Pena foi o Mandeville não ter dado com as kiwitas barbudas naquela viagem imaginária à Terra Santa. Aposto que tinha dado mito maior que os famosos caracóis de tamanho cavalar que encontrou pelo caminho.


Encontrou ele e não só, porque até o Ambroise Paré caiu na história. Afirmava o cirurgião que se davam muito bem no mar da Sarmântica e eram gordos que nem touros, de focinho de gato, com cornichos tão grandes que mais pareciam veados marinhos, corpo pontilhado de bolas brilhantes que pareciam pérolas e com patas em formato de barbatana que tanto serviam para navegação como para marcha a todo-o-terreno
Quanto ao paladar é que nada. Nem eles, nem sequer o Leonardo se aventuraram.
Pela minha parte,à "Mandeville" ou à "Ambroise-pato", também ainda estou para saber ao que sabem. É verdade que numa noite de santos populares parece que os comi sem dar por isso, mas felizmente que a memória também se evaporou com a alvorada. Convencida de ter entrado numa padaria no lugar de uma cervejaria, dizem que enquanto me lambuzava com eles ia arengando que por acaso até preferia a bola-de-berlim ao caracol...

1 comentários:

Flávio disse...

lol Quem havia de gostar deste post era o Günter Grass. O caracol tem um lugar central no seu bestiário.