Reposta: Não.
Argumentos breves e curtos.
1- Por uma questão meramente ecológica e ambiental- estão pelos olhos da cara e apagam-se facilmente ao ar livre.
2- Nunca se sabe o uso menos próprio que podem dar aos toros abandonados. Como diria o anti-anzi, que nisso é mais cauteloso- “eles andam pela noite de breu à procura”...
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Acrescento [11-4]
À laia de conclusão:
Se não nos desentendemos pela ausência de actos, há sempre possibilidade de se inventarem desentendimentos pelas palavras. Quase em português mas muito pouco em “bom português”, o Lutz diagnosticou-me: “raiva e ressentimento”.
Uma amável e inteligente síntese psicanalítica que deveria ser levada a efeito sempre que alguém cai na esparrela dos "diálogos" e do pretenso interesse na compreensão das ideias.
Raiva- (substantivo feminino)= doença grave que ataca os cães e os gatos (e atinge, por vezes, o homem) carcterizada por acessos furiosos seguidos de paralisia, conhecida também por hidrofobia.
- fúria louca
- ódio
Ressentimento- (substantivo masculino)= lembrança dolorosa de uma ofensa recebida
- melindre
-rancor.
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Durante a Guerra muitas famílias de judeus alemães refugiaram-se no nosso país. Foram acolhidas na nossa sociedade, apadrinhadas por outras famílias portuguesas em laços familiares e protecções várias e integradas nos mais diversos tipos de empregos. Não há memória que se lhes tenha alvitrado qualquer cerimónia pública de reconhecimento.
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Acrescento #2: [12-4]
Nunca devia ter deixado esta questão aqui no blogue, nem a brincar, mas agora já é tarde e andam para aí uma série de ligações.
Como a confusão é grande, fica apenas aqui um esclarecimento.
1- Nunca pretendi intrometer-me na ideia da convocatória. Tem uma autoria, tanto quanto saiba apenas com divulgação na blogosfera. Apresentou-se com carácter judaico em forma de homenagem de pesar, com o nº simbólico (ou utópico) de 4 mil velas na Praça do Rossio. Sobre essas particularidades nunca me pronunciaria. Por uma simples razão- quem tomou a iniciativa não tem de a colocar a votos (muito menos virtuais).
2- Nunca defendi que quem adere ou não adere precisa de se justificar. Apenas considerei que as pessoas que entraram em “debate” histórico e outros transversais sobre o assunto deveriam justificar os seus argumentos, em vez de contabilizarem prós e contras de toda a espécie ou fiscalizarem as supostas más intenções dos outros.
3- O cerne dos meus argumentos centrava-se e centra-se na discordância de um hiato de quinhentos anos de dívida em aberto que esta homenagem pretenderia saldar. Do mesmo modo, manifestei desacordo na defesa de exemplaridades terapêuticas de supostos ressentimentos anti-judaicos que existam no presente ou imaginários atritos que possam vir a existir no futuro.
4- Por último e como principal tónica, a minha oposição teve como alvo um pensamento que defende a transformação deste tipo de homenagens em deveres oficiosos e nacionais, “desmistificadores” de uma qualquer História “branqueada” a que seria necessário pôr termo.