No meio de tanto suor desbaratado em debates abortistas, apetece recordar que o Cocanha se norteia pela abundância e multiplicação em todos os reinos da natureza- incluindo pedras e notas de banco.
A reposição deste postal da Janela Indiscreta deve ser suficiente para se entender a tese (e o respectivo aumentativo, terminado em “ão”).
As pedras de fogo também tinham sexo. Chamavam-lhes Terrebolem, Terroboli, Terrobuli ou Piroboli, numa alteração do étimo grego pirobolos= "o que lança fogo" e incluíam-se entre os seres da natureza descritos pelos bestiários medievais.
Dizia-se que se podiam encontrar nas montanhas do Oriente. Quando a pedra fêmea se aproximava da pedra macho dava-se uma tremenda combustão, incendiando a montanha e queimando tudo o que existisse em redor.
A simbologia um tanto misógina, traduzia-se num apelo à castidade, em particular nos conventos, recordando ao homem a previdência de não se deixar que as mulheres se aproximassem demasiado. A provocação podia ser tão inevitável quanto o choque do pecado carnal e as consquências idênticas ao que sucedia com os terrobolus ,haveria de acabar a arder no inferno.
No texto, as pedras são apelidadas de adamas (dos adamitas pecadores) tendo por exemplo bíblico Sansão e José, que também foram tentados por mulheres.
Na base da lenda deveriam estar as pirites de ferro- "o ouro dos loucos", como lhes chamavam, em virtude do logro que a semelhança de cor veio o provocar na “febre dos garimpeiros”- o El Dourado da Cocanha dos tempos modernos.
imgens:
1- Alne, N. Yorks, um casal de terrobolem rodeados por chamas.
2- Whitersfield. Essex, um par de terroblem agitando-se com o ardor.
3- Bestiário de Abarden (c.1200). Adão e Eva aproximando-se com as pedras do fogo na mão.
4- Bola de pirite- talismã da boa sorte na reprodução monetária. Estas continuam com bastante procura, incluindo pela net
A reposição deste postal da Janela Indiscreta deve ser suficiente para se entender a tese (e o respectivo aumentativo, terminado em “ão”).
As pedras de fogo também tinham sexo. Chamavam-lhes Terrebolem, Terroboli, Terrobuli ou Piroboli, numa alteração do étimo grego pirobolos= "o que lança fogo" e incluíam-se entre os seres da natureza descritos pelos bestiários medievais.
Dizia-se que se podiam encontrar nas montanhas do Oriente. Quando a pedra fêmea se aproximava da pedra macho dava-se uma tremenda combustão, incendiando a montanha e queimando tudo o que existisse em redor.
A simbologia um tanto misógina, traduzia-se num apelo à castidade, em particular nos conventos, recordando ao homem a previdência de não se deixar que as mulheres se aproximassem demasiado. A provocação podia ser tão inevitável quanto o choque do pecado carnal e as consquências idênticas ao que sucedia com os terrobolus ,haveria de acabar a arder no inferno.
No texto, as pedras são apelidadas de adamas (dos adamitas pecadores) tendo por exemplo bíblico Sansão e José, que também foram tentados por mulheres.
Na base da lenda deveriam estar as pirites de ferro- "o ouro dos loucos", como lhes chamavam, em virtude do logro que a semelhança de cor veio o provocar na “febre dos garimpeiros”- o El Dourado da Cocanha dos tempos modernos.
imgens:
1- Alne, N. Yorks, um casal de terrobolem rodeados por chamas.
2- Whitersfield. Essex, um par de terroblem agitando-se com o ardor.
3- Bestiário de Abarden (c.1200). Adão e Eva aproximando-se com as pedras do fogo na mão.
4- Bola de pirite- talismã da boa sorte na reprodução monetária. Estas continuam com bastante procura, incluindo pela net