No estudo "Turris Babel, sive Archontologia qua primo priscorum post diluvium hominum vita, mores rerumque gestarum magnitudo, secundo Turris fabrica civitatumque extructio, confusio linguarum, publicado em 1679, as reconstruções desta fantástico desafio arquitectónico sucedem-se.
os jardins suspensos
a cidade fortificada
e a sua famosa torre.
Depois de ter feito as contas necessárias para que a torre pudesse atingir o corpo celeste mais próximo- a lua- o fantástico jesuíta chegou à conclusão que Nimrod estava enganado. Para chegar ao céu e tocar na esfera lunar, a torre de Babel precisaria de ter mais 287.544711168 Kms de altura, feitos de 3 milhões de pedaços de matéria.
No entanto, de acordo com os seus cálculos, se o projecto tivesse sido levado a cabo, as consequências teriam sido catastróficas. Devido à descompensação de matéria para a erguer, o próprio planeta Terra teria sido deslocado do centro do universo, provocando um cataclismo cósmico.
Poliglota como era, ultrapassou a lendária punição da cacofonia humana, provando esta teoria babélica em diversas línguas, incluindo o hebraico e o copta, como consta no desenho.
O mais curioso é que Kircher, que admirava Tycho Brahe, quando representou o modelo cósmico, seguiu a visão moderna do grande matemático e colocou o Sol no centro.