Um blogue maravilhoso ,recomendado pelo serviço público do Mário da Retorta















Nativo da Ilhas de Sandwish com máscara, J. Webber del, T. Cook sculpt. prancha 66, 1728-1779. Relato das ilhas do Hawai, descobertas por James Cook, onde o malogrado navegador foi esfaqueado até à morte no ano de 1779.






Ver mais imagens:
National Library of Austrália

11 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia, Zazie.

Partilho o seu fascínio: livros de viagens são uma velha mania. Mas, aqui, nas viagens do Cook, o que mais me interessa é a maneira como a anatomia austral, tão diferente, em termos antropomérticos, da europeia, é dada na sua diferença fisionómica, mantendo-se os corpos os dos deuses gregos da tradição clássica: o classicismo morre por último na imagem europeia do nú. O nú será clássico. E será e será. Che sera, sera.

Cumprimentos.

zazie disse...

é verdade, muito bem observado. Se há coisa que acabou foi este sentido de aventura e exploração do mundo. Claro que agora fala-se do espaço mas estamos muito longe desse outro sentido de viagem.

Isto fascina-me de tal maneira que acho que até sonhei com esta história.

Já pensou como seria diferente o ensino se estas histórias e imagens fossem mostradas aos miúdos logo na primária?

Ninguém conta nada. Nem em História nem em Geografia nem sequer nas Ciências. Fazem aqueles manuais cheios de palhaçada e com pinturas à "Abrupto", para dar um ar artístico e mais nada. Depois vendem a ideia que nem existem raças e se uma pessoa mostrasse estas coisas era capaz de ser incriminada de politicamente incorrecta.

Uma estupidez e um desperdício.

Anónimo disse...

Quanto ao ensino, hoje só tenho uma certeza (e posso estar engando...): a única absoluta necessidade é manter os putos na escola. O que significará socializá-los. Tudo o resto... A cultura clássica já foi do quotidiano e já não é (está bem? está mal? não me parece relevante: já não é): encher os putos de lusíadas obrigatórios e dodecassílabos e endechas... parece-me tão importante como o Coltrane ou o Van Sant ou o jornal de ontem (Correios das Manhãs excluídos). Quer dizer: qualquer coisa que os agarre e os faça pensar e os faça perceber que as coisas são problematizáveis. E os mantenha em sociedade. Depois, se quiserem ser pobres, vão lá pensar no Cook.

zazie disse...

Bem, não sou pedagoga nem tenho grandes preocupações no caso, mas penso que uma coisa não invalida a outra.
Podem perfeitamente socializar-se dando cultura clássica em vez de lerem tretas jornaleiras. Esta a pensar nisso quando me lembrei destas coisas. E não só. Não faço a menor ideia porque motivo dão Física, Química, Matemática, Biologia sem darem a História dessas disciplinas. Há personagens fabulosos nas Ciências. Como os há em todos os saberes. Seria bem mais apelativo falarem deles e mostrarem a história dessas invenções que pespegarem com aquelas macacadas dos manuais

Se ha´coisa que me encanita são as ilustrações dos manuais escolares. Já reparou? Parecem uns bimbos armados em novos-ricos. Têm de botar sempre uns quadrinhos para dar uns ares. Assim como o Abrupto e aquelas naturezas mortas do barroco dos Países Baixos.
Então não existem desenhos e gravuras espantosos da época? Por que motivo não os mostram?
Eu tenho uma ideia mas é uma um tanto macaca... não os mostram porque nem eles as conhecem...
“;O))

Quanto ao estudo das "orações" era bem mais fácil e importante que as manias das "árvores". Agora aprendem a fazer aquelas tretas das árvores e nem entendem para que serve.
Lembro-me de dar essas coisas na primária teatralizadas. Literalmente. Pegava-se numa frase, ia-se ao verbo que é acção e a miudagem a partir daí representava-o e aprendia a diferença entre sujeito, predicado e complementos.
O que penso é que hoje com essa mania do "lúdico" nem lúdico se faz com medo de ensinar qualquer coisa

Anónimo disse...

Contar, aos putos, as histórias das disciplinas, isso parece-me bem. Por tantas razões diferentes. Já percebemos que todos precisamos de uma história que nos conte. Ajuda. E está claro que eu também não sou pedagogo (mas porque é que havíamos de ser? não alinho na eutopia tecnocrática). Zazie de conduite.

Anónimo disse...

:)

Com estas imagens e uma impressora as minhas paredes ficam mais interessantes !

zazie disse...

":O)

tem links espantosos e é um grande blogue no género

Harry Lime disse...

zazie,

O Blog é incrivel! Não me admira nada que te tenhas apaixonado por ele à primeira vista!

zazie disse...

pois é meu malandro! então agora deste em conspirador? espero que tenhas entrado com intenções honradas
";O))

beijocas

Anónimo disse...

E se em vez de um casino no parque Mayer se prolongasse o Jardim Botânico até à Avenida da Liberdade? Já reparam como aquilo está ao abandono? Hum...isto veio a propósito de quê? Perdi-me...

zazie disse...

Viva Triciclinho!

Não conhecia esse blogue, não mas parece-me ser ainda mais interesssante. É curioso como os interesses quando “batem” numas coisas tendem a ir para outras idênticas. Estes malandros andam nos arquivos de gravura que é um mundo fabuloso. Aqui há tempos fiz-me sócia de um desses arquivos para poder fazer downoads do Mitelli. Quando tiver tempo tenho de ir para outro. Mas este senhor tem imagens espantosas e boa informação. Este é outro lado da blogosfera que por cá não tem grandes adeptos mas que é bastante útil. Só lamento não conhecer “carolas” espanhóis a digitalizarem os detalhes arquitectónicos do plateresco para eu fazer umas trocas
“;O))

Muito obrigada, menina. O Mário e tu já me deram excelentes indicações para eu perder mais tempo que o que devia ahahahaha


mas ele oferece livros? c'um caraças! tenho de ficar de olho nisso