“Como manter o Estado ao abrigo da corrupção plutocrática e as forças do trabalho ao abrigo das suas prepotências? È evidente e ensinado pela experiência que é fácil a corrupção onde a responsabilidade de poucos é substituída pela irresponsabilidade de muitos; os regimes democráticos prestam-se, mais que nenhuns outros, a compromissos, entendimentos, cumplicidades abertas ou inconscientes com a plutocracia. A fiscalização da administração pública por parte dos particulares e a existência de imprensa aberta à colaboração dos homens independentes contribuirão para descobrir e tornar estéreis as manobras dos interessados. Mas a forma mais fácil de manter o Estado ao abrigo da corrupção plutocrática é- não ter de ser corrompido. Quando há pouco afirmei, tratando da economia nacional, que é preferível a sua auto-direcção à sua direcção pelo Estado, tinha em mente, além do que disse, a vantagem para a política e a administração pública em que o Estado seja tão estranho aos interesses de cada um, como atento aos de todos. Mal vai quando um grande negócio, lucros avultados, especulações, preços, importações, encomendas, licenças, direitos, dependem por sistema do parecer de uma repartição pública ou da assinatura do Ministro. A simples suspeição dos particulares envenena a administração.
Quando a organização corporativa tenha sobre si o ordenamento da economia nacional e este seja auxiliado por uma certa estabilização das condições económicas do Mundo; quando por toda a parte hajam desaparecido as restrições, a concorrência desleal, as variações monetárias intencionais e tendenciosas; quando no interior do País a economia estiver entregue aos que trabalham e se distinguir claramente entre o trabalho e a especulação; quando sobre os interesses de produção discutirem, lado a lado, os grandes e os pequenos produtores e a massa operária organizada puder fazer ouvir a sua voz, então ver-se-á que o plutocrata não tem lugar para si e para os seus negócios e não poderá fazer mais que gastar melhor ou pior o seu dinheiro. A organização nos seus diferentes ramos e aspectos terá libertado o trabalho do despotismo do dinheiro, e terá levado o dinheiro a servir modestamente o trabalho”.


Quem disse?

6 comentários:

Anónimo disse...

Olá Zazie. Jinhos pra ti.

Quem foi? Estou com curiosidade...;-)

Anónimo disse...

O comentário anterior foi meu. anti-comuna

Mil desculpas.

Anónimo disse...

Huuummm...foi Salazar?

Anónimo disse...

Pergunta verdadeiramente assassina? Eu não me atrevo a especular. Mas será tão simples?

zazie disse...

olá Anti-comuna, pelos jinhos vi logo que eras tu. Beijocas para ti também

Vá lá. vá lá, mais gente a pronunciar-se para vermos quem ganhou...

Anónimo disse...

'... a responsabilidade de poucos é substituída pela irresponsabilidade de muitos ...' é frase de professor ... dos que se queixam: 'deixem-me trabalhar' e afirmaam:
'nunca isto (erros) e raramente aquilo (dúvidas)'

Cavaco?