O culto às ervas e espigas mantinha-se por força da tradição pagã, pelo que todo o sortilégio que entrasse na sua confecção era “farinha do mesmo saco”.
Não é por isso de estranhar, que uma das formas usadas pelas mulheres para atraírem o amor do marido negligente, consistisse em colocarem-se de gatas, no chão, descobrindo as nádegas e pedindo a uma amiga para amassar o pão em cima do traseiro.
O que se torna verdadeiramente um desperdício é que o dito marido não assistia à cena. Limitava-se a comer o papo-seco à hora da refeição, oferecido pela casta esposa, já recomposta e vestida dos pés à cabeça.
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*Agustinho, Contra Literas Petiliani, III, 16, 19: C.S.E.L (CSEL=Corpus scriptorum ecclesiasticorum latinorurn,vol.52 (ed.M. Petschenig, 1909)
Consultar: Oronzo Giordano, Religiosidad Popular en la Alta Edad Media, Gredos, Madrid, 1983.