron (o no pudieron) seguir pagando sus hipotecas.


• Automáticamente, nadie quiso comprar MBS, CDO, CDS, Synthetic CDO y los que ya los tenían no pudieron venderlos.



Todo el montaje se fue hundiendo y un día, el Director de la Oficina de San Quirico llamó a un vecino para decirle que bueno, que aquel dinero se había esfumado, o, en el mejor de los casos, había perdido un 60 % de su valor.


Comentario: Vete ahora a explicar al vecino de San Quirico lo de los ninjas, el Bank de Illinois y el Chicago Trust Corporation. No se le puede explicar por varias razones: la más importante, porque nadie sabe dónde está ese dinero. Y al decir nadie, quiero decir NADIE.(...)



fonte: La Crisis Ninja, por Leopoldo Abadía Sr.
dica do caríssimo anti-comuna

Eric von Stroheim, greed, 1924

Erich von Stroheim, greed, 1924
GOLD - GOLD - GOLD - GOLD
Bright and Yellow, Hard and Cold, Molten, Graven, Hammered, Rolled, Hard to Get and Light to Hold; Stolen, Borrowed, Squandered – Doled






Brugel, avaritia, detalhe



{Reposição, com ligeiras alterações, a propósito destas mágicas “actividades financeiras” que às vezes, em vez de oferecerem príncipe de sapo, dão bode}.

"Um bazar na cabeça", é o que se pode concluir do relatório da vistoria técnica efectuada ao Cocanha.
E o caso não é para menos. Graças à amabilidade de um poeta-hortelão, que não se importou de descer a poesia ao nível das canalizações, a maquineta já está consertada e bem oleada.

No entanto, o progresso também tem destas coisas- a quinquilharia é barata e só a mão-de-obra é que mantém o luxo de outrora (neste caso o luxo foi à borla).

Explicando melhor, para quem não está a atingir a questão.
Hoje em dia substituem-se isolantes e rodas de vedação nas canalizações mas ninguém se lembraria de citar Shakespeare por tão banal tarefa. E muito menos tomar por pedra preciosa, saída da cabeça de um sapo, o tampão que se compra na loja de ferragens.
E ainda menos, achar que alguns malabarismos da alta-finança, podem ter a mesma origem de "bufarinheiros sapistas".
Appone mulieri super mammas bufonem, ut ablactet eum, & moriatur mulier, sitque bufo grossus de lacte

Mas devíamos e não ficaria nada mal acrescentar-lhe estes versos:
"Sweet are the uses of adversity,
Which, like the toad, ugly and venomous,
Wears yet a precious jewel in his head
."

["As You Like It," Act II. Cena 1, 11. 12-14.]

Pois se o nosso tampão ou bujão esqueceu a semelhança com a mítica pedra do sapo- o bezoar, que se retirava da cabeça dos velhos batráquios para fins profilácticos, as boas das crapaudines francesas ainda guardam na etimologia a memória da semelhança visual.

A lenda é milenar e as derivações tão complexas que, em boa verdade, este é mais um dos casos em que a ficção acaba por se misturar com a ciência, acabando por terminar no estelionato dos bufarinheiros dos novos tempos.

Estas pedras mágicas, capazes de servirem de antídoto nos mais temíveis envenenamentos e estados de epilepsia, não passariam de cálculos desenvolvidos no estômago de alguns animais, incluindo nos malignos sapos, cujas lendas parasitárias eram bem mais poderosas que uma simples pedra no bucho de uma vaca ou de uma cabra.

Chamavam-lhes também os esteliones ou bufonites de stellio- estrelado, listado; sapo listado e buffone- sapo em latim, numa alusão aos lagartos e sua capacidade de transformação mimética. Característica esta que também se dizia possuírem as pedras batraquites, crapaudinas, saídas da cabeça de velhos sapos ou de olhos de serpente, capazes de aquecerem e humidificarem automaticamente, quando colocadas em contacto com venenos, absorvendo-os desta forma mágica.

O termo mais genérico em que todas se incluíam era o bezoar ,do bad- zehr" árabe ou persa "pad- zehr" significando antídoto, cuja origem científica é explicada pelo nosso Garcia da Orta, no Colóquio Acerca dos Simples e das Drogas.
Muito antes do sábio viajante, outros tentaram a ponte entre a lenda e o efeito farmacológico. Johannes de Cuba, no Hortus Sanitatis, apresenta a versão mais fabulosa, com o sapo ainda vivo, no momento em que o médico lhe extrai o estelione verde.

Casos houve em que o espírito se toldou pela necessidade de prova científica da façanha, originando algumas desgraças. Conta-se que Ambroise Paré (1510-1590), quis demonstrar estas potencialidades curativas na corte de Carlos IX, usando uma pedra vinda de Espanha e um pobre diabo, condenado por furto.
Envenenou-o o melhor que conseguiu e depois, diante do monarca, sacou da pedra do sapo, colocando-a em contacto com a cabeça do homem, na esperança de o salvar. O resultado redundou num enorme fiasco científico perante o monarca, mas quem se finou não foi o “artista”.

Ainda assim, as experiências prosseguiram, com alguns triunfos conhecidos, tornando-se hábito em qualquer enxoval, ou tesouro de personagem mais importante, o uso destes bezoares incrustados em anéis.
Ainda hoje se vendem, incluindo em antiquários ou nos catálogos da eBay, a preços mais populares.



Coube a Ulisse Aldrovandi (1522-1605) uma das primeiras sistematizações que os inclui no reino dos fósseis, juntando-lhes uma outra terminologia que também lhes estava associada- o bora, ou borax que mais não é que borato de sódio.

A meio caminho entre a lenda e a ciência, ainda se inscreve o exemplo de Garcia da Orta e os estudos de Paolo Bocone . Só com Baudamain (1779) foram estudados os bezoares, formados no corpo humano.

Se não fosse a permanência linguística espanhola, nas caixas de medição geodésica ou nas crapaudines de canalização francesa, o engenho pragmático do sapo bufão, nem nos nossos bujões ou tampões de bazares de bufarinhas tinha salvo a lenda.

Até porque, quando estas artes de bufarinhice garantem fazer de sapos cifrões, ainda há quem alimente os gulosos animais na cabeça, sonhando com o processo alquímico que também o metamorfoseará num esplendoroso magnata.

-----------------------
Consultar: L. CHARBONNEAU-LASSAY, El bestiário de Cristo, El simbolismo animal en la Antigüedad y la Edad Media, 2 Vols., Palma de Maiorca, Sophia Perennis, 2ª ed., 1997.

Imagens: 1-Pieter Bruegel o Velho, Avaritia, c. 1525-30 (detalhe)2- crapaudines e outras ferragens; 3- Michael Mayer, Atlanta Fulgiens (emblema) 4- crapaudines;5- Johannes Cuba Hortus Santitatis 1498; 6- anel com pedra do sapo (do palato de uma raia), Salisbury and South Wiltshire Museum; 7-Bezoar (Pedra de Goa) Indo-português, séc XVII-XVIII; 8- pedra borax (borato de sódio; 6- crapaudina de caixa de expansão.

Um postal imprescindível, pelo José da GL.

«Há três espécies de mentiras: as mentiras, as mentiras sagradas e as estatísticas.»


http://www.lhuillierphoto.com/img/retratos/34.htmRazão tinha o Mark Twain, que isto das estatísticas fora da História, ainda é capaz de fazer com que o abrasado desenvolvimento económico dos canibais

passe a perna (e não só...) ao capialismo-de-papo-cheio em que acabaram os suíços.














(ora consultem as estatísticas e digam lá se é mentira)
























Aqui fica um pertinente artigo, deixado pelo caríssimo anti-comuna, numa caixinha de comentários:




fonte:londonbanker.blogspot.com








Fisher’s Debt-Deflation Theory of Great Depressions and a possible revision “Panics do not destroy capital; they merely reveal the extent to which it has been destroyed by its betrayal into hopelessly unproductive works.”


- Mr John Mills, Article read before the Manchester Statistical Society, December 11, 1867, on Credit Cycles and the Origin of Commercial Panics as quoted in Financial crises and periods of industrial and commercial depression, Burton, T. E. (1931, first published 1902). New York and London: D. Appleton & Co


I have been both a central banker and a market regulator. I now find myself questioning whether my early career, largely devoted to liberalising and deregulating banking and financial markets, was misguided. In short, I wonder whether I contributed - along with a countless others in regulation, banking, academia and politics - to a great misallocation of capital, distortion of markets and the impairment of the real economy. We permitted the banks to betray capital into “hopelessly unproductive works”, promoting their efforts with monetary laxity, regulatory forbearance and government tax incentives that marginalised investment in “productive works”. We permitted markets to become so fragmented by off-exchange trading and derivatives that they no longer perform the economically critical functions of capital/resource allocation and price discovery efficiently or transparently. The results have been serial bubbles - debt-financed speculative frenzy in real estate, investments and commodities.


Since August of 2007 we have been seeing a steady constriction of credit markets, starting with subprime mortgage back securities, spreading to commercial paper and then to interbank credit and then to bond markets and then to securities generally. While the problem is usually expressed as one of confidence, a more honest conclusion is that credit extended in the past has been employed unproductively and so will not be repaid according to the original terms. In other words, capital has been betrayed into unproductive works.


The credit crunch today is not destroying capital but recognising that capital was destroyed by misallocation in the years of irrational exuberance. If that is so, then we are entering a spiral of debt deflation that will play out slowly for years to come. To understand how that works, we turn to Professor Irving Fisher of Yale.


Like me, Professor Fisher lived to question his earlier convictions and pursuits, learning by dear experience the lessons of financial instability.


Professor Fisher was an early mathematical economist, specialising in monetary and financial economics. Fisher’s contributions to the field of economics included the equation of exchange, the distinction between real and nominal interest rates, and an early analysis of intertemporal allocation. As his status grew, he became an icon for popularising 1920s fads for investment, healthy living and social engineering, including Prohibition and eugenics.


He is less famous for all of this today than for his one statement in September 1929 that “stock prices had reached a permanently high plateau”. He subsequently lost a personal fortune of between $6 and $10 million in the crash.
As J.K. Galbraith remarked, “This was a sizable sum, even for an economics professor.” Fisher’s investment bank failed in the bear market, losing the fortunes of investors and his public reputation.


Professor Fisher made his “permanently high plateau” remark in an environment very similar to that prevailing in the summer of 2007. Currencies had been competitively devalued in all the major nations as each sought to gain or defend export market share. The devaluation stoked asset bubbles as easy credit led to more and more speculative investments, including a boom in globalisation as investors bought bonds from abroad to gain higher yields. Then, as now, many speculators on Wall Street had unshakeable faith in the Federal Reserve’s ability to keep the party going.


After the crash and financial ruin, Professor Fisher turned his considerable talents to determining the underlying mechanisms of the crash. His Debt-Deflation Theory of Great Depressions (1933) was powerful and resonant, although largely neglected by officialdom, Wall Street and academia alike.


Fisher’s theory raised too many uncomfortable questions about the roles played by the Federal Reserve, Wall Street and Washington in propagating the conditions for credit excess and the debt deflation that followed.


The whole paper is worth reading carefully, but I’ll extract here some choice quotes which give a flavour of the whole. Prefacing his theory, Fisher first discusses instability around equilibrium and the influence of ‘forced’ cycles (like seasons) and ‘free’ cycles (self-generating like waves). Unlike the Chicago School, Fisher
says bluntly that “exact equilibrium thus sought is seldom reached and never long maintained. New disturbances are, humanly speaking, sure to occur, so that, in actual fact, any variable is almost always above or below ideal equilibrium.”
He bluntly asserts:


“Theoretically there may be — in fact, at most times there must be — over- or under-production, over- or under-consumption, over- or under-spending, over- or under-saving, over- or under-investment, and over or under everything else. It is as absurd to assume that, for any long period of time, the variables in the economic organization, or any part of them, will “stay put,” in perfect equilibrium, as to assume that the Atlantic Ocean can ever be without a wave.”
While disturbances will cause oscillations which lead to recessions, he suggests:


“[I]n the great booms and depressions, each of the above-named factors has played a subordinate role as compared with two dominant factors, namely over-indebtedness to start with and deflation following soon after; also that where any of the other factors do become conspicuous, they are often merely effects or symptions of these two.”


This is the critical argument of the paper. Viewed from this perspective we may see USA and UK decades of under-production, over-consumption, over-spending and under-investment as all tending to a greater imbalance in debt which may, if combined with oscillations induced by disturbances, take the US and UK economies beyond the point where they could right themselves into a deflationary spiral.


Fisher outlines how just 9 factors interacting with one another under conditions of debt and deflation create the mechanics of boom to bust for a Great Depression:


Assuming, accordingly, that, at some point of time, a state of over-indebtedness exists, this will tend to lead to liquidation, through the alarm either of debtors or creditors or both. Then we may deduce the following chain of consequences in nine links:

(1) Debt liquidation leads to distress selling and to
(2) Contraction of deposit currency, as bank loans are paid off, and to a slowing down of velocity of circulation. This contraction of deposits and of their velocity, precipitated by distress selling, causes
(3) A fall in the level of prices, in other words, a swelling of the dollar. Assuming, as above stated, that this fall of prices is not interfered with by reflation or otherwise, there must be
(4) A still greater fall in the net worths of business, precipitating bankruptcies and
(5) A like fall in profits, which in a “capitalistic,” that is, a private-profit society, leads the concerns which are running at a loss to make
(6) A reduction in output, in trade and in employment of labor. These losses, bankruptcies and unemployment, lead to
(7) Hoarding and slowing down still more the velocity of circulation.


The above eight changes cause
(9) Complicated disturbances in the rates of interest, in particular, a fall in the nominal, or money, rates and a rise in the real, or commodity, rates of interest.


Evidently debt and deflation go far toward explaining a great mass of phenomena in a very simple logical way.
Hyman Minsky and James Tobin credited Fisher’s Debt-Deflation Theory as a crucial precursor of their theories of macroeconomic financial instability.


Fisher explicitly ties loose money to over-indebtedness, fuelling speculation and asset bubbles:


Easy money is the great cause of over-borrowing. When an investor thinks he can make over 100 per cent per annum by borrowing at 6 per cent, he will be tempted to borrow, and to invest or speculate with the borrowed money. This was a prime cause leading to the over-indebtedness of 1929. Inventions and technological improvements
created wonderful investment opportunities, and so caused big debts.


* * *


The public psychology of going into debt for gain passes through several more or less distinct phases:


(a) the lure of big prospective dividends or gains in income in the remote future; (b) the hope of selling at a profit, and realising a capital gain in the immediate future;
(c) the vogue of reckless promotions, taking advantage of the habituation of the public to great expectations;
(d) the development of downright fraud, imposing on a public which had grown credulous and gullible.


Fisher then sums up his theory of debt, deflation and instability in one paragraph:
In summary, we find that:


(1) economic changes include steady trends and unsteady occasional disturbances which act as starters for cyclical oscillations of innumerable kinds;
(2) among the many occasional disturbances, are new opportunities to invest, especially because of new inventions;
(3) these, with other causes, sometimes conspire to lead to a great volume of over-indebtedness;
(4) this in turn, leads to attempts to liquidate;
(5) these, in turn, lead (unless counteracted by reflation) to falling prices or a swelling dollar;
(6) the dollar may swell faster than the number of dollars owed shrinks;
(7) in that case, liquidation does not really liquidate but actually aggravates the debts, and the depression grows worse instead of better, as indicated by all nine factors;
(8) the ways out are either laissez faire (bankruptcy) or scientific medication (reflation), and reflation might just as well have been applied in the first place.


The lender of last resort function of central banks and government support of the financial system through GSEs and fiscal measures are the modern mechanisms of reflation. Like Keynes, I suspect that Fisher saw reflation as a limited and temporary intervention rather than a long term sustained policy of credit expansion a la Greenspan/Bernanke.


I’m seriously worried that reflationary practice by Washington and the Fed in response to every market hiccup in recent decades was storing up a bigger debt deflation problem for the future. This very scary chart (click through to view) gives a measure of the threat in comparing Depression era total debt to GDP to today’s much higher debt to GDP.


Certainly Washington and the Fed have been very enthusiastic and innovative in “reflating” the debt-sensitive financial, real estate, automotive and consumer sectors for the past many years. I’m tempted to coin a new noun for reflation enthusiasm: refllatio?


Had Fisher observed the Greenspan/Bernanke Fed in action, he might have updated his theory with a revision. At some point, capital betrayed into unproductive works has to either be repaid or written off. If either is inhibited by reflation or regulatory forbearance, then a cost is imposed on productive works, whether through inflation, higher interest, diversion of consumption, or taxation to socialise losses. Over time that cost ultimately hollows out the real productive economy leaving only bubble assets standing.
Without a productive foundation, as reflation and forbearance reach their limits, those bubble assets must deflate.


Fisher’s debt deflation theory was little recognised in his lifetime, probably because he was right in drawing attention to the systemic failures that precipitated the crash. Speaking truth to power isn’t a ticket to popularity today either.

Acrescento: ver também debate aqui
Actualização (20-9): Ver também Close to the edge publicado pelo Dragão




barco viking em Richmond, fotografado com o meu telemovel

Depois de uma manha em busca de veados, quando foram mais as vacas que avistei que as gazelas, passei a tarde na observação de passarada, dos besouros, dos ingleses e inspecção ‘as tocas dos texugos ao por-do-sol, por esta ordem respectiva.



papagaios em Richmond e fui eu quem os fotografou com o telemovel, por causa da maratonaNo que diz respeito ao comportamento dos bretoes nestes habitats naturais, nota-se uma tendência bipolar, com momentos de desvario em grupo.





veado de Richmond mas nao fui eu quem fotografou- foi um tal Orlando aqui: http://www.flickr.com/photos/orlando72/2153354314/Tanto podem passar longas horas sentados ao sol, sem pestanejarem, como dar-lhes para as correrias disparatas em tudo quanto ‘e carreiro.








as vacas, sim, sao minhasComo tive a triste ideia de fazer a pé o percurso entre o velho parque dos veados de Richmond e Kew Gardens, inventei um truque para não me passarem a perna ao longo do Tamisa-





furao domesticado, chamado Silvasempre que avistava um destes maratonistas florestal, fingia que também vinha a correr e lá dava uns pulinhos a olhar par o infinito, enquanto eles estavam a ver.




texugo mas tambem nao fui eu quem o fotografou
A coisa foi funcionando tão bem, que a dada altura já alternava a marcha pachorrenta com estes ataques de sprint instantâneo, chegando mesmo a ultrapassar, por segundos, uns espanhóis que também se arrastavam no alucinado trajecto.

Mas o melhor estava para acontecer ao chegar a casa e ligar o noticiário.
Então não ‘e que enquanto andei nestas andanças tão bucólicas, a Scotland Yard e os guionistas da BBC conseguiram desactivar um ataque terrorista aéreo?

‘E verdade, não se imagina como, mas foi mesmo assim. Ainda caçaram três mecos, um deles com perfeito ar de mongo, que explicaram que não era propriamente um atentado a serio, mas mais uma espécie de animação terrorista, a condizer com a quadra. Eles chamaram-lhe mesmo a Political spectacle e garantiram que não tencionavam matar ninguem, com as tais bombas dentro de garrafas de refrigerante.

Seja como for, o trabalho que faltou aos terroristas amadores foi rapidamente suplantado pelo profissional show televisivo, onde ainda se consegui ver uma avião a explodir, na sequência desta fantástica ameaça

No final lá se aproveitou o “caso” para lembrar a necessidade de controle de imigração.
‘E assim, enquanto que por ai os importam; por ca andam na fase do despejo e qualquer pretexto serve.
Esperemos que o sadismo também se fique pela agit prop governamental, que para show AlQaedista ‘e quanto basta.
..........
Nota: o post est'a com a data certa, eu 'e que s'o o escrevi hoje (9/9).
...........
Acrescento:
Como se nao bastasse, os anormais ate ja tem programas de reconstituicao, onde ensinam a fazer a bomba...
":O+






Há de ser retribuição tardia mas bem saborosa, esta vitoria do mercado latino de Portobello contra a velha gloria marítima inglesa no Panamá.

Já o Hogarth havia representado o local na satírica serie das Eleições em Oxfordshire,com umas pertinentes alusões ‘a corrupção dos Wighs que haviam usados os impostos para financiar a campanha e outras discussões acerca do declínio naval britânico.







Aos fins-de-semana, Portobello, cada vez mais sob efeito da invasão das tríadas, lá vai enganando os custos do crash e não há ASAE que se atreva a estragar uma boa paella, cozinhada no meio da rua.



Ele h’a coisas que contadas nem se acredita...

Como as gárgulas se recolheram por falta de Sol, decidimos embrenharmo-nos pelo bosque, tentando outras caçadas.
Sem nada que fizesse prever, rebenta tamanha trovoada que um esquilo maluco at’e trepou por mim acima com o susto
A partir dai faltam as imagens, dado que fomos todos na enxurrada.
Uma hora depois, quais Mad Max em triplicado, l'a conseguimos sair de dentro da lama e arrastarmo-nos at'e 'a estrada
E palavrinha que a ideia era apenas tirar umas fotos bucólicas ‘a p*** da pérgola do rei do sabão .