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É o chamado Código de Posturas Municipais de Chaves. Trepar às árvores, ou tomar banho em lavadouros públicos, também passa a ser penalizado. Pois é, podem abortar até às dez semanas, podem injectar-se em perfeita harmonia, mas ai deles se os apanham empoleirados no arvoredo, quiçá a fumar algum cigarrito às escondidas!...
Por um lado, começo a achar que o Oliveira Salazar não era um liberal: era um libertário. Por outro, isto só se compreende, mais uma vez, como despejo das urbanomanias ultrapasteurizantes da capital sobre os costados da província. Ou seja, à medida que Lisboa se quer transformar na capital doutro país qualquer, os autarcas psicopatos-bravos da província querem transformar os respectivos burgos em Lisboa. E assim, se tivermos bem presente como aqui, à beira Tejo, abundam - sobretudo ao nível de redacções e programações jornalísticas ou televisivas, em regime verdadeiramente infestante, em cloaca regurgitante e sempreviçosa - galináceos e canídeos devidamente atrelados e conduzidos na transumância quotidiana pelos respectivos donos e pastores, não nos será difícil perceber como será certamente essa boa ordem e higiene pública que se pretende agora estender às berças. É urgente que se civilizem, pois claro. Que se civilizem, modernizem, normalizem e coiso e tal. (Mas faz algum sentido, neste tempo da "Aldeia global", que ainda persistam aldeias locais?!...) Melhor dizendo, na gíria queiroziana, é imperioso que a paisagem imite o país. Que faça como este faz, que adopte a receita que nele se gasta, onde não há galináceo nem canídeo que não circule devidamente arreado de trela, coleira e guarda-freio. Circule, desfile, escreva, comente, opine ou, pura e simplesmente, mame. E com trela, verdade se diga, dupla: aquela que os donos lhes cobram e aquela que os papalvos e basbaques, para cúmulo, lhes dão.