Desenho, Porphyrius, Aristóteles, Boécio, séc.s XIII e XIV, Chambéry - BM - ms. 0027, fol. 240




O Pecay já falou deles, enquanto musicados e um tanto afrodisíacos, acrescentemos-lhe outras simbologias.

caracóis enamorados- cadeiral de igreja de Gassicourt, Mantes-la-Jolie,séc XVI
caracóis enamorados- cadeiral de igreja de Gassicourt, Mantes-la-Jolie, séc XVI
Bréviaire à l'usage de Verdun,c 1302-1305?,Verdun-BM-ms.0107
Calendrier des bergers, 1493, Angers- BM-SA-3390-Chambéry-BM-ms.0027,milícia dos cobardes

Caracóis aos pares ou caracóis a combaterem guerreiros e a perseguirem mulheres, abundavam na simbologia medieval como símbolo da cobardia ou da impotência masculina, também conhecida pelo “mal do caracol”.
guerreiro selvagem a sair de casca de caracol, catedral de Notre-Dame de Villefranche-de-Rouergue, séc. XVHeures ; Vie de sainte Marguerite-c. 1300,Troyes-BM-ms.1905 Mas, como só a morte não tem cura, até esta maleita podia ter a sua reviravolta, quando o caracol daí da casca.
caracol de Semur-en-Auxois,séc.XIV
O dia 2 de Feveiro, primeiro dia do encontro de Jesus com o Templo de Jeruslém, era também com o dia do rito da luz maçónica, relacionado com as festas do acordar da natureza hibernada. Neste caso, o caracol, a par de outra figuração do homem selvagem, é bem provável que se refira à saída desse bloqueio impotente, sob a forma dos alvores da potência primaveril que se renova.cu do demo-Semur
maçon-portal de Sémur-en-Auxois,séc.XIV


















No portal da Igreja de Notre-Dame de Semur-en-Auxois, pode-se ver uma caracoleta que deve estar relacionada com estes rituais maçónicos. No portal está representado um maçon, com o barrete de iniciado e, mais abaixo, pode ver-se a oferenda do beija-cu do demo, relacionados neste sincretismo ritualista de tradição popular.

Esta igreja de Notre-Dame de Semur tem uma forte simbologia maçónica. Um dia destes voltamos a ela, até por que também por lá anda o boi gordo e o Carnaval está à porta...
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Consultar: Claude Gaignebet et J. Dominique Lajoux, Art profane et religion populaire au Moyen Âge, PUF, Paris, 1985.

Yves et Françoise CRANGA, L’ escargot dans le Midi de la France. Aproche iconographique, 1997

3 comentários:

José disse...

só tu é quefazes estas coisas tão divertidas, amiga

beijos

(tou numa assembleia reservada)

zazie disse...

reservada a caracóis?

":OP

bjs

José disse...

venceram os mindinhos!, mas até estar no avião é melhor desconfiar do neocortex

gosto tanto desta minha aventura romana com tempero fenício, mas gostava de ter uma zé com tim para descobrir o tesouro juntos