O Kalebeul já recordou a comédia satírica que Samuel Sheppard lhes dedicou- The Joviall Crew, or The Devill’ turn’d Ranter: Being A Character of the roaring Ranters of these Times traduzido à letra: “A malta Jovial, ou o Diabo virando Ranger: uma das características dos vociferadores Ranters dos nossos tempos” (1651)
Esses libertinos espirituais do tempo de Cromwell que, para além de fornicavam que nem marmotas, cabriolarem nas tabernas e terem tendências comunistas, ainda tinham o vício do tabaco
Faziam parte da “malta jovial” um erudito, um pintor, um boticário, um alfaiate, um soldado e um fidalgo. Iam todos juntos até uma taberna beber vinho doce e fumar Tabaco forte, até se tornarem imortais. Duas esposas de respeitáveis cidadãos juntavam-se ao grupo e a “desbunda” só acabava na Casa de Correcção, com uma sessão de chicotadas.
Aqui fica uma passagem da cantoria herética:
Vamos, não demoremos, que a alegria não nos falta.
Dancemos e cantemos todos em roda, pois somos Ranters Joviais
Deixa que as almas receosas esquivem as taças,
E tremam por tomar bebidas;
Deixa os lunáticos recearem o Império,
E deterem-se perante um Coxo
Vamos, não demoremos, que a alegria não nos falta.
Dancemos e cantemos todos em roda, pois somos Ranters Joviais
Não tememos o Inferno quando morremos,
Nem Górgona nem Fúria:
E enquanto vivemos, beber e f....
A despeito se juiz e jurados.
Vamos lá Rapazes, aceitem vossos gozos,
E desfrutem todo o prazer,
Impulso a impulso, vamos a isso,
Mas temos de ser comedidos.
Todos ao chão, como num desmaio
Para ser uma visão agradável.
E depois de pé, de nádegas nuas,
Quem receará tão doce penetração?
Vamos lá, vamos, ó turma Jovial.
Dançai bizarramente como duendes;
Bebam e berrem, praguejem e forniquem.
Mas nada de rixas e querelas
.................................................................
Consultar: Norman Cohn, Na sensa do milénio. Milenaristas revolucionários e anarquistas místicos da Idade Média, Editorial Presença, 1970
Faziam parte da “malta jovial” um erudito, um pintor, um boticário, um alfaiate, um soldado e um fidalgo. Iam todos juntos até uma taberna beber vinho doce e fumar Tabaco forte, até se tornarem imortais. Duas esposas de respeitáveis cidadãos juntavam-se ao grupo e a “desbunda” só acabava na Casa de Correcção, com uma sessão de chicotadas.
Aqui fica uma passagem da cantoria herética:
Vamos, não demoremos, que a alegria não nos falta.
Dancemos e cantemos todos em roda, pois somos Ranters Joviais
Deixa que as almas receosas esquivem as taças,
E tremam por tomar bebidas;
Deixa os lunáticos recearem o Império,
E deterem-se perante um Coxo
Vamos, não demoremos, que a alegria não nos falta.
Dancemos e cantemos todos em roda, pois somos Ranters Joviais
Não tememos o Inferno quando morremos,
Nem Górgona nem Fúria:
E enquanto vivemos, beber e f....
A despeito se juiz e jurados.
Vamos lá Rapazes, aceitem vossos gozos,
E desfrutem todo o prazer,
Impulso a impulso, vamos a isso,
Mas temos de ser comedidos.
Todos ao chão, como num desmaio
Para ser uma visão agradável.
E depois de pé, de nádegas nuas,
Quem receará tão doce penetração?
Vamos lá, vamos, ó turma Jovial.
Dançai bizarramente como duendes;
Bebam e berrem, praguejem e forniquem.
Mas nada de rixas e querelas
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Consultar: Norman Cohn, Na sensa do milénio. Milenaristas revolucionários e anarquistas místicos da Idade Média, Editorial Presença, 1970