Quem nunca se apercebeu disso foi a Madeleine...
Madeleine: There is something I must do, there is something I must do
Scottie: There is nothing you must do. There is nothing you must do
antes risos que prantos escrever, sendo certo que rir é próprio do homem [Rabelais]
Está muito bem pensada esta relação entre as vertigens e uma "imaginação depravada".
De facto, só quando o Scottie "cai na real" (para usar um brasileirismo) é que as vertigens se vão embora... É interessante.
Mesmo assim no cimo da torre ele ainda cede durante segundos à ilusão naquela que eu considero a linha mais bonita do filme, quando o Scottie abraça a Judy e lhe diz desesperado: "I loved you so, Madeleine". É só nesse momento que o feitiço se desfaz.
Peço-te desculpa pelo devaneio não faço a minima ideia se era neste sentido que tu querias levar o post.
O problema é que o Vertigo é daqueles filmes que me leva para outro Mundo. :))
pois é mas eu não tinha pensado em nada disto. Estava a ler a Monarchia Lusitana e deparei com essa explicação stecentista da vertigem é, é claro que me lembrei logo do mestre ":O)
Não é o meu Hitchcock movie favorito, um bocadinho necrófilo demais para o meu gosto. Também não gostei muito do reencontro dos dois: aparentemente, o James Stewart passou a vagabundear permanentemente pelas ruas e isso não ficou muito claro, acho eu - tal como está, parece que os dois se encontram por mero acaso. Mas a sequência na floresta está fantástica.