Provocação sexual de um macaco a uma sereia, mesmo por cima do bom do S. Brás.


Neste caso, o patrono dos otorrinolaringologistas preferiu fechar os olhos e fazer orelhas moucas.








[ festas a 13 de Dezembro, em Vila Real]



Imagem: Oviedo, cadeiral da catedral, século XV


{post dedicado ao Valupi }

7 comentários:

Elypse disse...

Andas tarada de todo :)

Bom ano...

zazie disse...

eheheh

É uma maneira de atacar a besta- com pinças e manhas, para não a espantar.

":OP

Bom ano para ti, também. Tens umas javardinhas musicadas ali ao lado.

beijocas

Aspirina B disse...

Mas que honra, zazie, e que graça! Macacadas medievais. Sim, eram outros tempos. Aposto que se ria a bom rir com o sexo, e por razões de que nem fazemos ideia.

Mas o maluquinho do Santo Agostinho, algures na Cidade de Deus (livro XIV?) defende sexo sem excitação sexual. É no que dá a azia de ter sido rejeitado na iniciação maniqueia...

zazie disse...

Viva sô Vaqlupi. Pois é, os intelectuais sempre foram uns chatos. A piada nestes tempos é que estava tudo muito longe de Roma, ou do cumprimento das directivas dos Concílios. De qualquer forma, mesmo artisticamente, estas coisas desaparecem a partir do Concílio de Trento.
Neste caso, do cadeiral de Oviedo, vale a pena ler o trabalho e o estudo do Henry Kraus. Foi graças a ele e à mulher, e a um fundo americano, que foi restaurado. Tinha sido bombardeado durante a Guerra Civil e depois, por questões moralistas, quando eles foram para lá para inventariar, diziam que não existia nada. É a tal mudança de mentalidade que nos nossos dias ainda é bem mais puritana que a da Igreja medieval.

zazie disse...

Há historietas malucas que se encontram nas vizitações medievas. Por cá, havia igrejas onde por falta de órgão, a missa era acompanhada a gaita-de-foles.

":O))

Aspirina B disse...

Se pudéssemos viajar no tempo, iríamos delirar com a vivacidade do paganismo nos tempos remotos da Igreja... É daí que vem a festa!


Valupi

zazie disse...

Pois é mesmo, senhor Valupi. E a subsistência de ambas é recíproca. Sem a tradição popular e semi-pagã, não existia Igreja, assim como sem esta até o folclore morria.

É mais ou menos isto que ando por aqui a dizer, nas entrelinhas, desde o Janela Indiscreta.

Por isso é que há que pegar com pinças nestas coisas.
O jacobinismo precisa de quem lhe mostre como até é anti-popular e artificial. O jacobinismo não mata apenas o instituição. Muito antes de lhe conseguir chegar- à instituição, mata o povo. Não há vazios na História. As igrejas são trocadas pelas catedrais dos centros comerciais; os santinhos transitam para o catálogo dos boys partidários; a nomenclatura laica coloniza o que deve sempre ser livre e não precisar de autorização estatal e, muito menos, servir para alimentar outros tantos lobbies, sendo o principal o do velho carbúnculo das fraternidades dos aventais.

E, do outro lado, o que a Igreja mais precisa é de revitalização desta boa badalhoquice.