No seguimento da Cocanha primaveril, hoje vamos aos ninhos de uns passarões especiais.
Faziam parte de mais uma variedade das míticas árvores da fertilidade. Neste caso, semelhantes a um Peridexion diabólico. Em vez das castas pombas ou da Fénix imortal, quem lá anichava eram pénis roubados por bruxas a jovens incautos, que depois os entregavam à protecção das maléficas aves negras.
No fresco recém-descoberto da Toscânia (alvo de interpretações políticas em torno dos guelfos e gibelinos) as bruxas dedicam-se à colheita e disputa destes falos para o sabbath. Muito provavelmente preparavam-se para alimentar a jovem colheita a papas de aveia e milho, como se explicava no Malleus Malleficarum, até que ganhassem vida própria e pudessem aventurar-se em voos deliciosos e sodomizá-las a todas.
Consultar: Camille, Michael. The Medieval Art of Love: Objects and Subjects of Desire. New York: Harry N. Abrams, 1998.