"O território de Israel, por mais que os defensores da causa se esforcem por tentar demonstrar o contrário, não estava a correr perigo sério e actual. Algumas populações vivem sob medo e tensão, seja por causa do terrorismo intermitente, seja por causa da proximidade a fronteiras hostis. Mas o território, a sua integridade, não estavam a ser ameaçados, até porque, neste momento, nenhum país vizinho tem capacidade para entrar em guerra com Israel, nem tão pouco Hamas e Hezzbollah têm arte ou engenho para ameaçar de modo sério a sua integridade territorial.
(...)
E, no fim de mais esta história, chegar-se-á à brilhante conclusão de que mais valia ter ficado quieto. Ter deixado tudo como estava: uma guerra fria, com alguns pontos quentes. Umas vezes mais, outras vezes menos. Porque tal como não havia armas de destruição massiva em Bagdad, também não haverá milagres em Beirute".