O que me tem feito espécie nestes apelos do "abduptado" é a persistência na estratégia serôdia dos tempos da "Cortina de Ferro", com aquela mania de perseguir e identificar "os fantasmas em acção", ao mesmo tempo que promete apoio na clandestinidade a quem o ajude.

Pois eu penso que lhe está a faltar a aplicação da boa prática liberal.
O que importa é entender as leis do mercado- todos somos clientes- incluindo os fantasmas sabotadores. Não seria original mas, ainda assim, talvez fosse a solução mais pragmática.

O Abrupto que adopte o exemplo de um jovem aprendiz de liberalismo da comunidade blogueira e ofereça o seu espaço para aluguer de avatares, digamos a 2 euros por mês, ou mesmo euro e meio, agora em “rebajas”.

Não se pode considerar dumping; para além das dimensões do logotipo serem maiores, afinal de contas, por muita sabotagem que haja e intermitência de que se queixe, ninguém vai ao engano.
O Abduptado é um bom blogue, o status na praça está garantido, a publicidade nos jornais não pára e, quanto aos supostos prejuízos pela abdupção, eu, e várias pessoas conhecidas, podemos afiançar que nunca notámos a diferença.
Estamos certos que não haverá sabotador, por muito invejoso que seja, que não troque o árduo trabalho clandestino, o risco de ir parar à cadeia ou, quem sabe, abatido por descuido, por uma exposição mediática mais vantajosa.

8 comentários:

xatoo disse...

carissima
a "boa prática liberal" desapareceu do mapa com Kaustsy e com Keynes
um há 100 anos, o outro há 50.
Veja lá não se atrase mais na compreensão do que está em causa

zazie disse...

Xatoo, veja lá se com essas precipitações na leitura não faz a mesma figura do da foto...

“;O))

maloud disse...

Eu li há tempos essa espécie de "leilão" do Kontratempos e fiquei perplexa. Como não percebo nada disto, andei à cata de outras exotices. A única que encontrei foi do Paulo Gorjão a tentar encontrar sponsors. Com certeza haverá mais, mas a ignorância quer da blogosfera, quer da publicidade e marketing não me levaram mais longe.
Agora esta cena com o Abrupto, leva-me a pensar que qualquer um que perceba destas coisas, pode sabotar um blog. Imagino que dê muito trabalho e seja preciso talento, para "postar" gostemos ou não dos autores. É isso que me irrita.
Agora a sua análise, Zazie, como sempre é deliciosa de humor. Fartei de me rir.

zazie disse...

com o que me fartei de rir foi com o jovem que quer sub-alugar um espaço que tem à borla

";O))

Anónimo disse...

Acho muito mal que se ria, Zazie, tem sido muito difícil a mudança e nem sempre domino os meandros e as nuances destes conceitos e responsabilidades no pensar, que são novos para mim. Veja de onde parti e diga-me lá se o meu esforço não merece mais louvor do que escárnio: http://66.102.9.104/search?q=cache:zluAG1y5d6IJ:laplage.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_08.html+tbr+israel+site:sapo.pt&hl=en&ct=clnk&cd=1.

zazie disse...

ahahahahha Tiago clone, que alguém anda a tramar o o outro e não sou eu
":O))))

mas nem sei se consigo resistir a este presentinho que aqui deixou:

"Marjane Satrapi, a autora de Persépolis, nasceu no Irão em 1969. Exilou-se na Europa com apenas 14 anos, depois de se encantar e desencantar com a revolução dos mullahs. O seu combate são agora os direitos humanos, e a entrevista que concedeu ao último número da LER consagra-a como uma intelectual crítica e essencial. Porque Satrapi diz coisas prementes sobre o nosso tempo. Quando é questionada sobre o terrorismo, afirma: «As pessoas, no Ocidente, estão convencidas que todo o muçulmano sonha com atulhar-se de bombas e matar-se provocando centenas de mortos. É absurdo! Qem é que, neste mundo, não quer uma vida boa, rodeado da família, dos filhos... ir comer gelados à beira-mar? Quem? Mas as pessoas querem também ser respeitadas na sua dignidade. Se os americanos tivessem tido isso em consideração, não estavam agora na situação em que estão. A verdade é que o mundo vive num desequilíbrio total, entre países ditos desenvolvidos e países subdesenvolvidos. Há ainda uma percepção colonialista do mundo em que se exploram os países mais pobres, para nos tornarmos mais ricos. Mas esses países sabem que estão a ser explorados e vingam-se». Satrapi rompe com essa cínica duplicidade civilizacional de chamarmos terrorismo às guerras dos fracos e guerras - limpas, cirúrgicas, televisionadas - ao terrorismo dos fortes. Vítima do fundamentalismo totalitário, impedida de regressar ao seu país, Satrapi não abdica da uma leitura crítica e incómoda sobre o fenómeno do terrorismo, sobre a democracia, sobre a liberdade, sobre a guerra. Só por isso, já seria uma voz incontornável. Mas há mais. Bastante mais. Ou não quisesse ela «ao mesmo tempo a justiça, o amor e a cólera de deus».

Por TBR às 00:50 | Comentar (0) "


":O))))

não sabia mas arremedos de arrivistas cheiram-me à distância

ahahahahahahaha

Anónimo disse...

"não só a publicidade está bastante mais consolidada como os próprios leitores apoiam os blogues que mais visitam, tornando mais exigente o processo de edição dos seus conteúdos"

Fiquei mesmo baralhado... o comentario acima referia-se ao teu postal 'Um presentinho envenenado deixado no Cocanha'. Tinha-me escapado o leilao de publicidade do TBR: esta' tudo explicado, o sistema publicitario e' tao eficiente que, mesmo antes de entrar em funcionamento, ja' incrementou o nivel de exigencia na edicao dos conteudos. 'edicao dos conteudos'! poxa, isto e' que e' falar bem.

Isto e' concorrencia ao Lord Spade, cum caneco!

Anónimo disse...

Acho muito mal que faça isso, Zazie. Tiagos há muitos. Eu sou apenas o da caixa de comentários. Espelhos, espelhos, espelhos.