A milícia dos espíritos imundos e a concupiscentia carnis sempre atacaram nas trevas. Só o cantar do galo tinha o dom de os afugentar, razão pela qual na Alta Idade Média se temiam as deslocações antes que as virtudes mágicas do galináceo os protegessem.
Autun, capitel catedral Saint-Lazare, sec.xii o rei do galo lança a coroa a jogo no carnaval. O galo branco da primavera vence o galo vermelho invernal. O vencedor levanta os braços como orante, o rei perdedor deita as mãos à cabeça





















Os penitenciais bem proibiam estas crendices pagãs, mas não deixavam os próprios monges de incluir nas laudes ad galli cantum, o hino matutino que também rogava a Deus Aufer tenebras mentium fuga catervas daemonium.

Surgamus ergo strenue
Gallus iacentes excitat,

et somnolentos increpat,
Gallus negantes arguit

Gallo canente, spes redit,
aegris salus refunditur

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Hino de Santo Ambrósio, Patrologia Latina, 16-1409 (Oronzo Giordano, Religiosidad Popular en la Alta Edad Media, Gredos, Madrid, 1983 (1979)

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