Olha, afinal parece que a ministra fez um manguito aos sete ateuzinhos laicos... tadinhos.... ainda bem que nós aqui já tínhamos escolhido a mascote para não parecermos suspeitos.

Bom,passemos então a coisas sérias. Façam a fineza de escolher a voz com mais pinta que desta vez não há júri. Estamos em época natalícia para uns, pagã e laica, para outros, mas democrática para toda a gente. Por isso não há voto da casa.

Aqui ficam os mecos com os links para as vozes na medida do possível (como diria o outro), que muitos estão mudos; à falta de memória, a imaginação também costuma dar uma grande ajuda. O musaranho queria apresentar mais umas escolhas e até a mim me dava ganas de outros tantos mas ficamo-nos por metade, que a humildade também condiz com a humidade atmosférica- e vice-versa.

Charles Aznavour

Humphrey Bogard

Jacques Brel

W.S. Burroughs

Richard Burton

Leonard Cohen

Ronald Colman

Julio Cortázar

Vítor Espadinha

Peter Falk

John Hurt (Krapp/Last Tapes)

Jeremy Irons

Jerry Lewis

James Mason

Robert Mitchum

Vinicius de Morais

Harpo Marx (ehehe)

Rudolfo Valentino (eheh)

alguns dos figurões da série Carry On / Com Jeito Vai...

Vincent Price

Antony Quinn

Edward G. Robinson

Frank Sinatra

Miguel Sousa Tavares

Tom Waits

Orson Welles
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Se alguém tiver ficheiros de som das vozes em falta, pode deixar o link que a malta agradece


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Acrescentos:

Peter Sellers/Inspector Clouseau

Mario Adorf

Charles Buckowski

Max von Sydow

Lee Marvin- wand'rin' star (para o nosso amigo jansenista)

James Earl Jones ( TheRaven ) lembrado pelo caríssimo Tenente Bluerberry

Aqui fica um testemunho histórico que vale a pena ler

Só uma nota:

Este fenómeno novelesco à relatório minoritário é muito curioso. Na verdade, se os problemas não existem, nada nos diz que não possam vir a existir, pelo que é sempre muito útil sustentar uma brigada de bruxos com dons para os antever.
Por outro lado é de esperar que este conceito tão metafísico permita ao menos expressão artística condizente: uma estátua ao ateu desconhecido que todos trazemos dentro de nós, erguida em cada escola primária que venha a ser salva pelas brigadas ministeriais.

Com três excelentes objectos para substituir os crucifixos: um preservativo, uma ferradura e um chocalho. Atente-se igualmente na estrepitosa trindade que o nosso Dragão teve a amabilidade de “linkar”.

Depois das magníficas medidas para aprendizagem da língua materna com a introdução do inglês na primária, já para não falar do tradicionalíssimo golfe- possivelmente para resolver outros probelmas teóricos-temos agora os pedagógicos furores iconoclastas .

Esperemos que as brigadas se façam acompanhar por homilia republicana e laica a rigor, tanto quanto possível com introdução histórica dos efeitos da tradição jaccobina no património.
Só resta uma pequena dúvida, não é verdade que a natureza também tem horror ao vazio?


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Nota: a ideia não é defender que se continue a colocar inofensivos crucifixos nas escolas, simplesmente a de deixar que naturalmente desapareçam sem os renovarem. As fogueiras, vindas de onde vierem, é que nunca foram pedagogias simpáticas.


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Nota 2: a inveja é uma coisa feia mas, ainda assim, aqui fica o desabafo- Quantos cidadãos não gostariam que o Ministério atendesse assim tão prontamente os seus pedidos; por vezes tão simples, como evitar que a chuva entre na sala de aulas... mas enfim, o mundo nunca foi justo. Todos sabemos que quem pode , Pode.

Sob o lema do feiticeiro do Oz, num festival de evocação de clichés que termina com o happy end mais deliciosamente falso e cor-de-rosa que me recordo. Tão cor-de-rosa e tão kitsch quanto o vestido da fadinha Laura Palmer descida do céu para reatar corações selvagens.


Did I ever tell you that this jacket represents a symbol of my individuality, and my belief in personal freedom?




I’do go to the far end of the world for you, baby


This whole world is wild at heart and weird on top

You just about take me right over the rainbow










Too bad he could’nt visit that old Wizar of Oz and get some good advice....Too bad we all can’t, baby

Lula loves you, Sailor

I’m a robber and I haven’t had any parental guidance

but I’m wild at heart

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[O nº 1 é este ]

Com dedicatória para os caros bloguistas Lutz e Luís , com quem tenho travado alguns debates mais acesos a propósito da ditadura do politicamente correcto e respectivo jacobinismo persecutório.

“O cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, "proibiu" a ordenação de homossexuais. Melhor seria dizer: reiterou a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana sobre a matéria. Nada de surpreendente, portanto. Mas, como de costume, houve uma parte da opinião que se indignou e até alguns padres tentaram diluir a coisa ou fingir que se tratava de um acto circunstancial. Em primeiro lugar, veio o argumento de que a Igreja está cercada num mundo que não compreende, e não a compreende, e que Ratzinger, o reaccionário, não se quer "abrir à modernidade". Em segundo lugar, a velha ideia de que tudo não passa de "um acto de desespero", típico de uma instituição "historicamente" derrotada e "perdida". E, por fim, a extraordinária fantasia de que o Vaticano, "por medida de prudência", pretende simplesmente evitar problemas com pedófilos, como os que teve a Igreja americana.
Esta reacção não deixa de espantar e só se explica pela tenacidade do endémico jacobinismo indígena, que aparentemente continua vivo. A Igreja, se goza ainda de certos privilégios, já não domina a política e a sociedade em Portugal. O que ela aprova ou desaprova já não determina ou influencia ninguém, ou quase ninguém. É uma entidade privada, com a sua lei e os seus fiéis, que aceitou cordatamente o "semiliberalismo" do regime e não incomoda ou se tenta impor ao cidadão comum. Claro que defende, como deve, a sua doutrina, usando de resto de um direito universal. Seria estranho que não defendesse. E não se percebe por que razão isso ofende, ou irrita, quem não é católico. Se a Igreja se recusa a ordenar homossexuais, pior para ela. Que homossexual precisa de uma Igreja que o condena e humilha?
Ainda por cima, o cardeal Ratzinger, que li de ponta a ponta como ele merece, sabe muito bem que a Igreja não se tornará a confundir com o Estado ou mesmo com a "ordem" como antigamente era concebida. Não lhe interessa nada "apanhar" o comboio do "tempo". Pelo contrário. Ao "tempo" não tenciona fazer a mínima concessão e não lhe custa a imaginar num futuro próximo uma Igreja de pequenas comunidades, depositárias da verdadeira esperança ou, por outras palavras, da verdadeira fé. Presumo que certos católicos discordam desta visão veementemente. Eles que se arranjem. Agora não me entra na cabeça que se proteste contra o Papa, porque ele é o que é e não o que a maioria agnóstica, ateia ou indiferente gostaria que ele fosse. "

VPV. Público, 25-11-05


No post da voz com mais pinta foi actualizado o ficheiro de som do Burroughs. Agora está lá a história do homem que ensinou o olho do cu a falar, coisa que andava esgotada online. É aproveitar

Foi macumba, só pode ter sido macumba que lhe fizeram...

E já diz “o professor doutor”...o rapaz desgraça-se assim por tão pouco, na flor da idade. E logo ele, que nasceu com aquela tipo de loucura que foi feita para uma vida, o maior dom que a natureza pode conceder a um pobre de um ser humano...
Não me conformo.
Albatross! Albatross!!! uma ponte mostar!


são tão educadinhos os macaquinhos





Joh. Heinrich Mener, 1739









(esta foi só para passar à frente daquela cena que já me estava a irritar. Até já.
Além do mais, naquilo em que o Raimondi teve piada foi a piratear toda a gente e a deixar gravuras com um ar muito misterioso que o mais certo é não passarem de pastiches. Depois falo disso)

E foram 16, a acompanhar outros tantos sonetos de Pietro Aretino



Ao modo quinhentista, por um malandro chamado Marcantonio Raimondi que entre outros dotes também já nessa altura sabia o que era o pastiche da citação.
Um dia destes apresenta-se melhor no Cocanha

Se clicar há mais...







o Peter voltou para o Céu, nunca poderia ser de outra forma. E recordo uma noite que lá passei, sem mais nada comigo que o cartão de crédito, mas em estado de graça idêntico ao da bagagem que por engano me enviaram para a Graciosa.


Filosofia
Mas supõe que, aceitando o teu conselho,
O teu discípulo seja condenado,
Por adultério, a ter um rabanete
Enterrado no recto? Por acaso
Poderias salvá-lo?

Sofisma
Um rabanete!
Achas mesmo, confessa, uma desgraça
Tão grande ter um rabanete
Enfiado no rabo?

Filosofia
Para mim
Não pode haver nada mais degradante
Do que ter um rabanete em tal lugar.

Sofisma
E o que dirias, se eu te derrotasse
Neste campo também?

Filosofia
Nada diria.
Não abriria nunca mais a boca.

Sofisma
O que achas que são nossos juristas?

Filosofia
Pederastas passivos.

Sofisma
Muito bem.
E os poetas trágicos?

Filosofia
O mesmo.

Sofisma
Políticos?

Filosofia
A mesma coisa também.

Sofisma
É assim? Pois então, agora olha
Para a nossa audiência. Estás a olhar?

Filosofia
Estou. Atentamente.

Sofisma
E o que vês tu;

Filosofia
Muitos homens eu vejo, e quase todos
Pederastas passivos.

(Apontando para alguns indivíduos no público)
Vê aqueles
De cabelos compridos? Têm de ser.

Sofisma
E agora diz-me, amigo, onde chegamos.

Filosofia
Fui derrotado pelos Pederastas Passivos.
Vou-me retirar. Só isso.

(Atira o manto para o público)
Tomai meu manto e recebei-me, ó vós,
Pederastas Passivos. Terminou.

aqui fica o Reiser


















No seguimento daquele importantíssimo caso dos beijinhos das teenagers em Gaia, choveram os debates mais extravagantes na blogosfera. Agora (vá-se lá saber a razão...) deram em ligar a coisa à famigerada “homofobia”- neologismo que, só por si, me causa repugnância idêntica às siglas dos ministérios e outras manias em tecnocratês da moda. Não sei porquê mas cheira-me sempre a tacho...
Adiante, o que importa é que tanta se fala em carnavais gay como em descriminações horrendas que deviam ser impedidas por lei- “crime de ódio homofóbico”, como lhe chamam. Pois eu lembrei-me daquela proibição que costumava ter direito a tabuleta nos transportes públicos- a de não ser permitida a utilização dos ditos por pessoas com deformações físicas que causassem nojo ou impressão aos restantes passageiros. Resumindo- homem-elefante não entra!
Alguém sabe se ainda está em vigor?

Não é por nada... mas estava a pensar em ONGs e lobbies e coisa e tal assim politicamente correcta bem cotada na bolsa eleitoral...

Aproveitando a dica do atribulado concurso do gajo com pinta, invista-se agora na voz que é um detalhe ainda mais complicado.
Para iniciar deixo já aqui dois contributos (tenho uma lista de 6 intocáveis, aviso já...).
O primeiro vai ao encontro do que pensa o grande DJ da blogosfera- a de W. S. Burroughs com aquele tom monocórdico bem destilado.
A segunda faz parte das melífluas que são as minhas preferidas e mais não digo. Fica aqui o som a ver se reconhecem.

As outras virão depois. Por agora fica-se à espera das vossas escolhas.

nota: aviso já o caro João Villalobos que é uma autêntica vergonha se não se lembra de um que até tem por lá escondido no seu blogue...)

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nota 2: para que o musaranho não tenha de vir para aqui fazer sapateado durante a votação, há que esclarecer melhor umas coisas:
A ideia não é escolher a voz mais bonita a cantar mas a voz com mais estilo (ou pinta, que até é uma coisa ligeiramente diferente) a falar. E tanto pode ser bonita como feia- o que importa é o tal "je se sais quoi" como da outra vez.

Pois, o rato yuppie, acompanhado deste coelho embriagado ou do casal vip castor e raposa são, nada mais nada menos, que ilustrações de livros para crianças, de um curioso autor russo nascido em 1913- Sergei Vladimirovich Mikhalkov.

Os livros infantis foram realizados no ano de 1963, em pleno regime comunista, mas o autor, de múltiplos talentos, é mais conhecido como músico e compositor. A ele se devem dois hinos aparentemente paradoxais: o primeiro em glória da União Soviética, encomendado por Estaline, tinha versos heróicos- “Uma inquebrável União de repúblicas livres/Grande Rússia unida para sempre/Grande pela vontade dos povos, longa vida/ A grande União Soviética!/Baluarte da confiança e amizade dos Povos!/ bandeira Soviet, bandeira livre,/ Que lidere de vitória em vitória!. Em 1991, com a fim da URSS, Boris Yeltsin retirou este hino mas, em 2000, Vladimir Putin lembrou-se de Sergei Vladimirovich e entregou-lhe o restauro do antigo. O resultado ficou mais ou menos assim: “Rússia- nosso Estado sagrado/Rússia- nossa amada terra/ uma poderosa vontade, uma grande/a tua herança permanece para sempre/continua gloriosa, nossa livreTerra-Mãe/ povos fraternos, uma união para gerações”´. Sergei Vladimirovich Mikhalkov é também pai do conhecido realizador Andrei Konchalovsky e do actor Nikita Mikhalkov.
Bom, para o caso interessava saber como vão as histórias da bicharada, agora que finalmente parecem estar up to date. Se alguém tiver informação será bem-vinda.
Entretanto consta que no dia em que este curioso artista fez 90 anos Putnin visitou-o e condecorou-o pelos serviços prestados à cultura russa.

what ever I photograph
I always loose



take me to your cinema


What did you do to those girls

show me


show me, or I'll remain frightened
for the rest of my life











I wish I could have
found your faces for you



Para todos os corações radiantes como este aqui
um bom fim-de-semana













(a história do rato yuppie fica para depois)


alguém tem ideia de quem terá feito este rato com ar de yuppie atarefadíssimo?











Alfred Kubin (1877-1959 ) faz parte do expressionismo (grupo do Blaue Reiter) e só podia ser austríaco, no modo como reflecte aquele característica angústia e mal de vivre próprio da época. A produção artística inclui a pintura mas ainda mais nas águas fortes e desenhos a tinta-da-china ilustração em universos fantásticos e oníricos pictóricos mais próximos da tradição surrealista. O sentido opressivo dos ambientes e a crueldade que envolve os personagens encerra-os num aniquilamento kafkiano.
Estas características adquirem um clima particularmente inquietante nas séries de ilustrações de micro histórias e ainda se repercutem nos alfabetos figurados que também o atraíram.

Ovo, 1901



A guerra, 1905













Todas as noites, o sonho







uma por todas, 1901




















































ABC, Hamburgo, Maximilian-Gesellschaft, E.V.,1948.


A:“colocando fim ao princípio”

N: “O diabo fuma sempre a erva mais daninha”

P: Hermes stressed

W: "execução em estilo de assembleia!"

X: "Deste X podes fazer um Y" (de um tolo não se pode fazer um homem sábio)


Ainda a propósito do kiss kiss bang bang, aqui está uma análise certeira que só podia vir de um expert em mulheres ideais


deste aqui

















Well she got her daddy's car
And she's cruisin' through the hamburger stand now
Seems she forgot all about the library
Like she told her old man now
And with the radio blasting
Goes cruising just as fast as she can now

And she'll have fun fun fun
'Til her daddy takes the T-Bird away
(Fun fun fun 'til her daddy takes the T-Bird away)

o nosso amigo Timshel tem toda a razão em protestar com o musaranho. Ele não é, nunca foi e nunca será um neoliberal fiscalolofóbico.
Aqui fica a reposição da verdade e um pequeno cadeau para indemnização de eventuais danos morais.

Cara morggie, isto do marisco é como o bolo-rei- nem todo pode dar pérola. Mas deixa lá que também não estás sozinha. Ficam aqui outras que, não sendo peladinhas impúberes, também me parecem umas boas desbocadas, demasiado divertidas com outras coisas-o que quer que isso seja-, digamos assim...



















"A man who moralizes is usually a hypocrite, and a woman who moralizes is invariably plain."

Ó pr’a ela. A fronteira entre um beijo-manifestação- de-carinho e um linguado-a-meio-caminho-do-xxx-rated.






























tantas que elas são...