Eu também não considero muito interessante a pintura da Frida, mas ela era linda em menina! Linda como nenhuma capa da Vanity Fair. O que importa na Frida Kahlo é o exemplo da fusão entre a vida e a obra. O caso não envolve pela adesão ao "exotismo alternativo", toca pela sublimação da fantasia.
Outra coisa- não entender que a grande arte é uma criação de linguagem e que para conceber o "modelo" não basta replicar o bom-gosto, é necessário risco, é não entender nada.
A intensidade de envolvimento com um momento de mudança social também pode servir para estimular o projecto. Aqui fica a ilustração da ideia.
O senhor da direita chamava-se Eisenstein
Provavelmente também se deve a uma visão certinha e acomodada do mundo, o facto dos burguesinhos nunca produzirem grande arte. Sempre a capitalizaram os inventivos idealistas, desalinhados ou destruidores malditos, por mais contraditórias e opostas que tenham sido as trincheiras.
Como não entendi se o postal fazia parte do género "crítica de arte" ou "croniqueta social", sempre adianto que no ano passado o povão inglês também a viu com grande entusiasmo na Tate. E comentou, é claro, como geralmente toda a gente comenta depois de ver qualquer exposição. Auscultar o público e desvendar a obra, sem precisar de sair de casa, costuma ser vício de crítico e privilégio de taxinomista ideológico.
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Algo me diz que já lixei a carreira do musaranho
“:O.