Autor como performance/Assinatura como repetição
Francis Ford Coppola recordou a dificuldade em conseguir com que Marlon Brando começasse a trabalhar no set : «E, um dia, no quinto dia, cheguei e fiquei deslumbrado. Ali estava ele, e tinha cortado todo o cabelo, que é a imagem de Kurtz no livro. E eu disse-lhe, Marlon, o que é que aconteceu, isto quer dizer que vais fazer como Kurtz? Ele responde, sim, acho que vou fazê-lo como Kurtz do melhor modo. Respondi-lhe, mas tu disseste-me que isso não iria resultar, disseste-me que leste o livro e que nunca poderia resultar.
Ele respondeu, bem eu não li o livro, e eu disse-lhe, mas tu disseste-me que o tinhas lido, e ele respondeu, pois, mas menti”.
Douglas Gordon’s The Vanity Allegory (Exibition Checklist), Deutsche Guggenheim, 2005