Havia nas mesas uma imensidade de máquinas de fazer pílulas, e algumas funcionavam, embora ao retardador.
Quando saíam de um tubuladura de vidro azul, as pílulas eram recolhidas por uma mão de cera que as metia em cartuchos de papel pregueado.
Colin levantou-se para olhar em pormenor a máquina que ficava mais perto, e soergueu a carapaça enferrujada que a protegia. Lá dentro um animal compósito, meio carne, meio metal, engolia matéria básica até à exaustão e expulsava-a soba a forma de esferóides regulares.
Vem ver, Chick- disse Colin.
- O quê?- perguntou Chick.
-É muito curioso!... disse Colim.
Chick olhou. O animal tinha um maxilar alongado que se movia com rápidos movimentos laterais. Por baixo da pele transparente distinguiam-se costelas tubulares de um aço pouco espesso e um tubo digestivo a mexer-se preguiçosamente.
- É um coelho transformado – disse Chick.
-Achas que sim?
-É vulgar fazer-se isto- disse Chick. – Conserva-se apenas a função pretendida. Neste caso foram mantidos os movimentos do tubo digestivo sem a parte química da digestão. É bem mais simples do que fazer pílulas com um compressor normal.
- O que é que isto come?- perguntou Colin.
- Cenouras cromadas- disse Chick.- Fabricam-se na fábrica onde eu trabalhei quando saí da faculdade. A seguir dão-lhe os elementos das pílulas...
- Muito bem inventado- disse Colin-, e faz pílulas bastante bonitas.
- Sim disse Chick-, muito redondinhas.

1 comentários:

merdinhas disse...

Eu já li isto...
mas ...
hei-de me lembrar...