Felizmente, por cá, o fenómeno ainda vai na fase dos créditos do doutor. Sempre foi assim, precisamos de galões para tudo. Nada compõe melhor o ramalhete que um Doutor ou Filósofo para vender as luzes positivistas. Di-lo-ia o bom do Miguel Bombarda, se outro louco não lhe tivesse estragado o empreendimento, quando também achava que a crença devia ser uma doença perigosa, com direito a internamento em sanatório ou degredo para ilha.
Entretanto, esta descendência epidémica do carbúnculo instala-se nos jornais, para explicar ao povo que judaísmos, budismos, cristianismos, islamismos são meras tolices supersticiosas que devem ser achincalhadas, enquanto tal.
Coisa de bruxedos ritualistas, porventura, a que a Ciência, infelizmente, ainda não conseguiu pôr termo, apesar da delegação antropológica em Vilar de Perdizes.
Certo é, que o outro Nobel da eugenia sempre explicou que esta decadência da espécie só podia ser travada com despejo de embriões de baixo QI.
Ora, só nos pode parecer estranho que um filósofo português, epistemicamente contaminado pelo fervor dessa missão, venha garantir nos media que se contenta com a mera liberdade de insulto e nem sequer se lembre do exemplo ab ovo.