Nos próximos dias não me meto com frankenstoinos. Então não é que esta noite sonhei que tinha ido ao dentista, mas afinal ele era um frankenstoino, perito em sócio-frenologia e empenhado em convencer-me que do do que eu estava a precisar era de uma operação ao cérebro.

Paula Rego, macaco a hipnotizar galinha, 1982Pior; eu fui na cantiga. O melro mandou-me sentar na cadeira de cirurgia, sacou dos instrumentos operatórios e pediu-me colaboração a segurar na mioleira, quando abrisse a tampa, porque a enfermeira tinha faltado.
A páginas tantas, atrapalho-me e deixo cair toda aquela fonte de res cogitans no chão.
O frankenstoino emitiu um tssss..tsssss...remoendo baixinho: pronto, lá vou ter de gastar mais um...
Foi ao balcão, sacou um cérebro de dentro de um frasco, ajeitou-o no meu precioso receptáculo, fechou a tampa e deu por finda a operação.
Nessa altura, ainda antes do pagamento, perguntei-lhe de quem era o cérebro que eu levava para casa. E ele, com a maior descontracção, respondeu - é um cérebro de galinha.
Perante a minha estupefacção e bombardear de perguntas acerca das consequências da troca, responde-me enfadado_ ó minha senhora, sei lá quais vão ser os efeitos da troca, para além de até estar à medida; nem eu nem a Ciência lhe podem explicar nada; mas diga-me lá, com essas perguntas acaso está a notar a diferença?

1 comentários:

Henrique Dória disse...

Vai apanhar é com um chip dentro da testa para te tornares ainda mais inteligente. Então é que ninguém te atura a faca afiada. Beijos
PSA palavra faca não tem nada a ver com Freud.