Ou o efeito zelig- dizia o mesmo que eles dizem e vendem, com o acréscimo da autoridade do cv.
A diferença e’ que este ainda foi do PS para a choldra e só depois cursou na famosa Academia do Bacalhau.E o neonazismo hooligan tem a particularidade de ser uma teoria, uma ideologia e uma praxis que em nada se distingue da mesma teoria, ideologia e praxis, reivindicada por mascarados à guy fawkes, jornalistas; comunistas disfarçados de sindicalistas;jornalistas; berloquistas travestidos de sociais-democratas; xuxilistas disfarçados de inspectores de obra feita; pseudo-governantes a fazerem de funâmbulos estrangeiros; jornalistas; o exército de dumbledore; okupas do regueirão; anarquistas em estágio internacional; jornalistas; mestrandos de escola de circo e arrastões vários, incluindo os de 5 dias.
Portanto, estamos perante uma comprovação axiomática- mongos diversos, com serviço igual a um terceiro, têm o mesmo e digníssimo préstimo.A diferença é que agora os "agentes provocadores" usam máscaras à Guy Fawkes e têm lobby internacional- http://pt.indymedia.org/ e a porcaria que fazem é sempre igual, só muda o hospedeiro.
Portanto, pode-se imaginar o berbicacho em que o PS se vai enredar, ao ter de fazer a aliança contra a Reacção, tendo por parceiros os fósseis comunas, mais as barbies bloquistas e estes cagotos mercenários.
Passar entre os pandeiretas peticionáriosPresumo que Isabel Jonet deve estar a ser aconselhada explicar-se, pedir desculpas, fazer um desmentido… Enfim, o costume. Teve azar: os pandeiretas deram por ela. Como vêem muita televisão descobriram o que disse Isabel Jonet. (Uma das vantagens de viver em arquivos é que nunca se vê um pandeireta: investigam pouco e os raros que por lá passam têm de falar baixinho). Claro que aquilo que Isabel Jonet disse não tem nada de novo mas os pandeiretas que da realidade só lhes interessa o diz que disse das televisões e redes sociais ficaram indignados. E um pandeireta indignado twitta logo para outros pandeiretas e todos todos unidos fazem um caso. E aí o objecto da indignação dos pandeiretas vive uns dias de verdadeiro inferno. Parece não haver na terra uma pessoa tão iníqua quanto aquela que tanto indignou os pandeiretas. Todos se sentem obrigados a criticar essa pessoa. Das televisões e rádios pedem depoimentos sobre o assunto. Aqueles que pensam exactamente o mesmo que o alvo da fúria dos pandeiretas calam-se bem calados não vão os pandeiretas virar-se contra eles. Deixá-los por conta daquela vítima que enquanto pregam para aquele lado deixam uma pessoa em sossego! E assim neste medinho que inspiram os pandeiretas vão reforçando a sua estratégia. Porque de cada vez que se mobilizam reforçam-se: os alvos ficam reduzidos a fanicos e aqueles que estão à volta interrogam-se sobre quem será o próximo a ficar na berlinda. Também valha a verdade que é coisa que dura pouco tempo: mais ou menos uma semana e lá vão eles com as pandeiretas para outro lado.
Um dos textos mais sabiamente loucos que o Dragão largou na blogo
(...) Vamos pagar. Vamos expurgar-nos e penitenciar-nos nesta procissão de flagelantes. Temos que mostrar ao mundo, aos mercados, às feiras, às praças e até aos lugares de hortaliça que estamos arrependidos, compungidos, sinceramente pesarosos de todos este tempo estéril em que nos entregámos, de corpo e alma, ao deboche socialista. Na esperança paciente e godótica do dia radioso e deslumbrante em que a inteligência solene dos nossos formidáveis gestores ganhe vigor vertical e deixe de apontar, murcha e engelhada, ao olho do cu. Da Europa tanto quanto da tribo.
Os primos das choças- todo um programa que deu frutos (r)
(e mais primos)
«Havia os Canteiros, as Choças, as Barracas, as Vendas e a Alta-Venda(...). Os Chefes da Choça eram Mestres da Barraca, o desta Mestre da Venda.
(...)
Na Carbonária encontravam-se Primos de todas as classes sociais: médicos, engenheiros, advogados, professores de todos os ramos de ensino, estudantes, oficiais superiores do Exército e da Armada, sargentos, alguns administradores do concelho, funcionários públicos de todas as categorias e de todos os ministérios, proprietários, lavradores, comerciantes, lojistas, empregados no comércio, actores, operários, cocheiros, condutores e guarda-freios dos eléctricos, empregados dos caminhos de ferro, alguns agentes e guardas da polícia, etc. Havia de tudo na Carbonária».
António Ventura, A Carbonária em Portugal, Biblioteca Museu República e Resistência, 1999.
Fotografias
1- Alta Venda.
2-PS 89- Rui Ochôa, "A Era Sampaio", Revista Única- Expresso 16-01-2010- surripiada no portadaloja
Adenda:
Às avessas- nem de encomenda se conseguia uma simbólica mais certeira.
Imprescindível, no Portadaloja
socialista: Isto vai, isto vai... nunca se viveu tão bem...
cocanha— ...??? Onde...?
socialista— Cá! Já reparou como aquilo vai lá por África... e então na Etiópia...Uma pessoa vê televisão e até se sente reconfortada.
cocanha — Não o sabia com tanto sentido de humor...
socialista — Humor...? Estou a falar a sério. A classe média vive muito bem.
cocanha — ... Então encontramos-nos na sexta...?
socialista — Não. Agora só na segunda. Aproveito a ponte e arranco já amanhã para Paris.
Algo me diz que este socialista da disfunção pública hoje é bem capaz de fazer número com os indignados, pronto, também ele, a rasgar BI e cartões de crédito, para ir viver da caça, nas cavas da Serra da Estrela
Pergunta o Morgadinho da Cubata e chega à conclusão que algo não bate certo.
Os preços das coisas estão muito mais caros em relação ao nível de vida, mas as estatísticas não dizem isso.
Fica aqui a questão para qualquer expert que calhe ir de passagem.
Como ele diz :
«Se somares as taxas de inflação ou de IPC desde 2002 ate hoje, a ma media de, digamos, uns 3% ao ano, a inflação total do período não ultrapassou os 40%.
Mas uma casa subiu uns 100%, a luz uns 300%, o gás também, a gasolina uns 100%, a alimentação disparou, a restauração duplicou.
Porra, não percebo. Alguém esta a enganar o pessoal.
(...)
Epá, agora descobri algo intrigante: O INE, que faz a estatística da Inflação e IPC, mantém sob SIGILO ESTATÍSTICO o painel de artigos que figuram no IPC, bem como a lista de aglomerados populacionais e dos respectivos estabelecimentos comerciais onde os preços são recolhidos.
Tenho agora quase a certeza de que existe manipulação de resultados de IPC e Inflação em Portugal. Não me admira NADA que, dada a importância estratégica de que o IPC se reveste, que algumas entidades (públicas e privadas)tenham influenciado o andamento do cálculo do IPC.
É tudo demasiado escondido para ser verdade. Eu nem sonhava que com isto, mas a verdade é esta. Estamos a ser manipulados com dados falsos.
Fui ao BP e fiz as contas desde a adesão ao euro e tudo somado, o IPC acumulado desde 2002 até 2012 dá o valor de 23,7%.
Como pode ser pá?
Mas ninguém olha para isto?
Entao um gajo está a ser roubado e ninguém investiga o que se passa?
Pior, ninguém deu conta disto?
Porra pá.
Rb
Martin Schulz defende criação de zona económica especial para a Grécia
A Cecília Gimenez acreditava na sua imitação de arte e teve fé no devoto propósito em que a empregou.
O gesto equivocado transformou-se num fenómeno kitsch de mercado mediático e, com ele, a autora num ready made de Artista, pronto a ser usado.
No Portadaloja , um post que recorda a raiz da nossa desgraça.
Mudam as palavras mas não mudam o vício- é ler aquela entrevista ao João Martins Pereira
Um diálogo entre o Morgadinho da Cubata e a Wika (marina) numa caixinha de comentários do Portugal Contemporâneo
Ricciardi (morgadinho da cubata)-
(...)Mas é precisamente o direito à posse que vai ser revisto nos próximos tempos, de certeza, através de impostos patrimoniais que vão fustigar a propriedade. Vai ser um governo liberal que irá transformar a posse ou a propriedade de cada um num verdadeiro pesadelo.
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E isto é o fim. É que enquanto tributam o Consumo o instinto das pessoas não se manifesta; quando tributam o Rendimento as pessoas ficam apreensivas; mas quando tributam o património para valores que podem significar ter de vender o bem para pagar o imposto, ou ter de usar o rendimento (já tributado) para pagar a posse, o tal instinto de posse tem de vir à tona.
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O IMI representa 1,5% do valor do imóvel. As pessoas estavam sossegadas porque a avaliação dos imóveis era baixa. O governo vai, adivinho, aumentar drasticamente este imposto. E não satisfeito com isso está a actualizar o valor dos prédios que estão avaliados 1/3 abaixo do valor de mercado.
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Uma casa com uma avaliação na ordem dos 200 mil euros vai pagar cerca de 3 mil euros por ano. Se o governo aumentar o valor da avaliação para 300 mil euros, o IMI a cobrar sobe para 4,5 mil euros. E se aumentar a taxa para 2,5% o valor dispara para uns modestos 7,5 mil euros.
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Isto significa que 625 euros por mês irão para o IMI. Hoje vão cerca de 250 euros por mês, no caso acima referido.
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E isto é um assalto que estão a preparar para o próximo ano, porque se comprometeram com um défice ainda mais reduzido para 2013. Como não conseguem fazer crescer a economia, vão roubar o património alheio do povo.
marina (wika) disse...
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pois é como dizem , estão transformando a propriedade tão só numa responsabilidade financeira. Penso que é pior ainda que comunismo , porque é um comunismo disfarçado , é tudo do Estado na mesma . Não vale a pena ter nada .
Como dizia Nietzsche: «Os homens foram pensados como “livres”, para que pudessem ser julgados e punidos – para que pudessem ser culpados»
«A esquerda e a cripto-esquerda socialista prefere os Sócrates, Jorges Coelhos e Relvas a mandar.
Com o Balsemão a aplaudir e o Ricardo Salgado a financiar.»
«Em todo o caso, não percebo tanto escarcéu de cada vez que descobrem um falso doutor entre os ministros ou um falso engenheiro entre os chanceleres. Já a evidência recorrente e corriqueira de , por obra e graça de eleicinha, tanto doutor e engenheiro se transformar em falso ministro ou em pseudo-chanceler não parece incomodá-los minimamente. Para não variar, aponta-se o cisco, a pentelhice na vista alheia e faz-se de conta que o argueiro - melhor dizendo, a trave descomedida - no olho próprio, embora cego, é perfeitamente natural. O escandalinho funciona assim como quê - paliativo para a imunda resignação?
E sempre pergunto: qual é o espanto? O escândalo é ele ter-se feito doutor em doze meses? Num país em que centenas de milhar se fizeram democratas numa noite - a mesma velocidade que qualquer eleito leva a mudar de nacionalidade, só que de dia e passada meia-hora de investidura -, o que é que isso tem de extraordinário?...»
A sério, um ex-país infestado de gente com testículos postiços, coluna gasosa, moral descartável e lógica de conveniência consegue ainda indignar-se com um título postiço? Não, isso é que é assombroso.»
O frisson que isto deve dar ao boisão pai, lá, onde quer que ele esteja.
«O bosão de Higgs, que muitos gostam de designar de "partícula de Deus", é o único, de todo o bestiário de partículas previstas »
Imagem roubada aqui
Recordando Jeff Koons em Versailles, no salão de Mercúrio (2009)
Na "The Vanitty of Allegory", de Douglas Gordon, Jeff Koons descreve a escultura como sendo "a arte a deixar o reino do artista, quando o artista perde o controle da arte. É definido basicamente por dois extremos; um seria Luís XIV: quando se coloque a arte nas mãos da aristocracia ou na da monarquia, a arte torna-se reflexo do ego e decorativa. Por outro lado, no outro extremo da escala, estaria Bob Hope: se dermos a arte às massas, a arte torna-se reflexo do ego das massas e também decorativa".
Douglas Gordon, The Vanity of Allegory
«Um grande remoinho no Pólo Norte absorve as águas do mar para um túnel, através do qual elas são finalmente regurgitadas no Pólo Sul»
Athanasius Kircher, Mundus Subterraneus (1665)
imagem: daqui
O Rui a. acaba de garantir que o nosso problema tem sido andarmos a ser enganados por falsos neotontos, do género latagão chicagense ou assim.
Mas isso é tudo porque desconhecemos que o genuíno neotontismo; o da Bayer, é pequenino. Um verdadeiro microtontismo, ao gosto de cada um.
Portanto, alguém que trate de receber condignamente e com vestes apropriadas, estes tiroleses que andaram a eleger o governo mas era para disfarçar.
Um mero pretexto para devolvermos tudo às bases habsburgas, algures clandestinas, nas cavas da serra de Sintra.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa anda a tirar os bens aos velhos, incluindo as casas.
E chegam ao ponto de lhes entregarem declarações para autorização de criação de bases de dados e acesso aos pertences de doentes de Alzheimer.
Para o efeito, usam uma almofadinha para a impressão digital e a tanga de pedido da declaração ao médico de família, em como a pessoa já não consegue fazer a assinatura correcta (mas, mesmo demente, pode ter um dedo lúcido que entenda o que lá vem escrito).
O isco é tão básico que não vai mais longe que incluírem na declaração a possível oferta futura, caso saia na tômbola, o acesso a cartão de doente que até dá descontos nas farmácias.
O resultado serve para esta mentira global: tiram aos velhos autóctones para depois darem aos imigrantes e casta de minoria com protecção especial, em nome da boa da solidariedade do Estado Social.
(...)- Mas será mesmo necessário?
- Mais que necessário: é urgente, é imperioso, é imprescindível!!...
- Mas isto doi. Doi mesmo!
- Claro que dói. É mesmo para doer e quanto mais, melhor. : o que dói, cura! Cura, sana, remedeia e fortifica!
- Mas tenho mesmo que correr furiosamente através destes silvados e tojódromos, ainda por cima ajaezado a arame farpado e em auto-flagelação contínua com cardos e urtigas?
- Claro que tens. Não há alternativa. Foi-nos imposto pelos nossos credores!
- Foi-nos?! Nossos?! Tu vai às cavalitas e eu, que me lembre, não fui consultado para empréstimo nenhum..
- Pois. Era isso ou a bancarrota sem remendo.
-Sim, para a banca não se romper, ando pr'aqui eu a esfarrapar-me todo! No fim disto tudo, temo bem, estará a banca remendada e eu esfolado vivo dos pés à cabeça. E mais zurzido que um Cristo!
- Faz parte do processo reformador em curso....
- Só se for para ti. Para mim é o Calvário reforçado no coiro!
- Capacita-te: É crucial! Quanto mais te esfolares e romperes todo, mais hipóteses teremos de recuperar a confiança dos mercados!...
- A ver se percebo: quanto menos confiança eu tiver nos mercados (e ela diminui a cada hectómetro), mais confiança eles ganham em mim? Deve ser então uma espécie de transfusão de confiança. Na verdade, e por assim dizer, não sangro: dou-lhes sangue. Sangue, que é como quem diz: confiança.
- Vês, como o exercício te é benéfico!... Até já começas a desproferir aleivosias.
- É. Quando um tipo carrega com as dos outros no lombo, nem tem tempo para lavrar as suas. (...)
Numa caixinha de comentários, a propósito das grandes abstrações neotontas
«...E estes tipos estão tão parecidos com os comunistas que até doi. Assanhados por coisinhas abstractas que não existem.
Os comunas é pela Igualdade. Uns maricas também, a natureza não gera igualdades. É até bastante desigual. E esquecem o mérito como valor acima da igualdade.
Os liberais é pela liberdade. Outros maricas, na natureza não se tem liberdade alguma, excepto na nossa cabeça. A liberdade de um Gnu depende do sono do Leão e este depende de quantas fêmeas o cansaram nesse dia.»
Morgadinho da Cubata dixit
«Ele vai fora porque o das finanças não vai dar hipótese. São dois ministérios rivais.»
Supeitando do fedor, o imperador Vespasiano levou uma moeda de ouro ao nariz e constatou com ironia: non olet.
Queria só fazer notar que aquela avantesma que se 'casou' com um pessoa do mesmo sexo nas escadas da AR é a mesma pan-sexual que além de admirar os orgasmos das mulheres da RDA colunava na Antena 1 e ainda tinha tempo para outras panterices bloquistas.
Tem tido enorme tempo de antena no Púbico da pan-sexual Sãozinha, quando o censurado não foi ela, mas um gajo, de sua graça Rosa Mendes.
Que se vão pansexuar com um autocarro ou com um hipopótamo e deixem os nossos impostos em paz (sim este aborto da natureza vive do erário público, recebe como cineasta, como colunista, como panzesssual, do instituto do audiovisual, da secretaria da cultura, da rádio púbica, da câmara de lisboa, da alta comissária elza pais que belzebu detenha).
hajapachorra
[reposição de reposição de 2007]
Em versão “rapa-tacho”; com presunção q.b. e sem vergonha na cara (agora em farsa entre tenda pura contra tenda impura) este ainda continua a ser o melhor engenho para se manterem no palco.
Chega-te, baixa-te e adora-me, poderia ser o sentido primordial da frase.
Os mais antigos cultos a Lúcifer incluíam este ritual do beija-cu. Segundo as lendas praticaram-no muitos, desde maçons a bruxas, passando por cagots e demais confrarias de artesãos marginais e heréticos, incluindo nessa crença os Templários, como é referido nas acusações de Filipe IV que levaram à sua extinção por bula papal.
As ramificações destes rituais e suas ligações aos ciclos da natureza são complexas, acabando, em muitos casos, por se entrosar com o folclore e festas populares.
O principal signo de onde vão emanar temas cristãos e outros satânicos prende-se com o osso em que terminava a coluna vertebral, em forma de amêndoa ou mandorla também apelidada mandala. Acreditava-se que era o único elemento incorruptível do corpo, cuja natureza sobrenatural o sujeitou a variadas associações que tanto podiam ir da auréola divina em que se envolve o pantocrator, como à luz que permite o renascimento cósmico dos corpos, o guilgal do ciclo das reincarnações. Central em rituais sabáticos e festas carnavalescas, esta crença hoje perdura na tradição dos carnavais de homossexuais de Nápoles, que emitam a mulher grávida a dar à luz um boneco de madeira em forma de bode cornudo
Os maçons primitivos recolhem estes cerimoniais, em virtude da sua dupla condição: por um lado são os obreiros da Casa de Deus, mas por outro necessitam dos segredos aritméticos e dons do domínio da matéria que pertencem ao príncipe das Trevas. São o exemplo mais antigo do “cientista” desafiando o criador do alto da torre de Babel e mais tarde trocando o culto de Nemrod pelo apóstolo da dúvida: S. Tomé, sem deixarem esquecer os ritos de adoração luciferina
No caso dos Templários as práticas satânicas são mais complexas, persistindo memórias em imagens como as do cadeiral de Amiens
Na primeira o noviço é apresentado completamente nu e os iniciadores passam-lhe a mão por trás para verificarem se é “bem formado”.
No segundo exemplo já estamos em pleno ritual, um tanto embaraçoso para ser explicado...
O iniciado senta-se e abraça-se ao “pote das rosas”. Depois os outros dois vão fazer uns “malabarismos” complicados que incluem uma velinha a ser enfiada num sítio que eu não digo, enquanto lhe é vertido o vinho (a tal água de rosas) ao longo das costas até ao dito local da rendição. O colega tem de o beber, aí mesmo, com a narigueta por lá enfiada (daí chamarem-lhe “beber amarrado”). Pelo meio ainda há mais umas “partes gagas” que incluíam o “beber no tabuleiro” que não conto e depois trocavam as voltas e repetiam tudo de novo como bons camaradas.
O certo é que imagens e descrições não faltam e não se ficam pelos sabbaths do Goya. Em pleno século XVIII publicam-se estampas com alguns destes rituais, entretanto civilizados, como as iniciações femininas maçónicas, em que as candidatas eram rigorosamente escolhidas a dedo (e não só), já que a coisa implicava grandes exigências estéticas com exames púbicos mas pouco pudicos. Na gravura do ritual para-maçónico, recolhida pelo Abade Pérau, uma menina prepara-se para beijar simbolicamente o traseiro do mestre, neste caso sob a forma de um cãozinho de cera muito mignon.
A partir daqui juro que não sei mais nada e, se me pedirem com bons modos, até sou capaz de imaginar que tudo isto caiu em desuso.
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Em 2007 terminei o post com esta passagem:
[De qualquer forma, se é português, ainda vive cá dentro, e está interessado em acompanhar variações de beija-cus mais actuais, o melhor é seguir as historietas onde os bodes-devoristas ainda não ditam lei- no mundo virtual].
Quatro anos depois, acho que me enganei. Ditarem leis ainda não ditam; mas ao tempo que já por cá andam...
Imagens:
—Antigo Testamento, manuscrito do sec. XIV, os pedreiros da torre de Babel, unidos por uma única língua, desafiam Deus fazendo-lhe facécias e o Sopro Eterno castiga-os.
—Heresia dos Vaudois, manuscrito do séc. XV. Beijo do cu do diabo durante um sabbath.
—Beija-cu, portal da catedral de Saint-Pierre, Troyes, sec. XII.
—Cadeiral de catedral de Amiens, séc XVI, apresentação do noviço para o rito iniciático
—Cadeiral de catedral de Amiens, neófitos vestidos de loucos ladeiam o iniciado com o “pote de rosas”
—Beijo do rabo do cão, gravura da compilação do abade Pérau, 1758.
(ver: Claude Gaignebet et J. Dominique Lajoux, art profane et religion populaire au Moyen Âge, Paris, PUF, 1985.)