No tempo em que os aristocratas faziam cinema proletário


7 comentários:

Flávio disse...

Ainda a propósito do magnífico post sobre o ‘brochim’, acho que a cena do filme é fantástica não só pelo texto do JCM, mas também pelo silêncio da Fausta. Ela, que, recordemos, é uma “velha puta” (sic) e “mulher de muitos caralhos” (sic), tem de se render e calar, maravilhada, perante a sabedoria do mestre. É um silêncio magnífico e que diz muito – aliás, toda a filmografia do JCM está cheia de silêncios expressivos como esse.

zazie disse...

tu não me digas que tens estado em silêncio este tempo todo a pensar no assunto....


":O)))))

beijoca

Luís Bonifácio disse...

Visconti?

Flávio disse...

:))) Infelizmente, não. São razões estritamente laborais - excesso de trabalho e, ainda por cima, mal remunerado. Só tive tempo mesmo para o postzinho sobre o Pacheco pereira e mais nada. Para a semana, talvez melhore. beijocas!

zazie disse...

Olá Luís,
é o Visconti, pois

metropolis: o teu post sobre o JPP fez-me lembrar o novo bordaõ do maradona:

"eu sou uma pessoa extremamente simpática"
ahahahha

tenho ataques de riso só de me lembrar disso

beijoca

maloud disse...

E porque não somente no tempo em que os aristocratas faziam cinema?

zazie disse...

Pois, talvez mas aí a frase podia ficar dúbia e não explicava a que me estava a referir. “aristocratas” é bem capaz de ainda existirem, num sentido mais vasto do termo mas, neste caso era nobre de linhagem e este filme de honra proletária na temática e isso é que acabou.

No outro sentido mais amplo de "aristocracia" então até tínhamos o Bresson que não desapareceu há tanto tempo mas que nunca fez cinema proletário.

E estas caras marcadas e intensas, esta estética a preto-e-branco, este mundo de boxeurs e emigrantes foi-se.

Seria curioso pegar-lhe nas pontas e ver por ainda mais é que andou...
Porque tornar-se feio, porco e mau, sabemos nós que foi a derivação mais pobre que o matou.