Se pensa que a Berta do Pé Grande , mulher de Pepino o Breve e mãe de Carlos Magno, não tem nada a ver com as ursas; também está muito enganado.
As meninas, quando eram levadas pelo urso no dia do senhor- acabavam com pés de pata- o sinal dos leprosos. À rainha Pedauca aconteceu-lhe o mesmo e aquelas termas que mandou edificar em Garonne, não foram por acaso.
Quando as rainhas e as meninas Melusines ou Rosetas/Rosauras se banham, atacadas pelo mal de S. Silvano; o gémeo do Silvestre, o que as possuir tem o destino marcado.
O Silvano- silveste e selvagem disputa-a em Fevereiro. Em Novembro nasce o filho da que ainda tem as rosas- no tempo das regras, na da Lua Nova- é o leproso das almas dos mortos, e o urso volta a hibernar.
A geminalidade destas meninas nas “ursas” nome que se dava às jovens gregas sujeitas aos ritos iniciáticos que acompanhavam o aparecimento das primeiras regras, tinham o efeito duplo de esterilizarem ou fertilizarem por meio das suas fluxos.
Se a menina estiver na periódica na lua cheia, fica de quarentena até à Primavera e os filhos nascerão como os ursos- no solstício de Inverno.
Se forem gerados a meio da Quaresma- no tempo da sereia ou da Serração da Velha, na Lua Velha- têm mais sorte- é o tempo das lavadeiras .
E...
se fossemos a forçar a nota, sem temer cair em blasfémia, quem sabe se as rosas milagreiras da Caritas de Isabel da Hungria ou da sua descendente- a nossa Rainha Santa Isabel, não eram outra variante dos efeitos da flor da ursa...
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Consultar: El camino de la oca
Gianfranco Russo, Il simbolo della Rosa nel Medioevo, in "Orfeo", Novembro, 2002.
Claude GAIGNEBET, J. Dominique LAJOUX, Art profane et religon populaire au Moyen Âge, PUF, Paris, 1985