e aproxima-se o encontro com o cavaleiro e o urso.
Michael Pacher(1465-1498) St. Agostinho e o demónio



















A S. Wolfgang de Regensburg que foi eremita, encontrou-o um caçador; ao Santo Agostinho, foi o demo que lhe saiu ao caminho para mostrar o livro dos pecados.

Desenho, Porphyrius, Aristóteles, Boécio, séc.s XIII e XIV, Chambéry - BM - ms. 0027, fol. 240




O Pecay já falou deles, enquanto musicados e um tanto afrodisíacos, acrescentemos-lhe outras simbologias.

caracóis enamorados- cadeiral de igreja de Gassicourt, Mantes-la-Jolie,séc XVI
caracóis enamorados- cadeiral de igreja de Gassicourt, Mantes-la-Jolie, séc XVI
Bréviaire à l'usage de Verdun,c 1302-1305?,Verdun-BM-ms.0107
Calendrier des bergers, 1493, Angers- BM-SA-3390-Chambéry-BM-ms.0027,milícia dos cobardes

Caracóis aos pares ou caracóis a combaterem guerreiros e a perseguirem mulheres, abundavam na simbologia medieval como símbolo da cobardia ou da impotência masculina, também conhecida pelo “mal do caracol”.
guerreiro selvagem a sair de casca de caracol, catedral de Notre-Dame de Villefranche-de-Rouergue, séc. XVHeures ; Vie de sainte Marguerite-c. 1300,Troyes-BM-ms.1905 Mas, como só a morte não tem cura, até esta maleita podia ter a sua reviravolta, quando o caracol daí da casca.
caracol de Semur-en-Auxois,séc.XIV
O dia 2 de Feveiro, primeiro dia do encontro de Jesus com o Templo de Jeruslém, era também com o dia do rito da luz maçónica, relacionado com as festas do acordar da natureza hibernada. Neste caso, o caracol, a par de outra figuração do homem selvagem, é bem provável que se refira à saída desse bloqueio impotente, sob a forma dos alvores da potência primaveril que se renova.cu do demo-Semur
maçon-portal de Sémur-en-Auxois,séc.XIV


















No portal da Igreja de Notre-Dame de Semur-en-Auxois, pode-se ver uma caracoleta que deve estar relacionada com estes rituais maçónicos. No portal está representado um maçon, com o barrete de iniciado e, mais abaixo, pode ver-se a oferenda do beija-cu do demo, relacionados neste sincretismo ritualista de tradição popular.

Esta igreja de Notre-Dame de Semur tem uma forte simbologia maçónica. Um dia destes voltamos a ela, até por que também por lá anda o boi gordo e o Carnaval está à porta...
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Consultar: Claude Gaignebet et J. Dominique Lajoux, Art profane et religion populaire au Moyen Âge, PUF, Paris, 1985.

Yves et Françoise CRANGA, L’ escargot dans le Midi de la France. Aproche iconographique, 1997






A alma morta/ as visões de Paracelso- 1536





veado morto











As visões de Joseph Beuys













- Hirschkopf, 1985 [cabeça de veado com lágrima]

Anda agora o jacobinismo e ateísmo militante muito defensor de bloqueios democráticos, tão mal amanhados, que até o Papa não precisou de muito para dar um bailinho de estratégia renascentista à bestialidade da militância destes mija-nos-finados do século XXI.

Felizmente, por cá, o fenómeno ainda vai na fase dos créditos do doutor. Sempre foi assim, precisamos de galões para tudo. Nada compõe melhor o ramalhete que um Doutor ou Filósofo para vender as luzes positivistas. Di-lo-ia o bom do Miguel Bombarda, se outro louco não lhe tivesse estragado o empreendimento, quando também achava que a crença devia ser uma doença perigosa, com direito a internamento em sanatório ou degredo para ilha.

Entretanto, esta descendência epidémica do carbúnculo instala-se nos jornais, para explicar ao povo que judaísmos, budismos, cristianismos, islamismos são meras tolices supersticiosas que devem ser achincalhadas, enquanto tal.
Coisa de bruxedos ritualistas, porventura, a que a Ciência, infelizmente, ainda não conseguiu pôr termo, apesar da delegação antropológica em Vilar de Perdizes.

Certo é, que o outro Nobel da eugenia sempre explicou que esta decadência da espécie só podia ser travada com despejo de embriões de baixo QI.
Ora, só nos pode parecer estranho que um filósofo português, epistemicamente contaminado pelo fervor dessa missão, venha garantir nos media que se contenta com a mera liberdade de insulto e nem sequer se lembre do exemplo ab ovo.
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Disclaimer: Se tais insultos vos ofendem paciência. Não é possível garantir a liberdade de expressão e ao mesmo tempo garantir que não seremos ofendidos


brooch au jardin interieur



















Andrea Wagner, técnica mista, porcelana da China,2006

la sèche raison luttant contre l’inspiration, l’Illumination



— Est-ce qu'on ne peut pas admettre que des hommes capables, intelligents, et à plus forte raison doués de talent ou même de génie — donc indispensables à la société — au lieu de végéter toute leur vie soient dans certains cas libres de désobéir aux lois ?
— Cela me paraît difficile, et dangereux.
— Pour la société ce serait tout bénéfice.
— Et qui distinguera des autres ces hommes supérieurs ?
— Eux-mêmes, leurs consciences.

«Segundo Skinner, a felicidade nada mais é que a produção de comportamentos premiados. Para o Catecismo da Igreja Católica também.»

Ó Tim, já o Santo Agostinho perguntava por que motivo as grávidas e jovens mães precisavam de invocar tantos deuses para protegerem o rebento. A Cunina, a Rimina, a Frutesca, a Pecunia, o Esculanus, o Estatilinus o até Vaticanus e outros tantos, se a deusa Felicidade era capaz de fazer o trabalho por todos eles.

Resta saber de quem é fruto a Felicidade- recompensa da Virtude ou bênção divina.

Vem isto a propósito dos “reparadores da Obra". Para esses, não há que fiar nem na boa da Areté, nem na bênção de Deus. Por isso é que sempre lhes deu para planearem outras estratégias. Ora, entre o evangelho da Health and Wealth behaviourista e a força do espírito, eu prefiro a utopia do segundo. Pelo menos, os estragos que provoca são da responsabilidade do próprio.

Deixo-te aqui um exemplo.



Como se contava na Idade Média, nem sempre é por boa razão que se anda com o mundo na cabeça.
Os geógrafos-turistas, satirizados por Sebastian Brant, também o calcorreavam, achando que a obra de Deus podia ser medida e abarcada em sábia passeata.

“Não considero verdadeiramente sábio
Aquele que gasta todo o seu zelo e sentido
A descobrir cidades, países
E parte, de compasso na mão
Para conhece bem a largura da terra,
E a profundidade do mar
(...)Que povos estão nas latitudes,
Se existem, por baixo dos nossos pés,
Também pessoas, ou não existe nada?
Se aí vivem, como se sustentam de pé,
E não caem no ar?
(...) O mestre Plínio acerca disso já dissera
Que é por certo insano
Quem quer abraçar o mundo imenso
(...)Que necessidade tem o homem
de procurar mais alto que ele
sem saber para que isso lhe serve
o que encontrará aí de eminente
quando ignora a hora da sua morte
que corre atrás dele como uma sombra
por mais verdadeira e certa que seja esta ciência


Outros enfiavam-se por ele a dentro, com muita reza e falsa humildade, quando, na verdade, mais não faziam que dobrarem-se ao que era preciso, para melhor levarem a vida.








Com o desenvolvimento do capitalismo, a pregação caritativa pelos malefícios da pobreza passa a ser satirizada pela pelo triunfo do cortejo da Dona Pecúnia.
[clicar na imagem]

Matthaus Greuter , que para além de gravador, também construiu globos terrestres, representou-a “escafandrada”, em cima de rica carroça movida por moedas de ouro, com a bolsa aberta na mão, pedindo uma esmolinha para ajuda.
No insano cortejo de charivari da Morte, incitado pelo demo, seguem-na os poderosos do mundo. Vestem ricas roupas e agarram-se, como cegos, uns aos outros, já que os óculos que usam apenas servem para espelhar a cegueira da ganância que os consome.
Encadeada, vai a reboque a Pobreza com o seu povo, esperando que a roda da fortuna vire a favor deles- e, por força do acaso, a Dona Pecúnia, que tanto serve Deus como o Diabo, se estatele no chão.
..................
Imagens: 1-Geógrafo: Sebastian Brant,
Stultifera Navis ; 2: Louco a escapar-se para dentro da bolsa, cadeiral de Oviedo (imagem paralela à do macaco a oferecer o traseiro à sereia- todos juntos, por cima do S. Brás); 3: enfiando-se no santo mundo, detalhe dos Provérbios flamentos de Brueghel; 4: Matthäus Greuter (1566-1638), Allégorie exprimant la puissance des richesses et le malheur attaché à la pauvreté, 1589 (imagem divulgada graças ao Peacay)

consultar imagem da alegoria de Greuter:University of Harvard, Baker Library, Historical Collections
Ver também: Ben Johnson ,a propósito da Lady Pecunia na tradição do teatro satírico.

dedicado ao Desfazedor e ao Dragão (também foi só um pretexto)
...........
Acrescento [17.27h]:
Só agora reparámos que a Pecunia do Greuter também já tinha sido comentada na
Bacia das Almas , blogue que desconhecíamos, mas que se recomenda.

The ship moved so smoothly that her onward motion was imperceptible to the senses of men, as though she had been a crowded planet speeding through the dark spaces of ether behind the swarm of suns, in the appalling and calm solitudes awaiting the breath of future creations. `Hot is no name for it down below,' said a voice.

There was a fierce purpose in the gale, a furious earnestness in the screech of the wind, in the brutal tumult of earth and sky

that seemed directed at him, and made him hold his breath in awe.

It is when we try to grapple with another man's intimate need that we perceive how incomprehensible,

wavering, and misty are the beings that share with us the sight of the stars and the warmth of the sun

Je suis belle, ô mortels! comme un rêve de pierre,
Et mon sein, où chacun s'est meurtri tour à tour,
Est fait pour inspirer au poète un amour
Éternel et muet ainsi que la matière.

Baudelaire

dama unicórniodama com unicórino (Rafael)

«Para ahuyentar esos pensamientos desazonantes, que proclamaban mi inicial y estúpido fracaso —un fracaso cuya magnitud yo no había vislumbrado en el momento, por falta de experiencia cortesana, pero que mi vigilante abuela me había dado a entender sin disimulo—, me refugié en el amor de Julia. Siempre he necesitado, cuando me sentía solo y media mi debilidad, refugiarme en un hombre o en una mujer, y puesto que no contaba con mi abuela, a quien había incumbido —itan luego de ella!— echarme en cara el daño simbólico que yo les había causado a los míos, busqué abrigo en el recuerdo de una niña de quince años. El sentimiento que ella despertaba en mí se avivó y creció, como si hubieran soplado sobre una llama tenue, porque Julia representaba para mi, frente a la idea de derrota y de incapacidad que surgía de mi blanda transigencia ante la postergación ofensiva de Bolonia, la idea de triunfó, ya que su promesa de matrimonio, tan halagadora, tan exactamente ajustada en el planteo de mi abuela, atestiguaba que yo era capaz, si me lo proponía, de rematar mis aspiraciones y de publicar a la faz del mundo que merecía ser el duque de Bomarzo. Mi amor por Julia brotó así de la cobardía y del agradecimiento. No entró en mis cálculos lo que podia deberle en su conquista a la magia oscura de Sílvio. Unicamente pensé en la victoria que derivaba de Júlia que compensaba otros descalabro, no solo aquél,circunstancial, del desdén que habia sufrido en Bolonia, sino hasta la frustracíon que implicab mi giba. Júlia me aceptaba tal cual era y esso bastaba para que yo me sentiera redimido y para que me consagrara a amarla con todas mis forzas.»
transfiguration
por Rafael








«La imagen de Júlia Farnese volvió a resplandecer como un incensário balanceado. Paz y que me amaran: he ahí lo que yo pedia. Era mucho pedir. Era pedir todo.
¿ Qué daria a cambio? Podía cambiar una sarta de perlas por unos pavos reales muertos, cuyos cadáveres mande transportar a leguas de Bomarzo, para los quemaran donde no nos alcanzaria su sinistro influjo, pero por le amor de Júlia y por la calma que anhelaba mi espiritu, nada tenía que dar. Levante mis manos hermosas, en la soledad de mi câmara y las vi vacías y transparentes, débiles, inútiles.»


«Julia se echó a reír y tornó a cubrirse.
—¿Eres amigo del Diablo? —me preguntó.Tanto como aquella presencia insólita, me sorprendía su actitud.
—Ignoro cómo está aquí —murmuré—. Es materia de hechicería.
—¿Crees en ella?
No le contesté. Buscaba, sobre las mesas, algo, un instrumento punzante, para destruir la efigie. Mi espada y mi daga habían quedado en la vecina habitación.
—La haré añicos. O no; mejor llamaré a Silvio para que la conjure. Y mañana sabré quién la ha puesto ahí.Ella tomó a reír.
—Déjala. No llames. Déjala estar.
—Pero no entiendo cómo ni quién la ha colocado en ese muro. Julia arrojó su veste sobre el respaldo de una silla y sus pliegues ocultaron la cerámica perversa. Ahora estaba desnuda de nuevo, estirada entre las colgaduras.»

Cola, det. madona de raccomandati[madona dei Reccomandati]

«Me senti solo, inerme, frente a ella que estaba sostenida, en cambio, por una fuerza incógnita, fruto quizás de la experiencia.Pero ¿no me asistía a mí mi experiencia de hombre?, ¿qué me pasaba?, ¿por qué venía a sumarse ahora, al ridículo ineludible de mi físico, este otro ridículo con el cual no conté y que me colocaba en una posición tan falsa y tan insegura, trastrocando grotescamente los papeles sin que nada concreto lo justificara? Me fui despojando del lucco,como si toda la escena fuese una pesadilla, intensificada por el horror culminante de tener que exhibirme desnudo delante de Julia. Eso -y lo subrayo como he subrayado cada sensibilidad mía en esta pública confesión— es lo más tremendo del caso: que lo que por el momento me angustiaba primordialmente era lo que concernía a mi vanidad estética, al pavor de exponer mi tara, y no a la duda surgida de la actitud de Julia y que implicaba una posible traición. Primero se planteaba mi problema inmediato y obvio; el de Julia, desconocido, se postergaba. La herida en el corazón de la vanidad motivada por mi pobreza física, podía más que la herida causada por una infidelidad que, de ser cierta, hubiera debido desesperar-me incomparablemente más. Pero no quise pensar en eso, o no pude. La joroba crecía sobre mi espalda, sobre mis hombros, sobre mi frente, cegándome. Tenía que exhibirme por fin, y mientras ella se reclinaba sobre los almohadones con la indiferencia de una meretriz (o con la serenidad de una mujer de temple que encara la esencia del matrimonio, no como un azaroso sacrificio, sino como un paso tranquilo hacia la comunidad de la existencia, pues cabía también esa interpretación), a mí me castañeteaban los dientes.».


Manuel Mujica Lainez, Bomarzo [8ªed, editorial Sudamericana, Buenos Aires,1998]

ver il sorriso di Giulia


{Para o João Marchante }

Mata-se o que mais se ama

Simonetta Vespuci, Cleópatra de Piero di Cosimo, vampirizada por Giulliano de Medicis

Esce sbandita la Viltà d'ogni alma,
e, benché tarda sia, Pigrizia fugge;
a Libertate l'una e l'altra palma
legon gli Amori, e quella irata rugge.
Solo in disio di gloriosa palma
ogni cor giovenil s'accende e strugge;
e dentro al petto sorpriso dal sonno
li spirite' d'amor posar non ponno.

giostra di Poiiziano

Eternizanda por Botticcelli

a vingança cruel no pesadelo do fantasma da amada
Nastagio degli Onesti, Sandro botticelli, 1483

A fidelidade do eterno amante - A Morte de Procris; Piero di Cosimo, 1510
Pace, pace! La bella Simonetta
adorna del fugace emerocàllide
vagola senza scorta per le pallide
ripe cantando nova ballatetta.
Le colline s'incurvano leggiere
come le onde del vento nella sabbia
del mare e non fanno ombra, quasi d'aria.
L'Arno favella con la bianca ghiaia,
recando alle Nereidi tirrene
il vel che vi bagnò forse la Grazia,
forse il velo onde fascia
la Grazia questa terra di Toscana
escita della casalinga lana
che fu l'arte sua prima.
Pace, pace! Richiama la tua rima
nel cor tuo come l'ape nel tuo bugno.
Odi tenzon che in su l'estremo giugno
ha la cicala con la lodoletta!

Gabriele D'Annunzio, 1902




«Que nenhum clérigo de ordem sacra, ou beneficiado acompanhe dona ou donzela alguma, nem a leve montada na sua mula, ainda que viva com ela, sob pena de excomunhão.».

bispo Pascual de Ampudia, no sínodo de Burgos de 1498










jovem monge numa cena de sedução e resistência, misericórdia do cadeiral da catedral de Leon , séc. XV

......................................................................
García y García, A., Synodicon Hispanum, vol VII. Madrid, 1981.
Consultar: Ana Arranz Guzmán,Fiestas, juegos y diversiones prohibidas al clero en la Castilla Bajomedieval

Desque la cantadera dize el cantar primero,
Siempre los pies bullen, e mal para el pandero...
Texedor e cantandera nunca tienen los pies quedos,
En telar e en la dança siempre bullen los dedos

Arcipreste de Hita, Libro de Buen Amor, séc.XIV




Cadeiral da catedral de Sevilha, dançarinos mouriscos, (1464-1478)

Descendentes das puella gaditanae, que tanta alegria proporcionaram nas sobremesas romanas, estas soldadeiras medievais tinham um status mais controverso. Tanto faziam parte da marginalidade errante entre as minorias muçulmanas e judaicas, como eram alvo de apadrinhamento oficioso, por parte de monarcas e nobres, para animarem entremezes de corte.




[Músico e bailarina mourisca, portal manuelino da igreja matriz do Alvor. Neste caso, os dedinhos da bailadeira movem-se mais que os pés, em promessa de oferta, para depois da serenata].



No Libro de los Exemplos criticavam-se estas danças:

Bailes e cantares en las fiestas
Nín en otro tiempo son honestas”.


Mas, está visto que todos lhes faziam orelhas moucas.
Para as festas do casamento de príncipe D. Afonso, filho de D. João II, mandou o rei “que de tôdalas mourarias do Reino viessem às festas tôdolos mouros e mouras que soubessem bailar, tanger, cantar.»*

E assim se foi bailando, entre o sobrado do paço e o adro da igreja, até que os novos tempos trouxeram mão mais pesada, e com ela a “apagada e vil tristeza”.
.................
*Garcia de Resende, Crónica de D. João II e Miscelânea, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1973, Cap. XLIV, pp. 120.
consultar: Isabel Mateo Gómez,Temas profanos en la escultura gótica española: las sillerías de coro, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Instituto Diego Velázquez, Madrid, 1979
Cid Priego, "Fiestas, Juegos y Espectáculos en la España Medieval. Las Fiestas Juglarescas en la España Medieval",in Fiestas, juegos y espectáculos en la España medieval: actas del VII Curso de Cultura Medieval, celebrado en Aguilar de Campoo (Palencia) del 18 al 21 de septiembre de 1995], 1999, pags. 93-110..



Inventariando um coleccionador.

El Aleph de Ramón






















Uma série a não perder, na genial maquinariadelanube




[imagem surripiada à maquinaria]

«Desperdiçar a oportunidade que o Tratado de Lisboa representa constituiria um preço elevadíssimo para a União Europeia»

Cavaco dixit

"uma questão de pálpebras", dedicada ao Rui
































[da Charlotte Rampling- "um misto de melancolia, depressão e de fúria amansada"- Rui A. dixit]

































[sonolentas e quentes- da Simone Signoret]
































[insolentes, da Lauren Bacall]

"Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas." [S. Mateus 24:33]

"e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar" [Apocalipse 6:14]

Os guardiães do céu enrolam o firmamento para que se abram as portas à Nova Jerusalém, que se avista no firmamento.
O Sol e a lua, ritmam o movimento pendular do Universo.
................
Giotto, Julgamento Final,
Capela Arena, Pádua, 1303-05


Quem no Ano Novo não estria, todo o ano pia

... e os tarecos para o galheiro!

Aqui vimos, aqui vimos
Aqui vimos bem sabeis
Vimos dar as Boas Festas
E também cantar os Reis

Nós somos romeiros
Ermitas, pastores BIS
E vimos cantar
A mando do Senhor.

Se nos quiser dar os Reis
Não nos esteja a demorar
Nós somos de muito longe
Temos muito para andar
Senhora que está lá dentro
Ó linda rosa encarnada
Mande a moça à salgadeira
Dar janeira avantajada



Janus bifronte,cadeiral da capela de Saint-Vulphy, Rue, França, século XVI
...........................

cantar dos Reis e festa dos Galheiros em Carrazeda de Ansiães

Esta casa é bem alta
Forradinha a papelão
Se nos querem dar os Reis
Botem cá um salpicão.

Esta casa é bem alta
Forradinha de cortiça
Se nos querem dar os Reis
Botem cá uma linguiça.

Esta casa é bem alta
Forradinha a madeira
Se nos querem dar os Reis
Botem cá uma alheira



Cernunnos da tradição Celta


Copenhaga, Museu Nacional, caldeirão de Gundestrup, séc. I.


O deus Cernunnos entre uma serpente e um veado, animais que também partilham da imortalidade e da muda de pele.

Alexandre interroga os homens selvagens vindos à procura da fonte da imortalidade.
(Paris, Romance de Alexandre, manuscrito do século XIV)

O homem veado, de pé bifurcado, condenado pelos concílios medievais mas permanente no tradição popular dos campos. Representa o curso da floresta, o madeiro que todos os anos morre para voltar a renascer- os galheiros onde se enfiam os chouriços para que o novo ano se anuncie pela fertilidade e abundância.
É também o Actéon, metamorfoseado; o Hernes; Henequim, Hellequin, Arlequim- Kernunnos; o cavaleiro abandonado na floresta, tornado homem selvagem, armado com o seu bastão combatendo contra o duplo com arco- no sincretismo do homem-centauro.
............
GAIGNEBET, Claude, Lajoux, J. Dominique, Art Profane et Religion Populaire au Moyen Âge, P.U.F., Paris, 1985

ver também aqui








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In 1959 a lot of people were killing time. Kit and Holly were killing people.

He was 25 years old. He combed his hair like James Dean.


She was 15. She took music lessons and could twirl a baton.

For a while they lived together in a tree house.

In 1959, she watched while he killed a lot of people.

At this moment, I didn't feel shame or fear, but just kind of blah, like when you're sitting there and all the water's run out of the bathtub.

You Tired?

Yeah
And what's the man I'll marry gonna look like? What's he doing right this minute? Is he thinking about me now, by some coincidence, even though he doesn't know me? Does it show on his face? For days afterwards I lived in dread. Sometimes I wished I could fall asleep and be taken off to some magical land, and this never happened.
Yeah, you look tired... Listen, honey. when all this is over, I'm going to sit down and buy you a big, thick steak
I don't want a steak.
Well, we'll see about that... Hey, lookie

In the distance I saw a train making it’s way across the plain… like the caravan in the adventures of Marco Polo.

It was our first taste of civilization in weeks and I asked Kit if we could have a closer look

We moved closer to border at the hedge of horizon

He needed me now more than ever, but something had come between us. I'd stopped even paying attention to him.


Instead I sat in the car and read a map and spelled out entire sentences with my tongue on the roof of mouth where nobody could read them
.