No postal anterior, um caro comentador, fez notar que a China pelo menos não precisa de inventar guerras muito humanistas, à conta da exportação democracia, para ir a Angola ao mesmo que vão os americanos mais longe.
Pois bem, é precisamente da exportação do modelo iluminista- em versão neoliberal- que se anda a falar. Estes detalhes africanos são apenas consequência deles e “feijões” comparados com o modelo originário.
Por falar nele, o Gray também recordou um patrono da utopia utilitária- o sobredotado Jeremy Bentham (1748-1832)- segundo a qual a paz social podia ser alcançada a partir de prisões ideais.
Seguindo o lema que “Toda a punição é maldade; toda a punição em si é má”, teorizou a reabilitação social por via pragmática e hedonista.
O pan-óptico (1789- ano da Revolução Francesa)- famosa prisão onde vigilância e observação permanente sobre os encarcerados, apesar de meter inveja à velha orelha do ditador de Siracusa, deveria servir de observatório, de forma a corrigir os comportamentos desviantes.
Ainda hoje o filósofo britânico pode ser observado na University College de Londres, num estádio um tanto mais mumificado que as suas teorias e que a cabeça tantas vezes roubada.
Nos USA, a utopia do autor do neologismo “Direito Internacional” também não fica fica entre-portas, no que diz respeito a prisões ideais. Ainda assim, convém salientar que, mesmo para consumo caseiro, 1,5 milhões de americanos vivem atrás das grades e 28 milhões em condomínios fechados.
Um em cada sete negros já esteve preso, as consequências na destruição da família são óbvias e não é o tráfico de diamantes que compete com o estímulo das drogas duras.
Quanto à história de pobrezinhos e loucos encarcerados, na sua paternidade protestante e muito british, prometemos voltar a ela com a ajuda do Swift e do Hogarth.
Até já.
Pois bem, é precisamente da exportação do modelo iluminista- em versão neoliberal- que se anda a falar. Estes detalhes africanos são apenas consequência deles e “feijões” comparados com o modelo originário.
Por falar nele, o Gray também recordou um patrono da utopia utilitária- o sobredotado Jeremy Bentham (1748-1832)- segundo a qual a paz social podia ser alcançada a partir de prisões ideais.
Seguindo o lema que “Toda a punição é maldade; toda a punição em si é má”, teorizou a reabilitação social por via pragmática e hedonista.
O pan-óptico (1789- ano da Revolução Francesa)- famosa prisão onde vigilância e observação permanente sobre os encarcerados, apesar de meter inveja à velha orelha do ditador de Siracusa, deveria servir de observatório, de forma a corrigir os comportamentos desviantes.
Ainda hoje o filósofo britânico pode ser observado na University College de Londres, num estádio um tanto mais mumificado que as suas teorias e que a cabeça tantas vezes roubada.
Nos USA, a utopia do autor do neologismo “Direito Internacional” também não fica fica entre-portas, no que diz respeito a prisões ideais. Ainda assim, convém salientar que, mesmo para consumo caseiro, 1,5 milhões de americanos vivem atrás das grades e 28 milhões em condomínios fechados.
Um em cada sete negros já esteve preso, as consequências na destruição da família são óbvias e não é o tráfico de diamantes que compete com o estímulo das drogas duras.
Quanto à história de pobrezinhos e loucos encarcerados, na sua paternidade protestante e muito british, prometemos voltar a ela com a ajuda do Swift e do Hogarth.
Até já.