Bandos de cretinos; leprosos; heréticos e canibais; gafos e ladrões psóricos; mija-nos-finados, epítetos vários com que ficaram conhecidos os cagots medievais, que ainda duraram até aos sans culottes da Revolução Francesa.

Pois foi preciso chegar-se ao século XXI para o pacote socretino nos oferecer a versão fracturante desta cagotaria jacobina.

Como variante posmoderna, apresentam características curiosas- entram em auto-exorcismo e levitam sem ser preciso atirar-lhes com alhos.

Por outro lado, ao contrário dos antigos, nem necessitam de viver na marginalidade- têm o Poder do mundo às avessas por conta e já ameaçam levar crucifixos a tribunal dos Direitos do Homem.

Só é pena os ingenheiros de tráfego alternativo não porem a render os dons naturais destes esquentamentos espirituosos. À falta de melhor uso, sempre podíamos chamar uma cagota em vez de um táxi.

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