Para quem não esteja a par, como era o meu caso até há momentos, o metropolitano de Lisboa, de há uma semana a esta parte, passou a ter um rapazinho do "Grupo 8" com pastor alemão, a fazer a ronda subterrânea.


Dois avisos devem desde já ser feitos:

1- Se lhe der algum daqueles ataques muito comuns entre os tugas, quando desatam aos impropérios e pontapés às máquinas por o troco não sair, tenha cuidado. É que o moço tem ordens para retirar o açaime de metal ao bicharoco mal nutrido, mas ainda assim com dentes, e largá-lo a qualquer transeunte.

2- No entanto, se estiver a ser assaltado ou de seringa apontada, como já me aconteceu, escusa de lhe pedir ajuda. O nosso inspector underground só por ali anda para proteger os excelsos bens do Metro, passageiros não contam.

Siga o meu conselho- duplique a paciência, exceda-se na cerimónia com as máquinas e, quanto mais não seja por causa dos enganos, não deixe de confiar numa “defesa mais privada” transportada na mala.

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Nota:
O caríssimo João Villalobos levantou a questão nos comentários e até já tínha recebido uns mails e telefonemas, a propósito da tal defesa que transporto comigo.

Não é segredo para ninguém, forma e função são tão transparentes quanto as históricas paredes de vidro.
Em transportes colectivos e similares deslocações citadinas mais problemáticas, eu uso sempre uma superbitch bag

Não fazendo a menor ideia de quantas pessoas possam passar pelo Cocanha que não sejam as mesmas que já leram o apelo, num caso destes vale sempre a pena insistir.

O rock revisto pelo abominável césar das neves












Esta é apenas uma das capas da série que a rapariga mais azougada da blogosfera e arredores acabou de postar.

[até apetece abrir excepção e enviar fwds com todas elas]

Nota de última hora: não se esqueçam de votar que as tiverem mais votos vão ser enviadas ao artista.



Adenda [31/3] as capas foram enviadas ao artista. O artista que é um bom artista respondeu com todo o fair Play- e montou um rato. Saravá meu povo. Finalmente monta!
Long live the new flesh!
AIC forever!

(só o musaranho é que não achou assim tanta piada à escolha)
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dúvidas que se me levantaram-
se forem budistas podem ouvir rock ou apenas easy listening?
e se gostarem rap estão condenados à Universal?
se for só clássica podem aderir aos Adventistas ou a clássica está reservada aos Mormons?
ficará bem a cantor de ópera converter-se aos Jeovás?
e os surdos, senhor césar? que lhes acontece? ficam no limbo a penar, dão-lhes borlas à sexta à noite, ou têm lugar reservado no céu?

“Entre a rua e o país
vai o passo dum anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão” [Sérgio Godinho, o Charlatão]


Reposição repescada na Janela Indiscreta

Historieta sempre tão actual, este foi um tema inicialmente debatido na proto-blogosfera do velho Pastilhas que aqui fica agora no Cocanha

Pseudo-Intelectuais; Intelectualóides; Pseudo-Intlectualóides – que “pseudos” são esses que desvirtuam a seriedade do espírito? O que os diferencia dos verdadeiros intelectuais? Quem são os visados pela troça?Conta-se que Goebbels dizia que lhe dava vontade de sacar da pistola sempre que ouvia falar em intelectuais. Muitos ódios de estimação que estes geram mais não serão que uma forma de despeito por um poder que se pressente. Como na altura comentou o maradona, é capaz de ser preferível um pseudo-intelectual a um anti-intelectual mas também é verdade que em muitos casos são os próprios que se colocam tão a jeito que a troça até lhes faz um favor.
Na Idade Média era muito comum esta chacota aos doutores. Os óculos na ponta do nariz tanto serviam para designar a seriedade do estudo, como a ignorância de quem não entende do que fala ou a marca da loucura dos que deixam escapar a razão nesses devaneios.


Brueghel representou-os numa festa das confrarias de loucos que são criadas no final da Idade Média, com a participaçãode muitos dos senhores mais importantes da terra, dando continuação ao espírito carnavalesco do riso escatológico em que a loucura provisoriamente comanda.
Correspondem também a uma tendência progressiva para o afastamento dos festejos carnavalescos do sentido genuíno e popular das calendas de Janeiro. Nesses tempos ainda eram os próprios clérigos mais jovens quem as protagonizava, lendo os textos sagrados às avessas em missas satíricas saindo depois mascarados para a festa no adro, em grandes folias e danças, satirizando com o povo toda a hierarquia religiosa.

Na gravura, Brueghel representou os loucos confrades de óculos na cabeça, um deles mimando o escrivão, com o tinteiro e a pena, preso na máscara, acompanhado do saco onde aferroava as moedas. São os tristes intelectuais, avaros de saber mas pobres de vida, mostrados num humor melancólico da bílis negra. Como tristes e gélidos solitários, convencem-se que a posse do saber é idêntica à cobiça de bens e assim deixam escapar o gozo simples e desprendido da vida.
Os óculos que deveriam ajudar a fazer entrar pelos olhos aquilo que estes só por si não conseguem ver, transportam-nos no cocuruto da cabeça pois apenas reflectem a tontice que lá está dentro.
















Muitas vezes o pseudo-intelectual podia ser o próprio judeu, falso converso, o bode da inveja/cabrão invejoso-Neidhammel- como atesta a própria etimologia germânica* conotando-o com a avareza. Representava-se como um velho corcovado e safardana, com a barbicha pontiaguda idêntica à do animal do sacrifício, com paralelo herético e demoníaco, juntamente com os óculos e olhos esbugalhados e o rosário na mão, de quem imita em excesso as falsas leituras da Bíblia que não faz e a crença que não tem.
Noutros casos apareciam javardos a lerem os livros sagrados no que também já foi entendido como sátira idêntica e noutros casos, em que estes estão a oficiar, como troça com a ignorância do próprio clero (ver aqui).













Estes pseudo-intelectuais da época são também caricaturas daqueles que se entregam a prazeres espirituais mas nos terrenos lhes escapa a inteligência. Vítimas de um saber teórico, muito sábios mas muito fáceis de enganar pelas mulheres, Alexandre o Grande, Virgílio e Aristóteles não escaparam à troça. Virgílio pendurado no cesto que a amada prometeu içar até à janela do quarto ali ficou pendurado toda a noite para de manhã ser troçado pelos soldados romanos; Aristóteles fez de burro e deixou-se montar por Camtaspé para ser gozado por Alexandre e, mesmo este último, enquanto se embrenhava nos estudos não escapou às “facadelas” da amada.

O Lai de Aristóteles (c.1223) é atribuído ao clérigo e trovador normando Henri d’Alais. Phyllis, (também apelidada de Camtaspé) vinga-se de Aristóteles que aconselhara Alexandre a afastá-la pois achava que esta andava a distrai-lo da seriedade dos assuntos de governo. Numa dança sensual Phylis tenta o filósofo e promete-lhe favores se primeiro fizesse de cavalo e a passeasse, assim montada, em redor da sala do palácio. O sábio cai na artimanha e é apanhado nesta triste figura pelo discípulo. O talento da dialéctica ainda lhe permite argumentar que deste modo provava como estava certo pois se até um velho filósofo cai por causa das mulheres, quanto mais não cairia um jovem na pujança da idade.

Pseudo-intelecutalóides também podem ser esses “burros carregados de livros”; “verbos de encher”; presunçosos como o Grand Patapouf; os “papagaios de salão” e os grandes “cagões” que todos nós conhecemos. Nos provérbios medievais flamengos e nos fabulários a sátira escatológica utiliza o termo nesse mesmo sentido-“o caganço”; “cagar de alto”, o “cagar para isso” que ainda hoje é tão usado.

cagar nos óculos (“os cagões”; “qual deles o mais cagão”, “cagam pelo mesmo vazadouro”; "não fazem nada um sem o outro", na variante de também aludirem que os óculos lhes entram por onde mais gosto têm), cadeiral da Igreja de Sainte-Materne de Walcourt, 1531




Aqui fica divertida um excerto da sátira que Sebastian Brandt lhes dedicou na Nave dos Loucos.

Livros Inúteis
Conduzo a dança dos loucos
Pois estou rodeado de livros
nunca lidos e que nem compreendo.
Se vou à proa na nave
Não é sem justa razão
E bem-vindos os que bem me entendem:
Guardo um monte de tomos na minha casa
Que importa se não os não entendo:
Tenho na mais alta estima
os espanadores e mata-moscas
Ouvindo falar sabiamente,
Respondo: “possuo isso tudo em minha casa”.
Basta-me, para estar entre os anjos,
Rodear-me dos meus livros.
Diz-se que Ptolomeu tinha
todos os livros do mundo
e os considerava o seu tesouro
ordenava-os nas prateleiras
e não era mais sábio por isso.
Tenho tantos livros quanto ele:
Ao Diabo se nunca os li!
Haveria eu de perturbar o meu espírito,
De me atolar num montão de saber?
O estudo impede as quimeras!
Não posso eu, um grande senhor,
Pagar para que se instruam por mim?
E, ainda que tenha o espírito obtuso
Se estou entre doutos
Sei dizer em latim: “Ita!”
Mas no registo alemão
Estou mais à vontade que em latim.
Sei que vinho se diz vinum
Corno, qucklus, stulus cretino,
Faço-me chamar “douto sire”:
Basta-me esconder as minhas orelhas
Que ninguém descobrirá o burro do moleiro.

Sebastian Brandt, Stultifera Navis, 1494.

Bibliografia:

GAIGNEBET, Claude; LAJOUX, Dominique, Art profane et religion populaire au Moyen Âge, P.U.F., Vendôme, France, 1985.
HEERS, Jacques,Festas de loucos e Carnavais, Publicações D. Quixote, Lisboa, 1987..
MAETERLINK, Louis, Le genre satirique, fantastique et licencieux dans la sculpture flamande et wallonne. Les miséricordes de stalles (art et folklore), Jean Schmit, Libraire, Paris, 1910.

imagens:
1 - Festa de Loucos, gravura de Peter Brueghel o Velho. Os loucos com óculos
2 - O falso converso- o judeu invejoso, agarrado ao rosário. Cadeiral da Igreja de S. Nicolau, Kalkar, Alemanha (1505/08)
3- Javali com óculos a ler os salmos, cadeiral de Oviedo, séc. XV
4- - Lai de Aristóteles, cadeiral da Igreja de Montbenoît (sec. XVI)
5 - Lai de Virgílio, cadeiral da Sé do Funchal (c.1514/15)
6- cagões a defecarem nos óculos, cadeiral da Igreja de Sainte- Materne de Walcourt, 1531
7- gravura da Nave dos Loucos de Sebastian Brant, 1494.

* agradecimento ao nosso poeta-hortelão na ajuda da tradução e referência ao uso compósito do termo bode em alemão. Na tradição latina e das sátiras de Fedro retiradas de Esopo, costumava referir-se pelo cão invejoso, ou cão do lavrador, o que guarda a palha e não a come nem deixa comer.

nota: clicar nas imagens para ampliar ou ver completas.



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adenda retirada da janelinha de comentários: o caramelo dos Tapores recordou o Bouvard e Pécouchet e o Luís Bonifácio lembrou o Pol Pot, quando mandou matar todos os cambodjanos que usavam óculos, pois o regime dispensava intelectuais.

Vale mais a pena recordar a da Filarmónica. Aqui fica um cheirinho.



[mais ali ao lado]

Pelas barbas do profeta! só pensam nisso...

Pois a mim podem chamar-me a batatinha, a cebolona, a narigueta de palhaça do cocanha, a bigus-dicus do Brian, é só escolherem.
Assim tivesse o "quinquilho-milionésimo" do carcanhol do lobbie dos onzeneiros e quem lhes prometia a terra, juntamente com o Bush, era eu

“:OP


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nota: uma ajuda à Helena. Quando se queixa: "Bem me esforço, bem estudo os manuais, bem tento perceber aqueles cálculos e aquelas descrições científicas, mas não adianta: não consigo descobrir as diferenças anatómicas. Ainda não fui capaz de desmascarar um único!
É mais fácil do que parece. Basta levar a simbólica da penca às últimas consequências e vai ver que na hora nota. Quanto ao resto, se vai continuar frustrada ou finalmente atingir a "terra prometida" não há garantias à partida...

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Adenda [28/3/06] "A sustentabilidade do uso das pencas"

Tentativa de contribuição para suprir o défice de consciência tuga no anti-semitismo nasal.

Proposta. Todo o tuga que pense, fale em família, comente em público, escreva nos jornais ou na blogosfera do ponto de vista crítico a propósito de qualquer ligação supeita entre Israel, os lobbies, a cotação do dólar e o Bush, seja obrigado a comprovar tê-lo feito com uma penca postiça, cujas dimensões serão aprovadas pela ONU.

O Cocanha deixa aqui uma sujestão para o modelo a ser normalizado.











zazie e musaranho coxo

Luminoso
como notas soltas de música

Liberto do trabalho conceptual, o automatismo de mão de Giambattista Tiepolo, liga-se directamente à imaginação.



Os canibais da Alegoria da América, resplandecentes e festivos e como se viessem do olhar de uma criança.





















Alegoria da América, Treppenhaus, Wurzburg, 1753


Sombrio e tranquilo



Nos polichinelos fuziladores que o filho filho Giandomenico transforma em soldadinhos da Commedia Dell'Arte. Demasiado sensitivos para não serem reais.






"Divertimento per li Regazzi" [colectânea de 104 desenhos]

Ver também aqui


Uma prendinha da menina Ritinha

Mais aqui

[a ver se assim o meu compadre aparece...]

Vale a pena ir ao Dragoscópio e ler um artigo que por lá está.
Como temos tantos talentos VIP online só admira ninguém comentar

Acabo de encontrar, por mero acaso, o Livro da Memória que andava à procura há três meses. Tinha-o guardado num sítio disparatado, seguindo à risca as mnemónicas topológicas renascentistas para não me esquecer.
Conclusão: a Idade Média tem muita força.

[mnemónica de Santo Agostinho no Enchiridon: “signa humanam benevolentiam”]

A Secção Profissional de Estudos do Património da Sociedade de Geografia de Lisboa anuncia:
Nova exposição online: PINTURA NARRATIVA ETÍOPE

Disponível em: http://web.mac.com/manuel_ramos/iWeb


Batalha de Adwa Jembere H., óleo s/ tela

maminhas gostosas...






excessos no banho...








enganos






e desenganos








e muita dentuça...






it's....



Não está certo. Piratearam o ornitorrinco kantiano.
Vai uma pessoa à procura de informação cultural, acompanhada de estendal bibliográfico da Amazon e uma boa dúzia de citações em nota de roda pé e depara com uma polaróide barata.









e depois queixem-se se as massas continuarem a preferir a Gina...






L'Oise à l'Aine
coule à son aise
sous le pont où trainent
une auto et treize
camions de laine.



Pena foi o Mandeville não ter dado com as kiwitas barbudas naquela viagem imaginária à Terra Santa. Aposto que tinha dado mito maior que os famosos caracóis de tamanho cavalar que encontrou pelo caminho.


Encontrou ele e não só, porque até o Ambroise Paré caiu na história. Afirmava o cirurgião que se davam muito bem no mar da Sarmântica e eram gordos que nem touros, de focinho de gato, com cornichos tão grandes que mais pareciam veados marinhos, corpo pontilhado de bolas brilhantes que pareciam pérolas e com patas em formato de barbatana que tanto serviam para navegação como para marcha a todo-o-terreno
Quanto ao paladar é que nada. Nem eles, nem sequer o Leonardo se aventuraram.
Pela minha parte,à "Mandeville" ou à "Ambroise-pato", também ainda estou para saber ao que sabem. É verdade que numa noite de santos populares parece que os comi sem dar por isso, mas felizmente que a memória também se evaporou com a alvorada. Convencida de ter entrado numa padaria no lugar de uma cervejaria, dizem que enquanto me lambuzava com eles ia arengando que por acaso até preferia a bola-de-berlim ao caracol...

Também recebi o mail do livro- Uma Praça Adiada. Estudo de fluxos pedonais na praça do Duque de Saldanha

Contactos:
DepANT-ISCTE (http://www.unics.iscte.pt/depant/)
ACA-M (http://www.aca-m.org)



E neste caso, o caríssimo coordenador pode estar certo que apoio. Tão certo que aqui fica aqui o boneco que melhor ilustra a minha a minha embirração com os ditos cujos.

E podem crer que não são os insectos...



Jean Solé, Animaleries

Enrolam-se na fantasia de mão em mão

Ambroise Paré, que até foi notável cirurgião da corte de Francisco II, desenhou o estranho porco que nasceu em Metz no ano de 1572. Tinha o bicho oito patas, quatro orelhas, cabeça de cão, as partes traseiras separadas até ao estômago e depois unidas num só corpo e mais duas línguas por trás da garganta. De tal modo era o animal que de porco só lhe restava o nome. Ainda assim, diz o autor que o recebeu por “desenho” de um médico de nome Bourgeois, que logo ali o classificou como um porco teratópago.

E fez muito bem porque uns anos mais tarde, o famoso Liceti, autor do tratado das causas e das diferenças entre os monstros [1616, Pádua] logo ali o transformou num porco- voador muito mais fantástico.

Nada que se compare com o estudo de outro fenómeno que o mesmo Ambroise Paré estudou a propósito dos efeitos da varíola nas mulheres grávidas-
Os misteriosos monstros em forma de répteis, extraídos do corpo humano, um deles em forma de serpente saído directamente do útero e que neste caso foi o Ulisses Aldrovandi [Bolonha, 1522-1607] que os pirateou.



Seguindo o fio à meada, ainda que se lhe perca a ingenuidade científica, aqui ficam mais uns.

Do Luigi Serafini, sempre tão elegante e tranquilo por mais bizarro que seja.


E do magnífico Solé que se lembrou de um gafanhoto-multi-usos






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nota: é verdade, o Jean Solé devo-o ao josé que me falou nele!

Será passatempo do Picasso? Desenfado do Malevich? Uma gracinha de algum futurista ou variações de um romântico que também é o autor da mocinha do chapéu com criança?

Les jeux sons faits




























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e aqui fica a mocinha para ajuda





















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solução: Luca Cambiaso- pintor maneirista, nascida em Génova no ano de 1527 e a mocinha do chapéu é a Virgem com o menino.

Como não houve vencedores o prémio aumenta para a próxima semana

Jean Solé, Animaleries
































Ao cuidado d@s Ren@s e Vead@s


ele também há casos em que não f***** nem saem de cima...










António Tempesta (1550-1630). Non vi sed virtute. Amsterdão, Hondius, 1610.

il a foutu le blogue en l’air !

o poeta-hortelão … e parece que se barricou na horta para preparar a revolução...



allons-y allons-bon
les dames de campagne vous attend!











Les Parapluies c'est un film-jazz


On n'y danse jamais

mais on y chante tout le temps





C'est un film "en-chanté "plus exactement"


Cherbourg 58

uma loja de guarda-chuvas

uma garagem- um amor impossível

traumas de guerra

uma bomba Esso


a felicidade à medida











memórias sonâmbulas



escritos de encomenda



quartos de hotéis baratos




ao som da polka
do mambo


Tokio 60
traumas de guerra



l'impression soleil levant à l'anné 2046


Dance with me, make me sway
Like a lazy ocean hugs the shore
Hold me close, sway me more

Sway me smooth, sway me now

Love is all a matter of timing

La prise du pouvoir









{upgrade}

ou Francis Bacon avant la lettre
























Second Version of
the Triptych 1944, 1988