7 comentários:
- Harry Lime disse...
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zazie,
foi quando vi "la chinoise" que comecei a não gostar do godard. Lembro-me que achei aquilo ridiculo. Achei o filme uma comédia involuntária e achei incrivel a ideia de que os actores pudessem ler trechos do "Livro Vermelho" do Mao Tse tung sem cairem para o chão a rir. Eu não resistia. Eles liam aquilo e a ideia era levar aquilo a sério... Eu não consegui levar o filme a sério.
Mesmo no final dos anos 60, as pessoas já deveriam ter algum tino, especialemnte o godard que já não era propriamente um menino de escola. - 17:40
- zazie disse...
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La Chinoise tem o efeito raro dew conseguir ser Kitsch sem o querer. E tens razão, ele fez o filme com espírito militante, aproveitando para juntar o maoismo com a guerra do Vietnam. Só que aquilo redunda num decorativismo muito pop, muito engraçado e o sacana é suficientemente talentoso para quase transformar a coisa num misto de bd com music hall
Mas, a verdade é que apesar disso, ainda prefiro este, bem datado mas pop e leve, ao que faz mais recentemente que me parece muito mais carregado e grandiloquente...
(e chato)
e aqui não é chato ":O))
mas o mais engraçado era a projecção disto em pleno PREC
ahahaha
era uma blasfémia ":O)))) - 17:57
- zazie disse...
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ele é sempre blasé mesmo quando estava convencido que era revolucionário
e as meninas, o gostinho que sempre teve para as meninas...
ou para os galãs e maus da fita. Não há maus da fita como os dele ":O)) - 17:59
- zazie disse...
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mas sabes que o poster chinoca tem mais 10 anos que o filme?
pois... - 18:00
- timshel disse...
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“strike against the rightist deviationist who attempts to reverse correct verdicts”
nem mais - 06:16
- zazie disse...
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neste caso o perigoso direitista era o Deng Xiao-Ping...
":O. - 11:18
- Harry Lime disse...
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Por acaso, não imaginava que o cartaz poderia ser dos anos 70. :))) Muito curioso, muito provavelmente estes militantes esquerdistas estão hoje entre a nova elite de milionários chinesa. As voltas que a vida dá...
Na minha opinião, foi por esta altura que o Godard deixou de ter graça. Eu adoro os filmes dele dos anos 50 e 60: o "A Bout de Souflle" (claro!), o "Band Apart" ("super cool"), o "Pierrot Le Fou" ("super maluco") e o meu Godard preferido: o "Alphaville", uma história de ficção cientifica passada num futuro distante e filmada na noite parisiense dos anos 60.
Mas há uma altura, no final dos anso 60 e inicios dos anos 70, em que o Godard começou a perder alguma frescura. Não ligo muito aos filmes que ele faz hoje em dia. - 23:08