Rousseau, como não acreditava muito na evolução da espécie humana, estava convencido que os ditos orangotangos, descritos pelos viajantes, podiam não se tratar de brutos animais, mas de seres humanos no seu pacífico e feliz estado primitivo. Já o bispo de Polignac era mais céptico. Consta que um dia deram com ele a desafiar um chimpazé no Jardin du Roi: “fala e eu baptizo-te”.
Cfr: Raymond Corbey, The Metaphysics of Apes: Negotiating the Animal-human Boundary,Tilbury University and Leiden University, Cambridge University Press, 2005