A propósito da fobia jacobina aos símbolos religiosos, recorde-se as palavras do insuspeito Alexandre Herculano, inconformado com as destruições patrimoniais - “o demónio das devastações dos vândalos do camartelo”- como lhes chamava, a que esse “laicismo” deu grande alento, na época:
“(...) o sangue referve nas veias contra essa ideia fatal, que entrou na máxima parte dos entendimentos, de que tudo quanto é antigo é mau, ou de pouco momento, quando a pior coisa que há é essa ideia dominante da nossa época; a mais ridícula o século que a admitiu; a mais detestável a mão que a traduz em obras, estampando sobre a terra da sua infância a inscrição que o ateu manda pôr sobre a sua campa: — aqui é o «sepulcro do Nada!»”
(Monumentos Pátrios, 1838-39)